Página

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Jovem, Pequeno, Grande Amor



O curso estava terminado, ele sabia que as notas altas em muito devia a influencia da minha familia naquele meio, as notas altas e tudo o resto embora igualmente por muito merito proprio, tinha estudado muito mesmo quando me apresentavam aqueles livros enormes com folhas e mais folhas com diversos assuntos e temas para decorar.

Eis ele que era agora o mais jovem Juiz de Magistratura daquela familia onde as leis e a Justica  estavam no sangue alem claro do bom nome que tinham tambem no mundo dos negocios. Era o mais novo Juiz na familia para orgulho do seu pai e do meu avo como filho unico de um filho unico era eu a unica esperanca de manter-mos aquela tradicao e por acaso segui aquele curso nao para agrada-los mas porque era mesmo o que eu queria seguir embora sempre me tivessem influenciado a seguir um curso qualquer de Direito.

Podia ter sido um reconhecido Advogado de bom nome como era ainda o seu pai mas quis ir mais alem para felicidade do avo que fora um dos juizes mais conhecidos de Portugal no seu tempo e que chegara a ter a pasta do Ministerio da Justica no governo de Salazar, como quase todos os outros salazaristas convictos e destemidamente assumidos foram um pouco posto de parte depois do golpe de Estado de 1974 mas nem isso lhes tirou a boa reputacao no meio juridico e dos negocios so que mantiveram-se desde sempre afastados de qualquer actividade politica, para eles votar nao era um dever civico mas uma obrigacao ja que se pudessem escolher nao votavam em ninguem.

Ele queria exercer num Tribunal em Lisboa mas no momento nao haviam vagas e em Lisboa ficavam os juizes mais experientes. Ele certamente iria ter a sua oportunidade de chegar a Juiz no Supremo Tribunal mas antes tinha que fazer carreira, demostrar valor, competencia e outras qualidades que eram necessarias para se subir na herarquia alem de ter boas notas quando fosse a avaliacao.

A ideia nao lhe parecera ma candidatar-se a uma vaga para uma certa cidade do interior onde haviam uma serie de bons julgamentos a realizar, importantes julgamentos podiam esperar por mim se fosse para aquela comarca e seria o comeco para um dia chegar onde queria chegar. Haviam sonhos que demoravam uma vida inteira quase a serem realizados e tinha-me de habituar a isso, era essa a razao de se verem homens ja de certa idade chegarem pela primeira a cargos de alta importancia.

Se era assim que queriam, assim seria. Depois de se candidatar a vaga que a partida ja sabia que estava ganha nao so pelas suas boas referencias mas tambem pelas suas boas notas e pelos bons conhecimentos alem do nome de familia que tinha. Fernando seguiu para aquela cidade que ele mal conhecia tendo optado por alugar uma casa de campo fora da cidade na aldeia mais proxima que de carro ficava a menos de dez minutos do Tribunal.

Foi facil encontrar alojamento apos ter alugado uma casa, uma pequena vivenda que para ele dava na perfeicao e de seguida foi preciso habituar-se a uma nova rotina de dia-a-dia na sua vida com diversas alteracoes. A comida no restaurante mais proximo de casa nao era ma de todo nem aquela da tasca que ficava perto do Tribunal. A comida era boa mas ele gostava de sossego e nao se importaria de pelo menos Jantar em casa e alem disso era preciso alguem para arrumar a casa, tratar-lhe da roupa, tinha de arranjar uma Empregada Domestica.

No Tribunal tendo falado com uma Oficial de Justica ela garantiram-lhe conhecer alguem de confianca que considerava ser a pessoa certa. Simone segundo aquela Oficial de Justica era uma mulher na casa dos quarenta anos que ficara recentemente viuva com uma filha de quatorze anos e um filho um pouco mais novo. As recomendacoes de que era boa profissional, discreta e eficiente haviam sido boas e mandou que se marcasse uma entrevista com ele e com essa tal Simone.

Simone pareceu-lhe ser a pessoa certa e comecou a pensar mesmo em contrata-la nao apenas pelas referencias que me tinham sido dadas e pelas recomendacoes mas porque ela levara a filha a entrevista e depois iria leva-la a escola e ainda bem que o fizera ou talvez ainda mal.

Nunca tinha visto uma mulher, embora adolescente tao bela, que estava no fundo ainda em formacao fisica. Priscila iria ser certamente uma rapariga atraente que deixaria qualquer homem louco da cabeca.

Aquele cabelo loiro como o da mae mas bem mais longo e ondulado, aqueles olhos azuis, o sorriso juvenil de adolescente querendo sorrir para tudo na vida. Ele sabia que era pecado, sabia que a lei dizia que se tentasse alguma coisa com aquela crianca quase mulher o podiam acusar e condenar por pedofilia e ainda para mais ele era Juiz.

Olhou disfarcadamente para Priscila pela ultima vez, tinha o peito demasiadamente grande para a idade embora nao fosse de constituicao forte. Respirou fundo e olhou para Simone perguntando-lhe somente quando a mesma estaria disposta ou disponivel para comecar a trabalhar.

Simone era muito eficiente e discreta mostrava claramente que nao gostava de entrar na vida intima do Patrao o Juiz Alexandre Daniel Conceicao Teixeira. Nao era de muitas conversa mas mostrava estar sempre bem-disposta e Alexandre notava que ela tinha o maximo de cuidado a limpar certas pecas de arte que ele tinha trazido de Lisboa para decorar a casa, aquelas estatuetas deviam de ser mesmo muito caras, pensava Simone.

Ele sentia-se um pouco criminoso quando ia julgar um pedofilo, um violador de uma menor quando ele proprio se sentia atraido por uma adolescente de quatorze anos, quase quinze ia dar no mesmo quando na lei so podia ter sexo aos dezasseis e ele era um Juiz com poder para condenar um pedofilo quando ele se sentia ainda que involuntariamente atraido por uma menor de idade. Se nao queria ver-se envolvido em escandalo e ter problemas o melhor que ele proprio tinha a fazer era esquecer aquilo. Ele alem de Juiz como tal seria o primeiro a ter que dar o exemplo se queria alguma coisa com Priscila teria que esperar que ela tivesse idade e o ideal era esperar que ela fizesse dezoito anos, tinha la ele paciencia para esperar todo esse tempo!

Simone pedira-lhe autorizacao para trazer consigo o seu filho que estava de ferias da escola garantindo de que o mesmo nao iria incomodar em nada era so para ele nao ficar em casa sozinho e assim ficaria perto dela. A Empregada adiantou que o menino iria passar a maioria do tempo ali na rua a brincar com os amigos mas que ela se sentiria mais aliviada e descansada se o menino estivesse por perto. Alexandre pediu-lhe para ela nao apresentar mais argumentos para ele aceitar o seu pedido, sem problema, se o garoto nao ia mesmo incomodar ela que o trouxesse, ele proprio tambem nao iria sentir qualquer alteracao ja que passava quase todos os dias o tempo inteiro fora de casa.

Os primeiros dias tudo correra na normalidade e para grande espanto de Simone o proprio Alexandre demostrara um certo interesse em ter ali o filho da mesma. Ensinou-o a jogar Xadrez e ate tinham feito passeios de bicicleta na serra, canoagem sempre que o Juiz tinha tempo disponivel para isso e Simone considerou que aquele homem realmente era so mesmo muito duro na altura de ditar uma sentenca a um criminoso de um crime muito grave. Simone chegou mesmo a temer que o filho comecasse a ver o Senhor Doutor Alexandre como um pai.

Era um final de tarde como outro qualquer e os miudos jogavam a bola na rua bem em frente a casa de Alexandre como habitualmente faziam e desde que a bola nao estivesse sempre a passar a cerca para o lado de dentro do quintal dele o mesmo nao se importava mesmo com os gritos e algazarra e ele queria estudar algum processo.

Um barulho ruidoso do outro mundo cortara todo o silencio e tanto Alexandre como Simone correram a ir ver o que se havia passado.

O vidro da janela da sala havia sido partido com o remate de uma bola mas nao fora o mesmo que provocara o estrondo maior. A bola atravessara a sala e fora embater numa das estatuetas de maior valor tanto material como sentimental para Alexandre, o prejuizo e perda iam ser de facto grandes mas iam ter que ser calculados primeiro.

Fora o filho se Simone que na marcacao de um penalty rematara forte demais bem por cima da baliza de improviso e acidentalmente provocara tudo aquilo. Fora o filho de Simone e agora era ela que tinha de pagar todo o prejuizo, fosse como fosse.

Prioritariamente Alexandre nao colocara o valor do vidro na despesa, isso era o menos. A estatueta porem custara-lhe 5000 euros e Simone ficara desesperada embora se tivesse combinado desde logo que seriam descontados do seu ordenado todos os meses 250 euros e por mais que nao gostasse nao tinha outra saida.

Alexandre comecou a ver nisso a oportunidade que a muito procurava para conseguir alguma coisa com Priscila ou talvez ate mesmo com Simone. Estava sem sexo a algum tempo, sexo com Priscila era quase impossivel, era considerado crime mas com Simone nao seria assim. Alexandre estava decidido a convencer Simone a convencer Priscila a entregar-se a ele e a manter tudo em segredo, maximo sigilo em troca do pagamento da estatueta, era dificil. Simone era pobre mas muito conservadora e catolica dificilmente aceitaria tal proposta.

O Juiz notara no entanto que depois do incidente que o filho causara Simone lamentara o sucedido mas nao deixara de pagar como ficara combinado. Alexandre notara que a mesma comecara a vestir-se de uma forma mais ousada nao provocante de todo mas mais decotada, mais perfumada e atraente. Estaria ela a tentar seduzi-lo e a pagar a divida de uma outra forma? Na cama?

Podia ate ser uma hipotese mas nao era a Simone que ele queria no entanto para evitar problemas de maior teria de esperar que fosse Simone a propor-lhe alguma coisa se ele fosse Engenheiro, Medico ou outra coisa qualquer era diferente, como Juiz muito daquilo que ele queria ver acontecer era anti-etico, era contra a justica que ele procurava fazer tornar-se justa e nao o contrario.

Simone naquele dia estava diferente. Alexandre sentiu que havia alguma coisa seria que preocupava a sua Empregada Domestica e teve a sensacao de que estava a chegar a hora da verdade. Como iria ele conseguir estar com Priscila sendo ela menor de idade? Ele era filho unico e neto unico o pai e avo um Advogado e outro Juiz como ele criaram-no para ele seguir as pegadas como todos os seus antepassados que estavam ligados ao mundo das leis, justica e tribunais, ele nao podia desaponta-los de forma alguma, os seus desejos eram de menor importancia perante o risco de estar a ir contra as leis que ele proprio defendia e aplicava nas sentencas que ditava.

A Empregada fora ter com ele pouco tempo depois completamente devastada e em lagrimas. O que se passava era o seguinte, a sua mae precisava de fazer uma cirugia com urgencia a um problema que tinha nos olhos, estava a ficar dia para dia quase cega mas continuava na lista de esperas nos hospitais publicos. A unica solucao seria o operacao ser feita numa clinica privada mas nem ela e nem ninguem na familia tinha condicoes para custear isso. Ela ja estava endividada com o Senhor Doutor e nao lhe podia pedir a mesma quantia emprestada senao e que nunca mais se livrava da divida. Mas era a unica saida, ou isso, ou ir vender o corpo.

A sinceridade de Simone agradou a Alexandre mas mesmo assim ele perguntou-lhe o que ela estaria disposta a fazer para ajudar a mae. Qualquer coisa, ate mesmo a vender o corpo. Aquele qualquer coisa podia nao incluir o que ele mais desejava. Insisitiu de novo na questao e de novo obteve a mesma resposta, a tudo.

Ele nao precisou de ir directo ao assunto foi a propria Simone que abordou o mesmo. Ignorava o facto porque sabia que ele jamais lhe iria fazer mal mas a muito tempo que reparava nos olhos, na forma como ele olhava e observava Priscila de alto a baixo. Era isso que ele queria, desflorar Priscila.

Alexandre nao tivera coragem de negar e Simone confessou-lhe que nao estavam em condicoes de recusar atender ao desejo dele. Antes com ele do que com alguem que nao o merecesse. Alexandre teve a palavra de Simone de que se pagasse o custo da operacao da mae de Simone e avo de Priscila ele iria ter um fim-de-semana de amor com ela como tanto queria.

O Juiz deixou bem claro as coisas que nao bastava apenas aceitarem mas saberem manter o sigilo. Ela sabia bem quem ele era e tudo aquilo nao poderia sair dali. Alexandre por fim perguntou a Simone se Priscila tinha conhecimento e estava preparada para isso ou seja se concordava com a ideia.

No entender de Simone seria melhor assim ela perder a pureza com alguem daquela maneira do que perder com alguem a quem se entregasse pela primeira vez sem ele merecer, para ele a deixar depois, era melhor, bem melhor assim. O que ela pensava ou deixava de pensar agora pouco importava porque a mae garantiu que a iria convencer e ela podia ate nao gostar da ideia mas iria aceita-la porque se havia alguem de quem ela gostava era de facto da avo. O acordo estava entao feito, Alexandre iria pagar a operacao e iria ter um fim-de-semana com Priscila so eles os dois onde podiam fazer o que bem entendessem, ate aquilo que era contra a lei retorquiu Alexandre. Ficou tambem combinado que a divida da estatueta partida ficaria igualmente liquidada. O acordo foi saudado com um aperto de mao.

Faltava agora Alexandre cumprir com a primeira parte do acordo mutuo e dois dias depois la chegou a casa e foi falar com Simone. O dinheiro havia sido depositado na sua conta e ja havia entrado na mesma agora era ela cumprir com a parte dela e convencer Priscila a fazer o que ele mais desejava.

Simone confessou-lhe que ja havia falado com a filha que ela iria ceder mas que as coisas nao estavam tao faceis como pareciam. Primeiro porque Priscila era uma adolescente que desde de menina sonhava casar virgem, vestida de branco como mandava a tradicao e os bons costumes da moral, eles eram pobres mas muito religiosos e para piorar a situacao Priscila namorava e gostava muito de um rapaz a quem prometera entregar a sua virgindade quando casassem. Era coisa de miudos de facto mas quem iria conseguir convence-los do contrario. Simone pediu um tempo a Alexandre a filha ja estava a par da situacao e do que fora acordado e pensava se iria ou nao aceitar. Eles tinham de entender, era o corpo dela que iria ser desflorado e usado no entanto Simone tinha a certeza de que por amor a avo Priscila iria ceder e apesar de a mesma gostar muito daquele rapaz com quem namorava Simone garantiu ter a certeza de que a filha era virgem.

Priscila andava estranha e muito mudada. Poderia parecer que aquela mudanca de atitude tinha algo a ver com o que se estava a passar e com o que lhe era pedido mas Simone conhecia a filha e sabia que havia mais do que isso.

A jovem viera a saber que o namorado nao era quem parecia e ela ja tinha conhecimento do que ele fizera com outras raparigas. So queria dar uns curtes, sexo se conseguisse e depois mandava-as a vida. Poderia parecer historia mas era mais do que uma das amigas e conhecidas a dizer o mesmo e ele proprio com ela nos ultimos tempos nao parava de falar em sexo, insistia para que ela se entregasse a ele por inteiro e tudo isso junto levara a que a chama da paixao se fosse apagando e Priscila estava a sofrer mas preferira terminar com o namoro. Se ele gostasse mesmo dela iria mudar a forma de ser, iria mostrar que nao era egoista como estava a demostrar ser, iria mostrar-lhe que as amigas lhe estavam a mentir.

Por outro lado Priscila queria ter coragem para se entregar aquele homem que lhe estava a despertar novos sentimentos de paixao. Apesar de tudo desde a primeira vez que o vira o Doutor Alexandre nao lhe fora indiferente e talvez fosse o mesmo sentimento que lhe levara a nao se entregar ao ex-namorado. Era mais velho, mais maduro e era com ele que ela queria ter a primeira vez, estava decidida, era com ele. Lamentava apenas que a mesma entrega nao fosse sem haver aquela troca de ele pagar a operacao e tratamentos da avo e perdoar o pagamento da estatueta que o irmao partira acidentalmente.

Era fim-de-semana e Alexandre estava sozinho em casa aquele era o domingo do mes em que Solange gozava a sua folga naquele dia. Estudava na mesa da sala um processo, o primeiro que iria julgar na segunda-feira seguinte e ja que considerara qual a sentenca a aplicar pensava no momento qual seria as palavras a aplicar no sermao. Nao era facil ser-se Juiz mostrar tanta frieza quando na verdade era-se um ser humano como outro qualquer. Alexandre lembrara os conselhos do avo que nunca se esquecera de o lembrar de dar um sermao, aplicar uma sentenca sempre com frieza demostrando ate indiferenca para com tudo o resto. Um Juiz nao podia fraquejar e muito menos mostrar sentimentos, mostrar pena ou piedade entao esta fora de questao.

Priscila estava ali na sala depois de bater a porta fora recebida pelo proprio Alexandre. A jovem desculpou-se dizendo que vinha a procura da mae quando Alexandre sabia perfeitamente de que Priscila tinha conhecimento de que a mae estava de folga. Inventara uma desculpa para estar ali mas ele foi no jogo da jovem para ver ate onde ia tudo aquilo.

A jovem falou-lhe abertamente do que estava disposta a fazer para ajudar a salvar a avo e para ajudar a mae. Nao era apenas por gratidao para com elas que o iria fazer, por necessidade mas porque ele, Alexandre a muito que nao lhe era indiferente tambem. Bonito, educado, gentil, inteligente que mais poderia ela querer para ser o primeiro homem com quem iria ter intimidade sexual, seria um prazer e certamennte uma experiencia inesquecivel ter a primeira com ele.

Alexandre falou-lhe um pouco de si e vai-se la saber o porque falou-lhe ate dos momentos de infancia em que por sorte nunca lhe faltara nada. Tivera os brinquedos mais caros, tudo aquilo que precisava e nao precisava. So mais crescido sentiu a responsabilidade que carregava nos ombros por ter o nome de familia que tinha e que lhe competia a ele, somente a ele, continuar com uma tradicao de seculos na mesma familia.

Estudara nao para tirar boas notas mas para tirar as melhores notas porque por ser quem era tinha que estar entre os melhores. Sentia que tudo lhe correra bem e que nao lhe faltara nada na vida e quando a viu pela primeira vez sentiu que a queria tambem mas que a queria conquistando-a com os sentimentos e atitudes de bom homem e nao com dinheiro, apesar de tudo parecia que o tinha conseguido fazer.

Abracaram-se, trocaram o primeiro beijo romantico mas Alexandre optou por parar. Para Priscila aquele podia ser o momento, para ele, nao. Queria oferecer-lhe um cenario romantico e o palacete em Sintra pertencente a sua familia para passar ferias parecia o ideal, estava vazio, era um local discreto tambem. Faltava-lhe tambem ainda cumprir com a sua parte do que acordara com Simone. Nao, aquele nao era o momento, ainda nao tinha chegado a altura.

Simone estava ausente pedira agora folga para estar na clinica junto com a mae e estava grata para com Alexandre por tudo o que ele fizera por ela, pela sua familia e sabia que Priscila ainda nao lhe tinha cumprido com a parte do que estava acordado para seu alivio sabia que Priscila estava disposta a faze-lo e se ainda nao o tinha feito nao era pela sua propria vontade o que fazia sentir que a sua palavra ia ser cumprida, melhor ate seria se Priscila e Alexandre viessem a gostar um do outro e que ficassem juntos mas sabia que isso era quase impossivel. Priscila era sua filha, inteligente, bonita mas estava longe ser mulher para um homem como Alexandre que era rico, influente e poderoso. A filha e o Senhor Doutor eram de mundos diferentes.

Alexandre recordara a ultima conversa que tivera com o pai antes de se mudar para aquela cidade que praticamente desconhecia mas onde agora era um dos homens mais conhecidos e influentes como era habitual quando se tinha a sua posicao se nao fosse pela influencia era pelo respeito da sua posicao.

O Juiz lembrava agora os conselhos da conversa que tivera com o pai. Agora segundo o seu pai depois de ele estar formado e colocado era preciso que viesse o casamento e logo de seguida um herdeiro, um herdeiro que assegurasse a tradicao daquela familia. O casamento tinha de vir mas nao com a primeira que lhe aparecesse, nao com uma oportunista qualquer. Sera que o pai ia achar que Priscila era uma oportunista se ele lhe apresenta-se como sua noiva e futura esposa quando isso fosse legalmente possivel? O pai nao ia ver essa relacao com muitos bons olhos mas tinha que levar as coisas como uma coisa de cada vez. Ele estava disposto a esperar por Priscila e a lutar por ela se fosse preciso. Tinha o nome da familia a segui-lo mas ja tinha o seu tambem e sabia que em breve estaria colocado em Lisboa numa boa posicao para comecar a tornar-se um chamado Super-Juiz.

A avo de Priscila e mae de Simone fora operada e tudo correra pelo melhor agora tanto mae como filha sabiam que era chegada a hora de acertar contas com o Senhor Doutor Alexandre mas seria ele a decidir quando seria a hora e a altura ideal, fosse qual fosse a altura, local e momento Priscila sabia que nao podia dizer que nao. A jovem sentia que nao era apenas a palavra da mae que seria cumprida mas tambem a vontade dela propria de ver Alexandre, o Senhor Doutor Alexandre tornar-se o primeiro homem da sua vida.

Sairam de manha para evitar olhares de pessoas que acabariam por falar mais do que deviam. Alexandre decidira levar Priscila para o palacete de Sintra onde tudo iria decorrer, seria arriscado e perigoso ir com ela para um hotel quando ela era menor de idade e ele ainda para mais era Juiz e o seu trabalho e dever era fazer cumprir a lei e jamais ele proprio andar a infringi-la.

Almocaram calmamente num restaurante bem discreto mas de classe porque Alexandre queria desde o inicio impressionar Priscila e deixa-la com a ideia de ter tomado a decisao certa mais uma vez e de estar a viver coisas que nunca tinha vivido.

Priscila gostou do almoco se bem que nunca tinha comido lagosta depois achou que Alexandre queria fazer tudo para lhe agradar e estava a conseguir quando foi com ela comprar-lhe um vestido para sairem a noite para Jantar, comprou-lhe um perfume e por fim como nao podia deixar de ser nao podia faltar um enorme ramo de flores.

Sentiam que estava a chegar a hora Alexandre estava calmo mas ansioso ao mesmo tempo e Priscila comecava a sentir-se nervosa. A jovem pensava que Alexandre a levaria para o quarto logo que chegassem ao palacete e a possuisse mas nao tinha sido isso que acontecera e ele ja lhe dera a entender que iria esperar ate ela se sentir pronta e preparada para entregar-se a ele de corpo e alma abdicando da sua virgindade.

O primeiro beijo que ele lhe dera fora memoravel, ela nunca tinha sido beijada na boca daquela forma tao intensa, nem o ex-namorado o conseguira fazer. Sentira uma sensacao louca invadir-lhe o corpo enquanto a mente sentia o desejo de ser possuida, mas apenas por ele, ser possuida por ele, oferecer-lhe a sua virgindade, o seu sexo e receber o dele.

Os beijos no pescoco e quando ele suavemente lhe tocou nos seios por cima do vestido e discretamente lhe foi levantando o vestido ela teve a certeza de que em breve deixaria de ser menina e moca para se tornar mulher. Era o que ela mais queria, estava ansiosa por isso, sentia-se feliz porque tudo estava a sempre como sempre tinha imaginado e sobretudo sonhado, o sonho estava a tornar-se uma realidade e igualmente feliz porque era com ele que iria compartilhar aquele momento tao intimo e importante na vida de uma mulher.

Nem o facto de se ver a ficar despida e nua a frente de um homem, algo que nunca havia acontecido anteriormente, a pareciam intimidar. Havia o medo da dor mas sabia que Alexandre a iria ajudar a suportar isso da melhor maneira.

Alexandre estava a ser um querido imaginara ela quando ele a pegara ao colo e a levara para a cama. Priscila nao esperava aquela surpresa mas a verdade e que o quarto estava coberto de velas acessas e tudo a volta estava envolvido diante de um clima e cenario romantico, ate mesmo a cama estava coberta de rosas vermelhas.

Tudo fora um sonho ate ela conseguir se entregar por completo e ate conseguir ter algum comando no momento, depois de tudo terminar foi bom tomarem um banho juntos, repetir o momento que ja nao era unico e ficarem abracados nus ate serem vencidos pelo cansaco e adormecerem ate ao amanhecer.

O novo dia trouxe-lhe igualmente algumas novidades. Gostou do passeio ao redor da quinta que envolvia o palacete, do passeio de charret pela vila e pela serra, do final de tarde em Lisboa onde ela nunca tinha estado da promessa que ele lhe fizera de a levar ao Jardim Zoologico e que certamente iria cumprir. Adorou em particular ter acordado naquela manha e ele ter-lhe levado o Pequeno-Almoco a cama quando ate deveria ser ao contrario.

O fim-de-semana tinha chegado ao fim e eles tinham feito amor varias vezes mas a divida agora estava paga, era o que muitos poderiam pensar de que eles nao se iam voltar a envolver pela realidade mostrar-lhes que eram de mundos diferentes.

Ela prometera-lhe que agora mesmo com a divida entre a mae dela e ele estar paga e o acordo ter sido cumprido por ambas as partes podia-lhe oferecer sem ele pagar nada novamente momentos como aquele sempre que ele quisesse e tivesse vontade de estar com ela. Porque? Perguntou ele! Porque o amava de facto, apaixonara-se por ele e fizera tudo aquilo com o maior prazer do mundo sem pensar que havia uma moeda de troca. Fizera tudo aquilo por amor e nao por interesse.

Ele sentia tambem o mesmo por ela e prometeu-lhe que ficariam namorando as escondidas ate ela completar a maior idade e que depois logo depois poderiam casar livremente sem que ele tivesse problemas por ser Juiz e estar a casar ou a ter uma relacao amorosa com uma menor de idade um pouco mais nova que ele.

Pouco tempo depois foi destacado para uma comarca em Lisboa e dai poderia ter facilmente uma entrada para ser Juiz do Supremo Tribunal como era o seu desejo. Nem por isso ele a abandonara e deixara como inicialmente ela pensara. Alexandre trouxe-a para Lisboa apresentando o pretexto para todos que era a ela que ele queria para sua Empregada Domestica fe-lo logo assim que comprou uma casa e quis ir viver sozinho.

Fora dificil esperar tanto tempo mas quatro anos depois de a ter feito mulher em plena Igreja do Mosteiro dos Jeronimos ele la estava no altar a sua espera. Por mais que nao quisesse era quem era e tinha sido sempre ali que a gente da sua familia se tinha casado e ele queria manter essa tradicao, sentia-se feliz por casar com a mulher que amava e saber que para ela tudo aquilo nao era como um conto breve mas sim... um conto de fadas.

                                                                                                     Manuel Goncalves
























Sem comentários:

Enviar um comentário