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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sophia de Mello Breyner Andresen ja Esta no Panteao Nacional

 
 
A Escritora e Poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen ja descansa em paz agora no Panteao Nacional junto dos grandes, dos grandes como ela o fora, foi transladada para o majestoso Panteao na quarta-feira, 2 de Julho de 2014 com um percurso que saiu do cemiterio de Carnide, passou pelo Largo do Rato e pelo Parlamento no dia em que se passavam 10 anos apos o seu falecimento.

A Escritora e Poetisa foi a segunda mulher portuguesa a ter Honras de chegar ao Panteao Nacional depois de o mesmo se suceder com Amalia Rodrigues em 2001 merecer semelhantes Honras. De facto se havia mulher fosse Escritora, Actriz, Politica que merecia Honras de ir para o Panteao Nacional de facto, era, a Poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen por tudo o que fez nao so pela poesia mas tambem pela Literatura Portuguesa e Cultura Portuguesa.

Penso que em termos de falar de poetas Sophia de Mello Breyner Andresen esta par a par com nomes como Luis Vaz de Camoes ou Fernando Pessoa se falar de poetisas penso que a unica que se pode comparar a Sophia de Mello Breyner e estar ao seu ilustre e alto nivel e mesmo e somente Florbela Espanca a tambem famosa Poetisa alentejana.

Com uma presenca de poucos populares Sophia de Mello Breyner Andresen tornou-se a decima primeira figura nacional a merecer honras de ser sepultada no Panteao Nacional localizado na Igreja de Santa Engracia. 

Sophia de Mello Breyner Andresen descansa agora depois do seu falecimento ha dez anos atras ao lado de outros nomes sonantes da literatura portuguesa, musica e politica. Fica na companhia dos escritores Almeida Garrett, Aquilino Ribeiro, Guerra Junqueiro e Joao de Deus, tambem junto de politicos que foram antigos presidentes da Republica Manuel de Arriaga, Oscar Carmona, Sidonio Pais e Teofilo Braga alem do general Humberto Delgado famoso opositor ao Estado Novo e da Fadista Amalia Rodrigues. As urnas tumulares encontram-se separadas por salas ficando Sophia de Mello Breyner na mesma sala onde se encontram o General Humberto Delgado e o escritor Aquilino Ribeiro.
             

" Grande Poeta (Poetisa), cidada exemplar, portuguesa ilustre, europeia, consciente, Sophia de Mello Breyner Andresen foi uma das grandes figuras do nosso tempo. Na sua vida e na sua obra, ha uma grandeza de ideias, de valores e de qualidades em que o pais se reconhece e em que a democracia se reve", e referido no projecto de resolucao agora aprovado e que foi subscrito por todas as bancadas parlamentares.

O Parlamento aprovara por unamidade, no passado dia 20 de Fevereiro, a concessao de honras de Panteao Nacional para a Escritora e Poetisa, que foi tambem deputada a Assembleia Constituinte, em 1975-1976, realizando-se a transladacao no dia em que se completava uma decada sobre a sua morte.

Sophia tornou-se um simbolo de Portugal e um dos maiores nomes da literatura portuguesa deixou-nos uma vasta obra de poesia, ficcao, contos, contos infantis e teatro a qualidade das suas obras levou-a a ganhar varios premios tendo sido a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardao literario da lingua portuguesa, o premio Camoes, em 1999.


Sophia ja havia sido merecedora de varias condecoracoes e homenagens:

Condecoracoes:

. Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'lago da Espada (9 de Abril de 1981).
. Gra-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (13 de Fevereiro de 1987).
. Gra-Cruz da Ordem Militar de Sant'lago da Espada (6 de Junho de 1988).

Homenagens:

. 2003 - Estatua de Autoria do escultor Francisco Simoes no Parque dos Poetas em Oeiras.
. 2009 - Foi dado o seu nome, Miradouro Sophia de Mello Breyner de Andresen ao antigo Miradouro da Graca, em Lisboa e inaugurado um busto, replica do busto criada pelo escultor Antonio Duarte em 1950.
. 2011 - Busto na Quinta do Campo Alegre ou Casa dos Andresen em Lordelo do Ouro, actual Jardim Botanico do Porto.
. 2014 - Transladacao dos seus restos mortais para o Panteao Nacional na Igreja de Santa Engracia, em Lisboa. 

Sophia Mello e Breyner Andresen era de origens dinamarquesas por parte paterna mas nasceu ja em Portugal a 6 de Novembro de 1919 na cidade do Porto foi casada com Francisco Sousa Tavares e para aqueles que nao sabem so em titulo de curiosidade era Mae do conhecido jornalista, tambem escritor, comentador televisivo Miguel Sousa Tavares.


Caro(a) leitor(a) deu-me um enorme prazer fazer esta cronica onde pude homenagear uma das maiores figuras da Literatura Portuguesa e da propria Cultura Portuguesa. Sophia de Mello Breyner Andresen ao contrario de muitos soube defender a cultura e literatura de uma patria que um dia soube receber e acolher os seus antepassados paternos, bem estaria Portugal se todos agissem da mesma forma e nao se considerassem portugueses com nacionalidade portuguesa apenas para estarem legais em Portugal mas bem no fundo sentem um enorme odio pelo mesmo onde chegam mesmo ao ponto de desprezar a sua historia e cultura por vezes ate publicamente.

                                                                                                                        
No fim de tudo tambem e sempre bom ver-se que pode ate demorar o seu tempo mas Portugal da valor a alguns dos seus valores lamentavelmente isso e pena so acontecer por vezes vamos ver se a ida de Eusbio para o Panteao Nacional  se torna uma realidade ou nao e mera especulacao e boato.  

                                                                                                 Manuel Goncalves                  
                                  
                                                         




5 comentários:

  1. De um Amor Morto

    De um amor morto fica
    Um pesado tempo quotidiano
    Onde os gestos se esbarram
    Ao longo do ano

    De um amor morto não fica
    Nenhuma memória
    O passado se rende
    O presente o devora
    E os navios do tempo
    Agudos e lentos
    O levam embora

    Pois um amor morto não deixa
    Em nós seu retrato
    De infinita demora
    É apenas um facto
    Que a eternidade ignora

    Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Geografia"

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  2. Saudades
    Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?...
    Se o sonho foi tão alto e forte
    Que pensara vê-lo até à morte
    Deslumbrar-me de luz o coração!

    Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
    Que tudo isso, Amor, nos não importe.
    Se ele deixou beleza que conforte
    Deve-nos ser sagrado como o pão.

    Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
    Para mais doidamente me lembrar
    Mais decididamente me lembrar de ti!

    E quem dera que fosse sempre assim:
    Quanto menos quisesse recordar
    Mais saudade andasse presa a mim!

    Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"

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    1. CM parece que vamos entrar em guerra aberta neste post a ver quem e que publica o poema mais emocionante mesmo sendo de Florbela Espanca esse poema fica muito bem num comentario de uma cronica de outra grande poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen, paz a alma das duas.

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  3. Não encontrei nenhuma referência ao autor do busto da Sophia que se encontra no Jardim dos Jotas.
    Poderá ajudar-me ?

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    1. Joao Meneres antes de mais agradeco-lhe ser leitor e seguidor do meu blog ao qual tenho tentado dar tudo de mim e o meu melhor. Nao sei se a informacao podera ter alguma utilidade mas bastou-me escrever no google autor do busto se Sophia Mello Breyner no Jardim dos Jotas partiu de uma criacao conjunta da Universidade do Porto (UDP) e da Fundacao Engenheiro Antonio de Almeida, pesquisei varios artigos da internet e todos referem estas duas instituicoes sem nomear o autor que poderemos considerar escultor da obra. Lamento nao ter mais informacoes uteis para lhe dar no entanto se tem tanto interesse penso que se contactar as mesmas instituicoes essas lhe poderao dar os promenores detalhados sobre a obra inclusive o nome do autor.

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