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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Incendio no Museu Nacional do Brasil



O acontecimento a que se refere esta cronica era para fazer parte da serie de acontecimentos que estao descritos na Cronica que descreve o que foi o Ano de 2018 mas acabou por nao o ser como grande amante que sou da Historia e tudo ou quase tudo o que envolve assuntos ao qual a mesma esteja relacionada optei por dar-lhe um destaque a parte e nao a colocar apenas como mais um assunto na cronica da Analise e Resumo do Ano 2018.

Foi uma perda enorme de grande valor para o Patrimonio brasileiro o incendio no Museu Nacional do Brasil que de facto levou a perda de documentos de grande valor como a perda de obras de arte muito valiosas a verdade e que no mesmo incendio o Museu Nacional do Brasil ficou praticamente todo destruido.

Esta e mais uma Cronica que dedico a falar do Brasil e lamento que pela pior das razoes mas gosto de fazer referencia a episodios e acontecimentos que se passaram no Brasil sejam recentes ou mais antigos a verdade e que e no Brasil que actualmente tenho mais pessoas a visualizarem o meu blog e o que escrevo, considero que por essa e outras razoes merecem de facto o meu agradecimento porque ensinou-me o meu avo paterno de que a vida entre outras coisas era um jogo, um jogo de dar e receber.


O Incendio no Museu Nacional do Brasil foi um incendio de grandes proporcoes que atingiu a Sede do Museu Nacional (1818), na Quinta da Boa Vista (1803), Rio de Janeiro, na Noite de 2 de Setembro de 2018, destruindo quase a totalidade do acervo historico e cientifico construido ao longo de 200 anos, e que por sua vez abrangia cerca de vinte milhoes de itens catalogados. Alem da sua rica coleccao, tambem o edificio historico que abrangia o Museu, antiga residencia oficial dos imperadores do Brasil, foi extremamente danificado com rachaduras, com o desabamento da sua cobertura, alem da queda de lajes internas.

O Museu Nacional do Brasil apresentava deficiencias na seguranca contra incendios. Em uma fiscalizacao feita quase 4 antes em, 15 de Setembro de 2014, o Ministerio da Transparencia e Controladoria -Geral da Uniao (2016) conhecido tambem como CGU constataram que a instituicao nao tinha laudo actualizado de vistoria do Corpo de Bombeiros. A CGU concluiu que a visita dos bombeiros e a emissao do laudo seria uma medida importante para garantir a seguranca das instalacoes. No mes seguinte a fiscalizacao, o museu informou a CGU que havia sido firmada a criacao de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Museus (2009) conhecido como IBRAM e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro para que fosse realizada uma visita tecnica. Ja em 2004, havia corrido um alerta por parte do Governo Estadual do Rio de Janeiro e era sabido desde entao de que o Museu Nacional do Brasil corria e estava em risco de incendio, associado a ma qualidade das instalacoes electricas do mesmo edificio e que era do conhecimento geral de muitos.

                                              
Os repasses do Governo Federal ao museu tambem haviam caido praticamente a metade em cinco anos: de 1,3 milhao de reais, em 2013, para 643 mil reais, em 2017. Os mesmos dados foram levantados pela Comissao de Orcamento da Camara dos Deputados, com base no SIAFI (Sistema Integrado de Administracao Financeira) do Governo Federal pelo Jornal, Folha de S. Paulo (1921) que corrigiu os valores pela inflacao do periodo. Com os cortes financeiros, a falta de apoios e a descida de numero de visitantes, o museu apresentava sinais de ma conservacao, como paredes descascadas e fios electricos visivelmente expostos. Em 2018, ate Julho, somente 71 mil reais foram transferidos para o museu. O museu havia completado o seu segundo centenario em Junho de 2018, encontrava-se em meio de uma situacao de abandono. O Vice-Director do museu, Luiz Fernando Dias Duarte, referiu o descaso sofrido pela instituicao e museu ao longo dos anos e de sucessivos governos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (1920) tambem conhecida como UFRJ que administra a instituicao, reduziu de 709 mil reais, em 2013, para 166 mil reais, em 2017, o desembolso com o funcionamento do museu, segundo o levantamento da Camara. O Pro-Reitor de Planeamento e Financas da UFRJ, Roberto Antonio Gambine Moreira, disse que a universidade nao tinha recursos suficientes para fazer a manutencao dos seus 15 predios tombados no Rio de Janeiro e disse temer o destino dos demais edificios acabasse por ser o mesmo que tivera o Museu Nacional do Brasil. Ja o proprio Reitor da UFRJ, o Professor, Pedagogo e Biologo brasileiro, Roberto Leher, afirmou que ja tinha assinado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social (1952) tambem conhecido como BNDES um contrato para receber recursos para uma reforma, que incluia um sistema para a prevencao dos incendios, mas nao tinha havido tempo para a liberacao da mesma verba acordada no contrato, entretanto deu-se a tragedia. O Reitor tambem afirmou que a Universidade Federal do Rio de Janeiro nao tinha condicoes financeiras de manter uma brigada de incendios durante 24 horas por dia no museu.


No Dia 2 de Setembro de 2018, logo apos o encerramento do horario de visitas, um incedio de grandes proporcoes atingiu todos os tres andares do predio que compunha o Museu Nacional do Brasil, situado na Quinta da Boa Vista, na Cidade do Rio de Janeiro. Os bombeiros foram accionados as 19H30M chegando entao rapidamente ao local.

As 21 horas, o fogo estava incontrolavel, com grandes labaredas e estrondos ocasionais, sendo o mesmo combatido por bombeiros de quatro quarteis. A noticia espalhou-se e dezenas de pessoas se dirigiram a Quinta da Boa Vista para ver o incendio e observar a tragedia de perto. Quinze minutos depois, uma equipa especializada entrou no predio para tentar bloquear e assim salvar areas que ainda nao tivessem sido atingidas pelas chamas, e avaliar a extensao dos estragos. Por volta das 21H45M, bombeiros de tres corporacoes se encontravam no local combatendo o fogo. Duas viaturas auto-escadas estavam a ser usadas, com dois camioes com tanques de agua se alternando no fornecimento de agua para o trabalho dos bombeiros.

As 22 horas, dezenas de funcionarios do museu acompanhavam o combate as chamas. Apesar dos esforcos dos bombeiros e do seu trabalho intensivo dois andares do edificio estavam ja destruidos e o tecto tinha desabado. Segundo Edson Vargas da Silva, Bibliotecario e Funcionario do museu durante 43 anos que acompanhava o incendio no local referiu, "Tem muito papel, assoalho de madeira, muita coisa que queima muito rapido".


O resultado do Incendio no Museu Nacional do Brasil foram os tres andares do edificio quase completamente destruidos e o tecto desabado. Segundo o Vice-Director do museu, Luis Fernando Dias Duarte, toda a coleccao de arte que o museu possui-a da Imperatriz Teresa Cristina (1822-1889) conhecida como a "Mae dos Brasileiros" conhecida tambem como Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicilias e com o insolito e curioso nome completo de Teresa Cristina Maria Josefa Gaspar Baltasar Melchior Januaria Rosalia Lucia Francisca de Assis Isabel Francisca de Padua Donata Bonosa Andreia de Avelino Rita Liutgarda Gertrude Venancia Tadea Spiridione Roca Matilde, as pinturas de fresco de Pompeia, o Trono do Rei Daome, assim como os acervos linguisticos foram destruidos ficando para sempre perdidos. Entre outros itens e obras que se estimam perdidas pelo fogo estava o fossil humano mais antigo encontrado no Brasil, achado em 1974 e baptizado de Luzia. As coleccoes de Paleontologia que ali se encontravam incluiam Maxakalisaurus topai, um dinossauro encontrado em Minas Gerais e o primeiro de grande porte montado no Brasil. O acervo da coleccao de Etnologia contava com artefactos da Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indigena, como eram os objectos raros da Tribo dos Tikuna conhecidos tambem como Ticuna, Tucuna ou Maguta, alem de itens polinesios, assim como o Trono do Rei africano Adandozan (1718-1818) doado pelos seus embaixadores ao Principe Regente, futuro Dom Joao VI (1816-1822), em 1811.

O museu era actualmente administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, possuia caracter academico e cientifico e era um reconhecido centro de pesquisa em Historia Natural e de Antropologia na America Latina. Todo o trabalho de cerca de 90 pesquisadores que ali conduziam suas pesquisas foi perdido. Todo o Arquivo Historico, que se encontrava armazenado num ponto intermediario do edificio que compunha o museu, foi destruido, assim como duas exposicoes em duas areas da frente principal do predio. O levantamento completo dos danos nao pode ser logo realizado dado a intensidade do fogo no local e o alto risco de explosoes. Uma parte do acervo de coleccao do Museu Nacional do Brasil nao se encontrava no local e nao foi afectado. No entanto, o fogo tera consumado e destruido tudo o que se encontrava em exposicao. O Jardim Zoológico do Rio de Janeiro (1888) na Vila Isabel e aberto na Quinta da Boa Vista desde 1945, localizado muito proximo do local nao foi atingido e tampouco sofreu danos. Os quatro segurancas que se encontravam no local conseguiram escapar e acabou por nao haver registo de vitimas.


A Defesa Civil do Municipio divulgou que, alem da Area interna do Museu Nacional, a parte proxima da fachada tambem estava interditada, pois continuava a existir o perigo de que as duas estatuas que estavam no topo do edificio desmoronassem. Eram 23, e uma delas nao havia resistido ao incendio e ja havia caido. Existia o risco de um colapso interno das paredes divisorias, que estavam sem amarracao. Todas as paredes e lajes envolventes estavam em risco de cair, tendo sido por isso isoladas todas as areas de projeccao da fachada devido ao risco de desprendimento dos adornos, revestimentos e armacoes. A seguranca das estatuas seria depois vereficada e haveria um isolamento interno, que so seria removido apos a conclusao dos servicos de inspeccao, demolicao e escoramento emergencial em areas com risco, e so depois disso, poder-se-ia permitir a remocao de detritos. Com o resfriamento, aumentava o risco de quedas internas porque a agua facilitaria o deslizamento, motivo pelo qual os bombeiros operavam do lado de fora. A Defesa Civil salientou que esses detritos nao poderiam ser removidos e descartados de maneira simples. Seria entao um segundo trabalho de Arqueologia, realizado no proprio local. Seriam levados para um lugar seguro, apos a eliminacao dos riscos internos, para que os funcionarios do museu pudessem encontrar material aproveitavel do acervo.

A Policia Federal (1944) tambem conhecida como Policia Federal do Brasil, PF ou Departamento de Policia Federal (DPF) ficou coordenando a investigacao sobre as causas do incendio. Os peritos fizeram um scaneamento do predio em tres dimensoes com um scanner a laser instalado na parte dianteira do Palacio Sao Cristovao. Imagens feitas e captadas por drones e maquinas digitais tambem foram usadas para entao criar uma especie de maquete tridimensional do predio que compunha o Museu Nacional do Brasil. Eventuais imagens gravadas por cameras de seguranca no predio tambem poderiam fornecer indicios sobre as causas do fogo. Por fim, a pericia tentaria analisar as condicoes das instalacoes electricas do museu e seu estado de conservacao.

Os investigadores da PF nao descartam a hipotese de que o incendio tenha sido um acto criminoso. O local onde o fogo teve inicio foi identificado, mas nao foram divulgadas informacoes para que nao fossem atrapalhadas as investigacoes do caso. Um Reporter do jornal carioca O Globo (1925) revelou que, com base de relatos de funcionarios e segurancas, os policias federais acreditavam que o incendio fatal tivesse comecado no segundo andar do predio do museu, nos sectores de exposicao permanente com moveis da Monarquia, Arqueologia Brasileira e Etimologia. O local ficava acima da casa de forca, espaco que era de area restrita, destinado a abrigar equipamentos responsaveis pela producao de energia de toda edificacao.


O entao Presidente da Republica Michel Miguel Elias Temer Lulia (1940) o Politico, Advogado e Escritor brasileiro mais conhecido como Michel Temer, disse que e "incalculavel para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje e um dia tragico para a Museologia do nosso Pais. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para a nossa Historia nao se pode mensurar, pelos danos ao predio que abrigou a familia real durante o imperio. E um dia triste para todos brasileiros".

Em 10 de Setembro de 2018, o ainda Presidente Temer anunciou a transformacao do Instituto Brasileiro de Museus na Agencia Brasileira de Museus (ABRAM) atraves de uma medida provisoria. Outra MP criou fundos patrimoniais para financiar projectos de interesse publico. As duas MPs teriam forca de lei, mas o Congresso Nacional tera 120 dias para analisar as duas medidas. Se a votacao nao acontecer no prazo dentro da lei, elas perderao a validade. O Governo Federal tambem passaria a estudar a possibilidade de retirar da Universidade Federal do Rio de Janeiro a responsabilidade pela administracao do museu. Segundo alguns interlocutores do Governo, a proposta acabaria por ganhar forca apos a pressao das empresas que se prontificaram a financiar a restauracao do predio e recuperacao possivel do acervo do museu.

O entao Ministro da Educacao o Advogado brasileiro Rossieli Soares da Silva (1978) afirmou logo apos o incendio que o Ministerio da Educacao (1930) tambem conhecido por MEC iria repassar "imediatamente" dez milhoes de reais para a Universidade Federal do Rio de Janeiro recuperar o museu. "Deveremos transferir com a maior rapidez possivel. Sao os 10 milhoes de reais, mais 5 milhoes de reais que fazem parte do projecto executivo que ainda sera definido. Temos prazo e urgencia para iniciar esses passos de recuperacao", afirmou Rossieli. Ele tambem afirmou que iria pedir ajuda internacional para montar um novo acervo para o museu.

Ao ser questionado sobre o importante detalhe de que porque razao nada tinha feito antes, ja que havia diversas e serias denuncias de que o predio precisava de manutencoes, Soares afirmou: "Nao existia Lei do Tecto de gastos entre 2014 e 2015 e foi nesse periodo que aconteceram os maiores cortes na educacao. Entao, o que determina mais se ha cortes e contencao ou nao e a crise financeira que nos vivemos. O que a gente lamenta e que, no momento de maior abundancia financeira do Brasil, nao houve a decisao a epoca de colocar os recursos financeiros para o museu. Um artigo especifico de Lei de Diretrizes Orcamentais que os recursos da Educacao nao podem ser menores e tem que ser reajustados pela inflacao". 
 
O Ministro da Cultura, Sergio Sa Leitao (1967), afirmou que o plano de recuperacao teria quatro etapas ja definidas: contencao das paredes, de seguranca, de inventario, de tratamento e recuperacao do acervo que ainda estava no predio; elaboracao do projecto basico e do projecto executivo para a reconstrucao do museu e para a aquisicao de novos equipamentos; obras de recuperacao e aquisicao do acervo.

A Procuradora-Geral da Republica, Raquel Elias Ferreira Dodge (1961) uma Jurista mais conhecida como Raquel Dodge, disse: "que essa tragedia desperta a urgencia de preservar a memoria". Segundo o texto, a reconstrucao do palacete onde funcionava o museu preservara apenas as caracteristicas arquitectonicas, "mas jamais os tesouros que compunham o seu acervo". Ela tambem criticou a demora na publicacao de normas para o combate a incendios em bens do patrimonio historico, discutidas em Junho de 2016. "Infelizmente, passado mais de um ano do evento, as instituicoes publicas federais responsaveis nao publicaram a referida norma, podronizacao minima para a actuacao dos bombeiros e outras instituicoes em todo o Brasil, o que impossibilitou, ate o momento (do indendio), uma accao nacional".

O Prefeito do Rio de Janeiro, o Engenheiro, Politico e Escritor Religioso, Marcelo Bezerra Crivella (1957), declarou que os funcionarios do museu tinham tido um treino de cinco dias pois ja havia preocupacoes sobre possiveis incidentes futuros. Tambem disse em entrevista para o GloboNews (1996), "Nos nao vamos permitir que isso permaneca em escombros. Vamos pedir apoio ao Governo Federal, ao Governo Estadual, vamos unir forcas, para que nosso palacio volte a ser bonito quanto antes". "Tragico incidente que destruiu um palacio marcante da nossa Historia. E um dever nacional reconstrui-lo das cinzas, recompor cada detalhe eternizado em pinturas e fotos e, ainda que nao seja o original, continuara a ser para sempre a lembranca da Familia Imperial que nos deu a independencia, a primeira constituicao e a unidade nacional", adiantou Crivella.

A Ambientalista, politica brasileira, Historiadora e Professora brasileira, Maria Osmarina da Silva Vaz de Lima (1958), chamou o incendio de "Lobotomia da memoria brasileira". "Eu fico imaginado o que seria o Museu da Historia Natural de Nova York (1869) (mais conhecido como Museu Americano de Historia Natural) sendo queimado. O que aconteceu ontem no Brasil e o equivalente a uma tragedia como essa. E talvez ate maior porque cada um vai valorizar a sua Historia e a Historia de cada um, de cada povo, em cada canto, ela e singular, e particular. A gente nao pode ter nada disso suprimido mais", concluiu Mariana.

O Advogado e Politico brasileiro, Ciro Ferreira Gomes (1957) compartilhou em seu Twitter (2006) uma iniciativa de estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (1969) conhecida tambem como UNIRIO de juntarem imagens do museu como forma de preservar a memoria do acervo do museu e dos espacos expositivos do mesmo atingidos pelo fogo. "Vamos ajudar a atenuar esta tragedia que o desgoverno no Brasil permitiu acontecer contra nosso mais caro patrimonio historico", disse Ciro.

O ex-Governador de Sao Paulo, o Medico e Politico brasileiro, Geraldo Jose Rodrigues Alckmin Filho (1952), mais conhecido como Geraldo Alckmin, disse nas redes sociais que o incendio "agride a identidade nacional e entristece todo o Pais" e prestou a sua solidariedade a "todos os cidadaos brasileiros" pela perda do patrimonio. O ex-Prefeito de Sao Paulo, o Advogado e Politico Brasileiro que viria a ser candidato as eleicoes presidenciais do Brasil de 2018, Fernando Haddad (1963), aproveitou a tragedia e o momento para lembrar outros predios que sofreram com a falta de conservacao. O "Instituto Butantan (1901), o Museu da Lingua Portuguesa (2006), a Escola de Artes e Oficios Thomaz Pompeu Sobrinho (1929), Museu Paulista da Universidade de Sao Paulo (1895) mais conhecido como Museu Ipiranga ou Museu Paulista e, agora, o Museu Nacional. Lamentavel o descaso com o patrimonio historico", adiantou Haddad.

Ao ser questionado sobre a falta de recursos para a prevencao do patrimonio historico brasileiro, em meio a grande repercussao do incendio do Museu Nacional o ex-Militar, actual Deputado e futuro Presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (1955) disse: "Tem recursos sobrando, o que falta e adequadamente investir recursos nessa area, o que nao vem sendo feito. Eu te pergunto: nas maos de quem esta ainda a administracao o Museu da Quinta da Bela Vista: PSOL e PCdoB, entao pergunte a eles o que fizeram ao longo desse tempo todo, a nao ser aparelhar as instituicoes e colocar militantes la dentro". Em outra entrevista, ao responder a uma outra pergunta sobre propostas para a area, o Parlamentar disse: "Ta, e dai? Ja ta feito, ja pegou fogo, quer que eu faca o que? o meu nome e Messias mas eu nao tenho como fazer milagre".


A Casa Imperial do Brasil atraves de Dom Luiz Gastao Maria Jose Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Braganca e Wittelsbach (1938) primeiro na Linha de Sucessao ao Trono Brasileiro em caso de Monarquia e mais conhecido como Dom Luiz de Orleans e Braganca emitiu uma nota em seu site oficial onde dizia que o incendio catastrofico nao tinha colhido vidas, mas que incinerou, em suas chamas inclementes, memorias e documentos historicos, muitos deles preciosos e ate unicos. Ressaltou ainda que as imagens do Paco de Sao Cristovao, na beleza de seus tracos arquitectonicos, envolvido pela luz avermelhada das chamas e da fumaca resultante dos preciosos objectos consumidos pelo fogo, era uma imagem simbolica da imensa destruicao que politicos, homens publicos, intelectuais e outros vem empreendendo, ha decadas, contra o edificio da brasilidade.

A noticia sobre o incendio no Museu Nacional do Brasil rapidamente se espalhou por toda a Cidade do Rio de Janeiro e manifestantes apareceram nos portoes nas primeiras horas da manha de segunda-feira. Relatorios iniciais indicavam que havia 500 pessoas, que formavam uma corrente humana em volta do predio ainda fumegante. Alguns manifestantes tentaram escalar as cercas dos jardins do museu; forcas da Policia acabaram por ser chamadas para impor a ordem preparados com equipamentos anti-motim e atiraram com bombas de gas lacrimogeneo na multidao. O publico foi posteriormente autorizado a entrar no terreno da Quinta da Bela Vista. Ja no fim da tarde, um grupo de cerca de 6000 pessoas - segundo os organizadores - comecou outro acto, dessa vez na Praca da Cinelandia, Centro do Rio de Janeiro.

A Presidente do Instituto do Patrimonio Historico e Artistico Nacional (1937) conhecido tambem como IPHAN, Katia Bogea, afirmou que "E uma tragedia nacional e mundial. Todo o Mundo esta vendo que e uma perda nao so para o povo brasileiro mas para toda a humanidade (...) e uma tragedia anunciada que ha muito tempo a gente sabe que o Patrimonio Cultural Brasileiro nao tem recurso".

Outros museus por todo o redor do Mundo enviaram as suas condolencias. No Reino Unido, a Biblioteca Britanica (1973) que e a Biblioteca Nacional do Reino Unido e uma das maiores do Mundo disse que "nossos coracoes vao para os funcionarios e usuarios do Museu Nacional do Brasil" e chamou o incendio de "um lembrete da fragilidade e preciosidade de nossa heranca global compartilhada. O Museu de Historia Natural de Londres (1881), o Museu de Historia Natural da Universidade de Oxford (1860) e o Instituto Smithsoniano (1855) tambem enviaram as suas mensagens de apoio e conforto. A Chefe do Museu Australiano (1845) disse que estava "chocada", "devastada" e "perturbada".

O museu tinha uma "coleccao inestimavel" de artefactos indigenas da Era Pre-Colombiana do Pais, que compreendia cerca de 1800 itens da Cultura Indo-Americana. Os itens incluiam muitos restos de povos indigenas, bem como reliquias acumuladas na coleccao pessoal de Pedro de Alcantara Joao Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocadio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Braganca e Bourbon (1825-1891) conhecido como Dom Pedro II. Esta coleccao tambem contava com itens de grupos indigenas presentes, incluindo uma "impressionante arte de penas dos povos carajas". Existem apenas cerca de 3000 membros da mesma etnia.

Depois do incendio, os povos indigenas imediatamente comecaram a protestar do lado de fora da instituicao, criticando que "o museu contendo seus artefactos mais preciosos foi incendiado", observando que apesar de nao haver dinheiro para um Museu de Historia Indigena, "a cidade conseguiu recentemente um enorme orcamento para construir o novo Museu do Amanha (2015).


O incendio repercutiu na imprensa internacional desde a noite de domingo (2 de Setembro). O incendio no Museu Nacional do Brasil e a destruicao do seu acervo foi destaque em jornais e noticiarios de todo o planeta, como nos canais britanicos British Broadcasting Corporation (1922) conhecida como BBC os jornais igualmente britanicos The Guardian (1821) e Daily Mail (1896), nos estadunidenses The New York Times (1851) por vezes abreviado a NYT, Cable News Network (1980) muito mais conhecida como a abreviatura de CNN, Associated Press (1846) e na revista Forbes (1917), no jornal frances Le Monde (1944), no argentino Clarin (1945), no espanhol El Pais (1976), no portugues Publico (1990) e no alemao Der Spiegel (1947).

O Presidente da Franca, Emmanuel Jean-Michel Frederic Macron (1977), ofereceu a ajuda de especialistas franceses em Arte para contribuir na reconstrucao do importante museu brasileiro. A Ministra da Cultura da Franca (1951), explicou em comunicado que ofereceu ao Embaixador brasileiro na Franca "todo o conhecimento dos agentes do Ministerio da Cultura" em aspectos de museografia, conservacao e gestao de coleccoes e arquivos".

O Governo de Portugal afirmou em uma nota oficial "profunda tristeza pela perda de um acervo historico e cientifico insubstituivel" e afirmou estar "inteiramente disponivel para, no que for util e possivel, colaborar na procura da reconstituicao deste importante patrimonio identitario, nao apenas do Brasil, mas de toda a America Latina e do Mundo.

O Director Nacional da Cultura do Uruguai, Sergio Mautone, e o Coordenador de museus do Pais, Javier Royer, expressaram profundo pesar e destacaram que o incendio arrasou "coleccoes de imensuravel valor patrimonial e um edificio, que foi testemunha e protagonista na Historia do Brasil e da regiao, que tinha 200 anos de Historia material da instituicao e milhoes de anos de Historia Universal". No texto, afirmam que enviam aos trabalhadores dos museus brasileiros um "fraterno e solidario abraco" e se colocam a disposicao para "colaborar no que considerarem oportuno".

O Instituto Real de Antropologia, do Reino Unido, afirmou que pretende organizar dois dias dos eventos em 2019 para celebrar a Antropologia Brasileira e apoiar o museu, alem de fazer pressao junto ao Governo britanico para que algum donativo seja feito a instituicao brasileira. A Alemanha tambem disponibilizou uma ajuda de emergencia no valor de ate um milhao de euros, por meio do Ministerio das Relacoes Exteriores (1870). Um grupo foi montado para determinar formas de ajudar no resgate do acervo e tambem no restauro de pecas e documentos.

O Director Excutivo da National Geographic Society (1888), Gary Evan Knell (1954), ofereceu ajuda na reconstrucao do museu durante um evento com o Embaixador brasileiro, Sergio Amaral, o mesmo Knell disse que a NatGeo poderia vir a ajudar com parte do seu acervo e com apoio financeiro, bem como mobilizar colaboradores e pesquisadores no Brasil para auxiliar no processo de reconstrucao da instituicao.

O ex-Ministro de Antiguidades do Egipto, o Arqueologo e Egiptologo, Zahi Hawass (1947) disse que a tragedia legitima o movimento pela repatriacao de objectos de arte egipcios espalhados por museus do Mundo e que se os mesmos museus nao forem capazes de garantir a seguranca e conservacao dos objectos, o Arqueologo defende que sejam devolvidos a terra natal. Embora a coleccao do Museu Nacional nao estivesse na mira dos arqueologos egipcios, Hawass adiantou que a destruicao do acervo reforca o movimento pela repatriacao de objectos e que a Organizacao das Nacoes Unidas para a Educacao, a Ciencia e a Cultura (1946) mais conhecida como UNESCO observe paises com coleccoes no exterior, e museus no exterior, em controlar sobre essas coleccoes, para que assim possa garantir que os objectos sejam protegidos e restaurados quando assim for necessario de forma adequada.

Dados pessoais do Incendio no Museu Nacional do Brasil em 2018:

. Data: 02 de Setembro de 2018.
. Hora: Por volta das 19H:30 MIN.
. Local: Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
. Localizacao: Quinta da Boa Vista, Sao Cristovao.
. Causa: Desconhecida.
. Mortes: 0.
. Lesoes Fatais: Um Bombeiro sofreu queimadura nos dedos ao tentar salvar o Cranio de Luzia.
. Resultados: Aproximadamente 18. 5 milhoes (92.5%) dos 20 milhoes de itens do museu foram destruidos.


Caro(a) leitor(a) chego ao fim com mais uma Cronica aqui do blog este ano de 2019 aponta para um sucesso que ira esmagar nao o insucesso do ano de 2018 mas esmagar, fazer esquecer os baixos numeros nas estatisticas anuais sobretudo de produtividade.

Em 2018 foram apenas 30 publicacoes, agora, em 2019 com esta nova publicacao quase a chegar o final de Fevereiro serao ja 10. Sei que e tarde para apresentar contas ate porque possivelmente estarei algumas semanas parado para ir passar ferias ao meu pais de origem, meu amado Portugal mas e credivel que possa chegar as 50 publicacoes neste ano.

Agradeco mais uma vez a finalizar pelo apoio que me deram ao longo destes ja 6 anos em que as coisas nem sempre foram faceis mas sempre continuaram a seguir-me e ler o que mais gosto de fazer, ate a proxima, brevemente espero.

                                                                                                             Manuel Goncalves






 







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