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quarta-feira, 16 de março de 2016

Amor em Bergen-Belsen



Ele chegara a muito que era esperado e desejado e eis que finalmente chegara. O seu olhar calmo e brando desde logo acalmara os que la estavam feitos prisioneiros e tratados como animais que logo deixaram de ser tratados como tal assim que ele o ordenara. Agora ali naquele Campo de Concentracao Nazi de Bergen-Belsen apos ele o ordenar eram apenas tratados como as vitimas mais fracas de uma guerra que estava prestes a chegar ao fim.

Josef Kramer era agora a pessoa mais poderosa daquele campo e a vida daquelas pessoas estavam entregues a ele e talvez ate a boa vontade daquele Oficial do Exercito Alemao. Era o que Kramer dissesse que tinha que ser feito ele podia e tinha poder para dizer e ordenar que queria ve-los nas cameras de gas, que fossem fuzilados, enforcados ou que simplesmente fossem poupados e apenas levados para as fabricas em barracoes onde lhes eram distribuidas as varias tarefas diarias o que estava a ser feito ate entao.

Era um homem justo, brando e ainda jovem apesar de estar muito bem visto perante o Exercito Alemao. Kramer conseguira esconder um terrivel segredo que podia por a sua carreira no exercito em causa, que poderia faze-lo perder aquele posto que lhe tinham confiado e ate acabava por colocar a sua vida em risco, o Militar havia nascido na Alemanha tal como seu pai e toda a sua familia paterna mas o seu avo materno era de origem polaca e Judeu era essa a razao pela qual Josef Kramer era tao brando, acessivel e benevolente perante os prisioneiros que ali estavam na maioria judeus e ciganos mas tambem etnias e racas minoritarias, Kramer tentava nao dar nas vistas e procurava nao mostrar a sua preferencia pelos judeus. Admirava aquela gente e quando a guerra tivesse seu fim, quando o mundo finalmente estivesse em paz tambem ele tinha intencao de se converter. Kramer estava certo de que aquele era o povo escolhido pelo Deus de Moises e David para ser o povo escolhido.

O barulho de um comboio cortava o silencio da noite escura, coberta de neve e fria como era uma tradicional noite de Inverno no coracao da Alemanha. O comboio vinha de Auschwitz um outro Campo de Concentracao este na Polonia e quem de la vinha apesar das condicoes adversas de Bergen-Belsen afirmava que era uma sorte ali chegar comparado com Auschwitz o Campo de Bergen-Belsen era um verdadeiro paraiso.

O mundo estava louco pensava Kramer, pobre gente, criancas, mulheres, idosos tanta gente inocente prestes a morrer. Josef Kramer ordenara que se fizesse uma entrevista com cada um dos novos prisioneiros em condicoes de trabalhar. As criancas iriam para uma outra area enquanto os idosos ocupariam os trabalhos mais leves de cozinha e limpeza e os doentes passariam imediatamente para a enfermaria. Alguem disse a Kramer que era gente a mais ao que ele respondeu que aumentassem o numero de beliches quando lhe responderam que sem duvida alguem teria que ir para a camera de gas Josef Kramer pela primeira vez mostrou-se alterado e sem nenhum dos seus tracos de personalidades habituais e afirmou que se alguem voltasse a repetir tal coisa seria o primeiro entao a ir para as cameras de gas.

Kramer recebera uma carta que vinha de uma das fronteiras da Uniao Sovietica onde os alemaes se encontravam em dificuldades para avancar devido a neve e alguem lhe dizia que a guerra estava como que perdida. No fundo era tudo o que ele mais queria, a morte de Hitler seria tambem o suficiente para que a mesma tivesse um fim nao acreditava que nenhum dos seus sucessores tivesse coragem de manter aquela guerra e o mesmo ja havia sofrido alguns atentados era sinal de que os seus oficiais estavam cansados daquela guerra ou tinham bons olhos e nocao de que a mesma estava perdida muito por culpa de Hitler o mesmo era um Lider Politico nato mas como Militar nao era grande coisa.

Ela chegara amedrontada e parecia um animal com destino ao matador ou condenado perto do seu carrasco. Haviam-na mandado para os trabalhos de limpeza e agora era hora de ir limpar o escritorio do Oficial Kramer que lhe haviam dito ser o homem ou melhor Oficial mais poderoso daquele Campo de Concentracao de Bergen-Belsen, era a primeira vez que ia fazer aquele trabalho e ainda nao conhecia Josef Kramer estava ali como Prisioneira a relativamente pouco tempo.

Antes de mais Kramer perguntou-lhe o nome ao que a mesma ficou em silencio. Fazia tempo que ninguem lhe perguntava o nome ali em Bergen-Belsen ou em Auschwitz o seu nome nao importava qual era e nem tinha valor somente a chamavam pelo numero com que estava tatuada depois de uma pausa de silencio respondeu a Kramer e era a Annelies Marie Frank.

Josef Kramer notou o nervosismo e o medo da jovem e simplesmente lhe disse que o fim de tudo aquilo estava proximo e que se ela fizesse tudo o que lhe mandavam iria voltar para casa em breve, a guerra estava no fim o pesadelo estava no fim, tempos de liberdade e felicidade estavam para vir.

A jovem respondeu-lhe que pouco lhe importava se tudo estava no fim, se o pesadelo estava prestes a acabar, para ela nada importava e nem existiria felicidade se nao soubesse o que era feito do pai e da mae, nao sabia se estavam mortos ou vivos. Kramer prometeu-lhe tentar descobrir isso era tarefa dificil entre tantos prisioneiros mas iria tentar contactar todos os campos para saber se eles la estavam e em especial se estavam, vivos ou mortos. Annelies ou melhor Anne como todos lhe chamavam agradeceu e disse-lhe se eles tivessem morrido ela preferia nem saber.

Com o tempo foi mesmo nascendo uma amizade entre Kramer e Annelies Frank e muitas vezes ela servira de Porta-Voz de outros prisioneiros judeus e de outras racas em minoria. Eram muitos os prisioneiros que vinham ter com a jovem a pedir-lhe que intercedesse a seu favor perante Josef Kramer e o boato de um envolvimento amoroso entre os dois comecou a correr no Campo de Concentracao de Bergen-Belsen.

Josef Kramer era um homem aparentemente vistoso com uma idade na casa de finais de trinta anos e inicio dos quarenta quando alguem fazia um calculo sem saber, tinha na realidade trinta e oito anos e era solteiro vivera ate entao para a sua carreira militar e as promocoes que foi tendo eram o seu maior orgulho. Filho de um Militar, neto de Militar que queriam que ele se tornasse ainda para mais em tempos de guerra. Ao saber do boato que correra tentou a todo o custo saber de onde o mesmo vinha era preciso saber-se e pela primeira vez agiu sem brandura ou benovelencia o mesmo poderia causar um escandalo e colocar a sua carreira em risco mas tinha a sensacao que o mesmo boato nao vinha da parte dos prisioneiros mas sim da parte de um dos oficiais menores que estavam sob as suas ordens a quem o posto  do mesmo causava tanta inveja.

Annelies lamentava que tudo tivesse acontecido ate porque nunca pensara em tal e nunca vira Kramer de outra maneira senao como o mesmo fora ate entao. A jovem tinha vinte e cinco anos e ficara viuva o marido fora levado em Auschwitz para as cameras de gas e morrera como tantos outros de forma horrerenda e cruel que a jovem preferia nem lembrar, sentia que o mundo estava louco ou que se existia Deus esse parecia estar dormindo.

Josef Kramer estava no seu escritorio quando lhe vieram entregar mais uma  carta e a mesma vinha dirigida de um dos bracos direitos de Hitler a mesma exigia-lhe que ele fizesse uma escolha em que deveria seleccionar aproximadamente cem homens que deveriam seguir para Auschwitz mas apenas de homens fortes e saudaveis, nao importava que isso viesse a separar maridos de mulheres e pais de filhos o importante era mandar para la esses homens pois havia muito trabalho la nos barracoes que serviam de fabrica onde se fabricava armamento de guerra.

Aquilo nao parecia ser um pedido mas sim alem de uma exigencia uma verdadeira ordem a qual Josef Kramer nao podia virar as costas. Sentia que iria trair irmaos seus, sim embora ele escondesse isso nao ignorava as suas raizes maternas de origem judaica mas era sem duvida melhor mandar-lhes aqueles cem homens do que ele por em causa a seguranca dos milhares de seres humanos que ali estavam.

A noticia caira que nem um balde de agua fria em Bergen-Belsen quando se soube daquilo que nem Josef Kramer podia evitar. A experiencia de alguns homens de imediato os fez inventar, simular dores e doencas das mais esquisitas que poderiam haver para irem parar ao hospital, a enfermaria do campo em vez de seguirem num vagao para Auschwitz ou melhor para o Inferno. Na realidade muitos deles nao o faziam por medo, covardia ou por temerem pela propria vida faziam-no para nao se separarem da mulher e dos filhos.

Sabiam que a guerra estava quase no fim e que para muitos a ida ou o regresso a Auschwitz seria apenas uma forma de os nazis usarem-nos como escudos humanos, os aliados nao atacariam um comboio nazi que fosse cheio de judeus da mesma forma que atacariam se fosse cheio de militares e era uma forma do campo nao sofrer bombardeamentos ao contrario dos nazis os aliados tinham respeito pelos civis e procuravam poupar os mesmos eram eles as principais vitimas da guerra, os civis.

Mais um dia e recebera uma nova carta que por considerar a mais importante fora a que Kramer abrira em primeiro lugar, era sobre as noticias de informacao acerca dos pais de Annelies Frank e eram as piores que se podiam imaginar os pais da mesma tinham sido levados para as camaras de gas, faziam agora parte do grupo de muitas vitimas dos nazis.

Josef Kramer passou as maos pelo rosto quase que em sinal de desespero, como iria ele agora ter coragem de contar a jovem judia que estava sozinha no mundo como ela tanto temia, que os pais haviam sido mortos e que ela jamais os voltaria a encontrar naquele mundo Annelies foi encontra-lo no seu escritorio quando ia fazer a limpeza diaria ao mesmo.

Encontrou-o em silencio o que ja era habitual e tenso ainda lhe viu as primeiras lagrimas nos olhos antes dele se levantar e se colocar de frente para uma janela olhando a paisagem la fora, evitando-a olhar, tinha que lhe dar a noticia, era ele que tinha que lhe dar a noticia. Faltavam-lhe forcas, coragem para o fazer, pobre rapariga que estava agora sozinha no mundo sem ninguem.

Kramer chamou-a quando ela se ia a retirar estava habituada ao seu silencio e as diversas mudancas de humor ou personalidade do mesmo, entendia simplesmente que todos tinham dias melhores que outros e ele estava apenas num dia pior, reconhecia porem que nunca o tinha visto assim daquela forma.

Esticou-lhe a folha da carta e pediu para ela mesma ler nao tinha coragem nao encontrava forma e nem palavra para lhe contar algo tao tragico.

Annelies olhou com as lagrimas nos olhos e viu o Militar com os olhos da mesma forma, olharam-se novamente, impulso do momento talvez, um forte abraco, novo impulso e estavam a trocar um beijo de apaixonados e... Annelies fora a primeira a acordar para a realidade. Aquilo nao podia estar a acontecer soltara-se do abraco ao qual Kramer nao voltou a insistir, olhou-o apavorada antes de virar costas e fugir assustada.

Durante dias nao se encontraram Annelies nao tinha coragem de encarar o Militar e o mesmo tinha muitos problemas em mente embora tambem nao deixasse de pensar no sucedido. Kramer queira a todo o custo, mesmo que isso lhe prejudicasse a sua carreira, pouco importava. Depois da guerra tinha intencoes de deixar o exercito, pelo menos o Exercito Alemao. Agora queria somente evitar a partida do comboio com os alistados.

Os Aliados estavam a poucos dias de chegar ao campo e isso seria sem duvida a sua libertacao, era tudo o que Kramer mais desejava. Assim que pudesse, logo que fosse possivel melhor dizendo ia procurar nunca mais renegar as suas origens e raizes judaicas, um Judeu era sempre, deveria ser sempre um Judeu. Kramer tinha planeado o comboio chegaria dentro de dois dias e pelo que lhe contavam pelo radio em Codigo Morse os aliados deveriam chegar dentro de cinco a sete dias. Pelos seus calculos o comboio teria de partir dentro de cinco dias era o tempo de chegar e levar os prisioneiros quase em cima da hora portanto. O plano do mesmo era arriscado mas ali era ele quem mandava pelo que o risco se tornava menor e ele planeava fazer com que o comboio tivesse uma avaria, ficasse ali parado e retido ate os aliados chegarem.

Annelies entrara de rompante e pancada que dera ao bater a porta mal se ouvira Kramer estava a falar com um prisioneiro quando a mesma entrou, eles calaram-se ou melhor o prisioneiro calou-se e Kramer descansou-o podia falar a vontade Annelies era de confianca e os dois conversavam na forma de avariar o comboio, Isaque sabia bem como faze-lo a sua profissao era Engenheiro Mecanico o problema era o mesmo chegar ao comboio discretamente, sem levantar suspeitas e fazer rebentar um tubo na Caldeira do Vapor. Estava feito era assim que iria eles tinham planeado era assim que iria ser. Alem do mais para Kramer nao havia impossiveis ali sozinho Isaque nem se conseguiria aproximar do comboio mas acompanhado de Kramer tudo era diferente, iriam por o plano em pratica na primeira noite que o mesmo comboio chegasse.

Annelies aproximou-se de Kramer e estava nervosa nao havia forma de evitar tinham que falar sobre o incidente do beijo, seria hora, tempo de assumirem o que sentiam, amavam-se mas ainda nao o podiam assumir no entanto sentiam que podiam viver esse amor, demostrar um ao outro esse sentimento. A porta estava fechada, ninguem podia entrar. Kramer sabia o que ia acontecer se ele nao fizesse nada para o impedir, mas como? Como impedir algo que se queria tanto? Annelies despiu o vestido ou melhor a farda de prisioneira, peca a peca deixou cair tudo no chao estava ja apenas com as roupas intimas quando Kramer se comecou a despir tambem. Completamente nus abracaram-se e fizeram amor ali no sofa do gabinete de Kramer. Nao havia riscos a porta estava fechada, trancada a chave e ninguem podia entrar.

Kramer tinha de fazer aquilo nao podia esconder mais e Annelies foi a primeira pessoa a quem ele contara que era Judeu ou que pelo menos tinha origens maternas judaicas, Annelies era a primeira pessoa a quem ele confessava tal coisa desde que se alistara no Exercito Alemao.

O comboio chegara e agora era preciso impedi-lo de o partir e a unica forma de faze-lo era avarialo e fazer a avaria passar como se fosse acidental os aliados estavam ja na aldeia mais proxima se nao houvesse resistencia certamente estariam no campo no final daquele dia ou na manha do outro.

Os prisioneiros comecaram a entrar no comboio nao havia nada a fazer ordens eram ordens. As cenas de despedida eram sempre as mesmas choradeira, abracos e tudo mais que emocionava por vezes alguns conseguiam emocionar alguns coracoes mais frios ate. Era uma noite gelada e Kramer tinha a certeza absoluta que no dia seguinte o campo estaria tomado pelos aliados, os prisineiros seriam livres. O comboio estava pronto para partir, seguir marcha iria para o inferno ou melhor para Auschwitz aqueles que ali ficavam ficariam livres dentro de dias mas os que agora iam Kramer sabia que os destinos eram incertos os aliados iam demorar dias, semanas ou talvez mesmo mais de um mes para libertar o Campo de Auschwitz.

Tudo pronto o comboio nada mais fazia ali e partira numa marcha lenta ao que Kramer nao parecia ligar muita importancia. Ele, Annelies e Isaque sabiam o que ia acontecer mas nao queriam levantar suspeitas era preciso agir-se com naturalidade.

Uma pequena explosao foi o sufuciente para cortar o silencio da noite. O comboio parara uns metros mais a frente e agora o Maquinista rogava pragas a vida. A avaria, aquela avaria tinha sido um tubo da Caldeira do Vapor que fora pelos ares e a reparacao com os poucos meios que ali tinham ia demorar no minimo dois dias. Optimo pensou Kramer era mesmo isso que ele queira. O Militar limitou-se a ordenar que os prisioneiros voltassem para as camaratas e para nao levantar suspeitas que procurassem reparar o comboio quanto antes.

Aquela manha era uma manha como tantas outras em que se comecava pela contagem dos prisioneiros, contagem dos prisioneiros como se fosse possivel alguem conseguir escapar-se dali pensou Kramer. A contagem ia a meio quando um Jipe dos aliados chegou ao campo e se dirigiu ao Oficial maior, era Kramer. O campo estava tomado, Kramer inevitavelmente como qualquer outro Oficial alemao estava preso e os prisioneiros nao mais eram prisioneiros.

Kramer apertou a mao do Oficial dos aliados, algo que surpreendeu o mesmo e mal queria acreditar naquilo que ouvia um Judeu era Oficial no Exercito Alemao e foi assim que ele escondendo o seu segredo a todo o custo conseguiu poupar milhares de vidas, livrar milhares de seres humanos, arriscando a sua propria vida. Kramer agora tantos para os prisioneiros como para os aliados nao era mais visto como um Militar a quem haviam dado ordem de prisao mas um verdadeiro heroi.

Todos haviam partido cada um a sua vida como seria de esperar e tudo aquilo separara Kramer de Annelies. O mesmo nao deixava de pensar na jovem mas seria talvez melhor esquece-la, nunca mais dera noticias, nunca mais quisera saber de si. Kramer tinha mesmo gostado daquela jovem que agora era tao Judia como ele.

Acordara tarde naquela manha e ia mais uma vez a procura de emprego tinha que fazer alguma coisa com que ganhar a vida e ocupar o seu tempo desde que deixara o exercito que era assim todos os dias, arranjar emprego estava dificil naqueles tempos mas ja tinha a certeza de que iria ser aceite pelo novo Exercito Alemao agora livre dos oficiais nazis. Acordara com o bater da porta, era Annelies.

A jovem sorriu-lhe como sempre lhe sorrira em Bergen-Belsen. Sempre que se lembrar desse lugar sentia um frio na espinha, quanto tempo? Bergen-Belsen quanto tempo, atras? Parecia ser uma eternidade no entanto fazia apenas seis meses desde a libertacao do campo. Convidou Annelies a entrar e talvez porque asim que vira a mesma a memoria lhe havia fugido para o Campo de Concentracao de Bergen-Belsen nao reparou que Annelies estava gravida.

Como poderia ser possivel? Annelies tratou-lhe de explicar que aquela gravidez era fruto da tarde de amor que ambos haviam tido no seu gabinete no campo de concentracao. Sim so podia ser mesmo dai, tudo estava explicado, mas o que fazer agora?

Alguns anos se passaram Annelies e Josef  dao um passeio de familia resolvem ir mostar aos filhos o local onde se conheceram e onde se apaixonaram um pelo outro desde a primeira vez que se conheceram e trocaram um olhar sorriem enquanto os gemeos Josef e Annelies ja com seis anos correm pelo campo olham um para o outro e quase como em telepatia tem o mesmo pensamento, apesar de tudo a guerra tambem lhe trouxera coisas boas, os filhos eram a prova disso.

                                                                                                                 Manuel Goncalves




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