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quarta-feira, 20 de julho de 2016

O Caso do Estripador de Lisboa, Jack o Estripador, a Portuguesa


 
Certos casos sejam mais ou menos insolitos passados em Portugal sempre com mais ou menos difculdade se puderam comparam com outros casos bem mais conhecidos a nivel internacional. Poucos sao os que nao estudam o caso do Estripador de Lisboa (1992-1993) e nao o comparem com o caso de Jack o Estripador (1888-1891) em ambos os casos o Assassino em serie ficou impune e so Deus sabe quem tera sido.

Confesso que o desejo de escrever esta cronica ja e antigo mas foi ficando para tras como em alguns outros casos com outras cronicas e inclusive ainda e algo que acontece. O desejo de escrever esta cronica surgiu sobretudo depois de em 25 de Janeiro de 2015 ter escrito a cronica Os suspeitos e vitimas de Jack, o Estripador. Infelizmente neste caso de agora nao posso falar em ou nomear suspeitos no titulo da cronica ja que eles penso que nao existem, existiu de facto um recentemente mas veio-se a descobrir que a histora e confissao de Jose Pedro Guedes fora uma brincadeira de mau-gosto e era de facto um falso suspeito.

O que leva alguem a matar desta forma tao horrorosa na minha opniao certamente um desejo de vinganca ou um disturbio mental penso que tudo vai de caso para caso e so um Psicologo ou Psiquiatra pode definir cada um as causas, os traumas, etc. No caso do Estripador de Lisboa creio que muito ficou por se saber e o que se soube foi causa da comparacao com crimes semelhantes que foram solucionados.

 
O Estripador de Lisboa e o nome dado pela Policia e pela Imprensa Portuguesa ao Assassino em serie de tres mulheres portuguesas que eram prostitutas entre  1992 e 1993 nas proximidades de Lisboa.

Existe uma forte suspeita que o mesmo tambem seja responsavel por outros dois crimes semelhantes de 1990 na mesma regiao, o que aumenta para tres anos (1990-1993) a actuacao do criminoso.

No entanto em 2011 apareceu um falso "confesso suspeito" onde alegava e assumia a autoria dos crimes atribuidos ao "Estripador de Lisboa". Jose Pedro Guedes de 46 anos, foi detido pela suspeita de ter assassinado e esventrado as tres prostitutas (Maria Valentina, de 22 anos, Maria Fernanda, de 24 anos e Maria Joao, de 27 anos) na capital devido a contade do seu filho em participar no Reality Show Secret Story - Casa dos Segredos 2 (2011-2012) Segundo as contas caso fosse o Estripador na altura dos crimes Guedes teria cerca de 28 anos e pelos relatorios do FBI o Estripador de Lisboa tinha entre 35 a 40 anos, era de raca branca e vivia so.

Jose Guedes confessou os detalhes dos assassinatos ao Site do Jornal Sol, antes de ser detido. A sua "historia" rapidamente se veio a provar ser falsa e fraudulenta tratando-se de uma brincadeira "de mau-gosto" de Jose Pedro Guedes. No entanto, apesar das provas que o ilibaram dos crimes ocorridos em 1992 que se atribuem ao "Estripador de Lisboa", como ficou por apurar o envolvimento ou nao de Jose Guedes da senhora Filipa Ferreira as autoridades optaram por mante-lo unicamente em Prisao Preventiva, estando portanto o nome do mesmo fora desse caso, o que o confirma como nao sendo o Estripador de Lisboa.


A primeira Vitima foi Maria Valentina, de 22 anos, conhecida como "Tina", que foi encontrada morta na manha do dia 31 de Julho de 1992, atras de um barracao, num pinhal perto da Povoa de Santo Adriao. Ela levou golpes de faca entre o torax e a barriga, foi estrangulada, esventrada, cortada e teve os orgaos internos removidos, do coracao, partes do figado, intestinos e a vagina, deitada num banho de sangue.

A segunda vitima foi Maria Fernanda, de 24 anos, tambem foi encontrada atras de um barracao, perto da Estacao de Entrecampos, de manha cedo, em 2 de Janeiro de 1993, por trabalhadores que eram operarios das obras da ponte ferroviaria, tambem atras de um barracao, desta vez no barracao do estaleiro das obras da dita ponte (na epoca, a Ponte Ferroviaria em Entrecampos estava em construcao). Foi tambem estrangulada, esventrada, cortada e teve os mesmos orgaos internos removidos da primeira vitima (coracao, partes do figado, intestinos e a vagina), mas desta vez, a vitima teve os seios removidos.

A terceira e ultima vitima foi Maria Joao, de 27 anos, encontrada em 15 de Marco de 1993 (um dos videos diz que foi em Abril nao me recordo mas se diz que o Estripador esperou so 2 meses entre segundo e terceiro crime entao foi em Marco nao me recordo ate porque confesso na altura nao liguei muita importancia ao caso), a cem metros do local da primeira vitima, na Povoa de Santo Adriao. Tal como as vitimas anteriores, ela foi estrangulada, esventrada, cortada, os mesmos orgaos internos que a segunda vitima (coracao, partes do figado, intestinos, vagina) e os seios, mas desta vez, quase todos os orgaos foram removidos, incluindo o pulmao inteiro da vitima.


O Servico de Prevencao da Seccao de Homicidios recebeu a chamada "entre tantas outras" no Pais, no primeiro crime de 31 de Julho de 1992, os integrantes da Policia Judiciaria (PJ) com o modo como Maria Valentina foi morta com requintes de crueldade. O cadaver seguiu para os exames periciais e o Medico-Legista que realizou a autopsia Jose Sombreiro (1933-2007) afirmou nunca ter visto tal coisa, entre as 40 mil autopsias que realizou nos 30 anos de experiencia. Na investigacao da Policia Judiciaria veio a concluir-se de que ela era Prostituta e Toxicodependente, conhecida desde infancia e apelidada de "Tina". Durante o ano de 1992, surgiram diversos e numerosos telefonemas, muitas cartas com remetente anonimo foram enviadas e tudo foi investigado, mesmo assim nada era conclusivo e faltavam provas para se fazer o quer que fosse, ate ao segundo crime.

Em 2 de Janeiro do ano seguinte, o temido e misterioso Estripador voltou a atacar, desta vez a segunda vitima do macabro Assassino foi Maria Fernanda, que foi encontrada morta pelos trabalhadores da ponte ferroviaria. Uma brigada inteira da PJ foi mobilizada para o local, mas ninguem teve duvidas de que se tratava do mesmo Autor do primeiro crime: o corpo de Maria Fernanda estava retalhado quase igual ao de Maria Valentina o que logo de si dava a entender que dificilmente o Assassino seria outro, os mesmos orgaos internos haviam sido retirados no local. Mas desta vez o Assassino cortou e removeu os seios da vitima no barracao do estaleiro em Entrecampos. Na investigacao da PJ, concluiu-se que tal como a primeira Maria Fernanda era Prostituta e Toxicodependente mas desta vez a vitima era tambem viciada no jogo e frequentadora dos bingos de Lisboa.

A Policia Judiciaria entrou no caso em 3 de Janeiro de 1993, apos a morte de Maria Fernanda, investigaram o seu passado e de Maria Valentina a primeira vitima, ambas as vitimas tinham um perfil e passado semelhante eram prostitutas de rua e toxicodependentes. Seis homens foram enviados para a rua e trabalhavam no caso 24 horas por dia e as vezes ate contavam com o apoio do Departamento de Combate ao Trafico de Drogas, com o mesmo departamento a ceder homens da sua brigada de vigilancia durante a noite.

"Seguiram-se pistas entre Lisboa e Cascais, foram ouvidas varias pessoas ligadas ao passado delas, mas tudo de uma forma informal, sem indicios suficientes para prender ou sequer interrogar alguem", lamenta o Coordenador das investigacoes Joao de Sousa. A PJ sabia perfeitamente que os assassinos em serie (ou Serial Killers) voltam a matar logo que possam ou sintam desejo de fazer o mesmo e estavam a fazer uma corrida contra o tempo, mas faltavam pistas para prender qualquer acusado ou ate suspeito.

Em 15 de Marco, aconteceu o que a PJ menos desejava que viesse a acontecer mas o que mais temia que acontecesse: o Estripador voltou a atacar e mais uma vez fintou todos os operacionais que trabalhavam no caso dos seus crimes, todos eles nao foram suficientes para dete-lo e evitar que o mesmo continuasse a sua saga de crimes que ja ia para o terceiro, a terceira vitima do Assassino foi Maria Joao. A mesma foi mutilada da mesma forma que Fernanda a segunda vitima e curiosamente encontrada a cem metros, de onde havia sido encontrado o corpo de Maria Valentina a primeira vitima, mas todos os orgaos haviam sido removidos. A PJ mais uma vez investigou o passado de mais uma das vitimas e veio a saber que a mesma tal como as outras era uma prostituta de rua e toxicodependente. O Estripador era ja visto e apontado como um genio do crime.

Apesar das investigacoes, apontando os tres crimes semelhantes, nao houve crimes contra prostitutas nos meses e anos que se seguiram. O Estripador apesar de matar de forma perfeita sem deixar qualquer pista que levasse a policia a encontra-lo saira de cena o que me leva a entender se seria mesmo um Psicopata? Um Psicopata continua em cena, insiste, sente desejo disso e nao para, aparentemente aqui as coisas sao diferentes talvez se tivesse continuado acabasse por cometer um erro fatal de tal forma que hoje todos saberiam quem era o Estripador de Lisboa. Apesar das evidencias dos crimes, poucas ou nenhumas provas ou pistas foram encontradas no local: nenhum sangue (excepto o das vitimas), cabelos, pegadas, ou pedacos de luvas que pudessem ter sido utilizadas pelo Estripador. A Policia Judiciaria tinha alguns suspeitos, mas nenhuma prova contra eles que os pudesse levar a responder pela pratica dos mesmos crimes.


Todas as vitimas eram jovens eram jovens, baixas, morenas, prostitutas, toxicodependentes, seropositivas e, inclusive todas tinham o mesmo nome de "Maria": Maria Valentina, Maria Fernanda e Maria Joao, foram rasgadas com um objecto cortante mas que se sabe que nao era uma faca, possivelmente um bisturi.

Maria Valentina, mais conhecida como "Tina", era uma Prostituta de 22 anos, frequentava a Zona das a venidas Novas em Lisboa - Tecnico, as avenidas Defensores de Chaves e 5 de Outubro.

Maria Fernanda era uma Prostituta de 24 anos e frequentava habitualmente apenas as zonas de Entrecampos.

Maria Joao era uma prostituta de 27 anos e foi a mais velha das vitimas, era residente em Santo Antonio de Cavaleiros e morava sozinha com dois gatos, era companheira de Maria Valentina, a primeira vitima e a mais jovem de todas.

Segundo o que o Medico-Legista Jose Sombreiro afirmou na epoca dos crimes, o perfil do Estripador encaixava numa pessoa solitaria, sem relacoes com as vitimas e acima de qualquer suspeita. Nao cometeu erros, o Estripador nunca foi apanhado e os seus crimes podem ser mesmo considerados crimes perfeitos.

Segundo tambem Jose Sombreiro, elas estavam vivas quando foram esventradas, apenas inconscientes devido a fortes pancadas que haviam levado na cabeca, dadas pelo Estripador, que arrancou coracao, figado e pulmoes e demorou-se junto das vitimas a cumprir o seu macabro ritual, mas nem assim deixou vestigios e nem assim deixou que o apanhassem apesar de ter tantos policias a trabalhar no caso e investigacao dos seus crimes. Mantinha os rostos das vitimas intactos e nunca limpou o sangue. Os tres crimes foram praticados na escuridao da noite (provavelmente na madrugada, o que explica a ausencia de testemunhas).

Apos os tres crimes, subsequentemente, as investigacoes da PJ apontaram algumas semelhancas com outros crimes em 1990, na mesma regiao, quando outras duas mulheres, tambem prostitutas, foram assassinadas e os corpos foram encontrados com semelhancas aos do Estripador de Lisboa.

Em Marco de 1993, dois agentes do Federal Bureau of Investigation (FBI) estiveram em Lisboa, apos o terceiro homicidio. Trouxeram na bagagem fotos e relatorios sobre crimes identicos em New Bedford (cidade localizada no Estado de Massachusets, Condado de Bristol nos Estados Unidos) em 1988 onde existe a maior comunidade portuguesa nos EUA. O FBI relacionou os crimes do Estripador de Lisboa com as mortes naquela cidade americana, pois ele poderia ter sido o Assassino em serie activo naquela cidade. Para o FBI, a teoria e que ele era Membro da Comunidade Portuguesa da cidade de New Bedford, que tinha deixado a cidade e o pais para ir para Portugal, onde voltou a matar depois de voltar ao seu pais nativo (seria entao o Estripador um antigo imigrante portugues nos Estados Unidos que havia regressado a Portugal no entender da Policia Americana? E porque nao um americano que teria vindo viver para Portugal?). Alguns dias depois, a PJ prendeu finalmente um suspeito, mas foi logo solto por falta de provas. Havia tambem algo intrigante para que os crimes pudessem ser associados e que em Portugal, os corpos das vitimas foram brutalmente mutilados e isso nao aconteceu em New Bedford (pois so foram encontrados meses depois), os agentes do FBI retornaram aos Estados Unidos, sem que nenhuma ligacao dos crimes de 1988 jamais fossem confirmadas e a identidade do Assassino nos Estados Unidos tambem permanece desconhecida.

Durante 4 anos entre 1993 e 1997, houve tambem quatro crimes semelhantes em quatro paises europeus Holanda, Republica Checa, Dinamarca e Belgica. Ai as autoridades europeias comecaram a suspeitar que o Serial Killer de Lisboa poderia ser ou ter-se tornado Camionista de longo curso (acredito nessa tese porque trabalhei a noite em um ponto de venda de hamburgers e cachorros quentes ao lado de um parque de camioes e era frequentes os mesmos camionistas virem me perguntar se nao havia para ali meninas a atacar que eles estavam com necessidades e ja alguns dias que nao iam a casa, etc). Tudo permanece como especulacao, pois nenhum dos assassinatos nos quatro paises europeus jamais foram solucionados.


Em 2005, os crimes contra as duas prostitutas em 1990 prescreveram. No entanto, posteriormente as investigacoes da PJ concluiram que havia semelhancas com os crimes, mas so encontraram evidencias apenas nos tres crimes praticados entre 1992 e 1993 de que haviam sido praticados pela mesmo criminoso.

Em 31 de Julho de 2007, o primeiro crime prescreveu. O mesmo ocorreu com os outros dois crimes: o segundo crime em 2 de Janeiro de 2008 e o terceiro e ultimo crime em 15 de Marco de 2008.

Mesmo que o Assassino alguma vez seja descoberto, nao podera ser processado ou julgado e muito menos condenado, pois (infelizmente) o Codigo Penal Portugues, qualquer um dos crimes ocorridos, prescrevem em 15 anos e a pena e somente ate 25 anos no maximo.

No entanto no dia 30 de Novembro de 2011, vieram noticias a publico que a Policia Judiciaria havia reaberto o Caso do Estripador de Lisboa. A reabertura do caso aconteceu apos a tentativa dum jovem em participar num concurso de televisao chamado "A Casa dos Segredos". O mesmo jovem que tentava ser Concorrente ao apresentar-se a producao do programa a dizer que poderia revelar a verdadeira identidade do Estripador de Lisboa, acabando por denunciar o proprio pai Jose Guedes, de 46 anos, ex-Trabalhador da Construcao Civil que vivia em Matosinhos mas que estaria a viver em Lisboa no momento dos crimes.

Em 1 de Dezembro, a historia tambem foi revelada a Imprensa pela Jornalista Felicia Cabrita (1963), do Jornal online "Sol" que haveria de realizar a investigacao sobre o assunto o que levou a prisao deste homem que uma semana antes em 23 de Novembro Jose Guedes confessou a ela, os assassinatos numa entrevista filmada antes de acabar por ser detido, embora nao assumindo as mortes das tres mulheres em 1992 e 1993. Ele confessou mais dois crimes, de Janeiro de 2000 e de 2004, em Portugal e Alemanha (quando era imigrante).

No entanto, o Juiz decidiu inicialmente pela Prisao Preventiva por causa de uma mensagem via SMS enviada para o telemovel da Jornalista do "Sol" onde ele acabou por ameacar matar mais uma Prostituta. Porem investigacoes posteriores decorrentes da comparacao das provas encontradas no local vieram a confirmar as suspeitas de alguns veteranos da Policia Judiciaria de que nao se estaria na presenca do verdadeiro "Estripador de Lisboa". A Prisao Preventiva decretada pelo Juiz ainda se mantem, nao porque ainda se presuma de que Jose Guedes seja o verdadeiro Estripador de Lisboa mas pela suspeita ainda de que o mesmo possa ser o Autor da morte de Filipa Ferreira ocorrido em Aveiro, muitos embora nunca tivessem havido dados que correborem esta mesma tese. Segundo noticia do Jornal "Correio da manha" publicada no dia 11 de Janeiro de 2012, Jose Guedes nao era o Estripador de Lisboa. A Policia Judiciaria comparou a Impressao Palmar encontrada num pacote de leite com sangue junto ao cadaver da terceira vitima, Maria Joao - assassinada em Loures a 15 de Marco de 1993 - e chegou a conclusao de que afinal o Operario da Construcao Civil tinha mentido. A Impressao da Mao nao era igual a de Jose Guedes, que entretanto continuava preso na Cadeia de Aveiro, uma vez que a sua prisao se baseava nas suspeitas de que, em 2000, matou Filipa Ferreira, em Cacia. A comparacao tera sido feita recentemente. Nunca teria efeitos legais, uma vez que os crimes do Estripador ja prescreveram. No entanto, seria importante para que os inspectores atestassem a credibilidade do detido, que numa entrevista ao Semanario "Sol" disse ser o responsavel pela morte das tres prostitutas da Zona de Lisboa e chegou mesmo a entregar alguns diarios onde descrevia o que aconteceu. Em 1993, quando a Policia Judiciaria descobriu uma impressao de uma mao no pacote de leite, chegou a ser muito discutido entre os inspectores que estavam a investigar o caso se o mesmo vestigio tinha qualidade para uma futura comparacao caso surgissem suspeitos. A Impressao Palmar acabou por ser incluida por se considerar que era possivel utiliza-la para comparacao caso surgissem suspeitos. A versao de Jose Guedes levantou desde o inicio muitas duvidas a PJ , em especial a alguns historicos da velha guarda que eram policias experientes alguns com quase e mais de 30 anos de carreira, que nunca acreditaram estar perante o temido Serial Killer das noites de Lisboa dos anos 90 e o terror das prostitutas da capital. O facto de o antigo Operario da Construcao Civil nao possuir um carro proprio provocou tambem alguma estranheza as autoridades. Jose Guedes revelou a uma Jornalista do "Sol" que ia para Lisboa a boleia com colegas, com quem trabalhava em Alenquer, e que apos cometer os crimes voltava sempre no ultimo autocarro, que partia as 00:35. Ora tal nao era compativel com o horario que a Policia Judiciaria tem para o ultimo crime: uma Prostituta garante que ouviu a vitima Maria Joao gritar por volta da 01:00. Por desvendar continua a morte tambem de Filipa Ferreira. Neste caso, os vestigios recolhidos na altura em 2000 de nada servem, pois estao contaminados. No entanto, como ficou por apurar o envolvimento de Jose Guedes no caso de Filipa Ferreira, as autoridades optaram por mante-lo em Prisao Preventiva, estando portanto o nome do mesmo fora deste caso, o que o confirma como nao sendo o Estripador de Lisboa.


Os crimes atribuidos ao Estripador de Lisboa foram comparados com os de Jack o Estripador outro Assassino em serie bem mais popular que o Estripador de Lisboa mas creio que o "nosso" Estripador ainda esteve melhor. Nao sei ate que ponto com a evolucao da investigacao forense nao teriam apanhado Jack o Estripador se na sua altura tivessem as mesmas condicoes que tiveram com o Estripador de Lisboa sobretudo condicoes de investigacao cientifica mas mesmo com toda  a evolucao, com metodos modernos na altura o Estripador de Lisboa nao foi encontrado.

Em 1996, o famoso Criminologista, Inspector da Policia Judiciaria e Escritor Francisco Moita Flores (1953) escreveu o guiao para uma serie, Policias, a qual retratava uma Brigada da Policia Judiciaria que tinha como principal e praticamente unico objectivo investigar mortes causadas por um Estripador semelhante.

Tambem o primeiro episodio da serie Cidade Despida (2010), Serie de Policial de Televisao que relatava o dia-a-dia de uma Brigada de Homicidios da PJ, da autoria do Argumentista Pedro Lopes (1976) e, exibida em 2010 na RTP1, tambem relatou um caso baseado no Modus-Operandi deste Estripador. O unico traco que desvia da realidade e que na ficcao e nesta adaptcao, o Criminoso chega a ser capturado.


Voltando a realidade quando muitos afirmam que o Estripador de Lisboa saiu do activo porque morreu (alegadamente com sida que tinha apanhado antes de uma das prostitutas que matou e que foi essa razao de ter morto as tres talvez por nao saber qual das tres o tera infectado) eis que surge o Analista Criminal Jose Martins Barra da Costa que numa entrevista ao Jornal Diario "Publico" afirmou ter encontrado o Estripador de Lisboa e que o mesmo estava vivo e morava perto de um dos locais onde tera assassinado tres prostitutas nos anos 90, mas que acreditava que este nao voltaria a matar.

Barra da Costa afirmava ter descoberto o paradeiro do alegado Autor da morte das tres prostitutas entre 1992 e 1993 enquanto elaborava o perfil deste Criminoso, durante a investigacao que fez para a sua tese de doutoramento. Este mesmo trabalho veio a tornar-se famoso e chegou ao publico atraves do Livro Perfis Psicocriminais - Do Estripador de Lisboa ao Profiler, que conta com o Prefacio da Procuradora-Geral Adjunta Maria Jose Morgado (1951).

Em entrevista a Agencia de Noticias Lusa, o Investigador contou que durante a consulta do processo do "Estripador de Lisboa" deparou com alguns aspectos ate entao desconhecidos, pelo menos por este antigo Inspector-Chefe da Policia Judiciaria. Por exemplo, a existencia de uma Impressao Digital com 13 pontos caracteristicos (com mais de 12 ha ja uma certeza absoluta da impressao em relacao a pessoa).

Segundo este prfiler criminal, trata-se de uma impressao recolhida de uma caixa de cartao com pacotes de leite, no local do ultimo crime, na Povoa de Santo Adriao. Uma outra era conhecida, mas com insuficientes pontos caracteristicos para a obtencao de uma identificacao.

"Ninguem fala nesta Impressao Digital (com 13 pontos caracteristicos), que consta do processo. Foi esta Impressao Digital que eu recolhi quando fiz a consulta do processo e que pedi a um colega meu que a revelasse em termos tecnico-cientificos para ser comparada", afirmou Barra da Costa.

Mais tarde, prosseguiu, encontrou alguem que encontrou no perfil que construiu: "sexo masculino, branco, na altura dos crimes com 30-35 anos de idade, reservado e solitario, vivendo perto de o local (de um dos crimes), distante, fumando o tal cigarro (foi encontrada uma beata no corpo de uma das vitimas)".

O perfil para alguem "com sentimentos profundos de raiva, odio e rancor, direccionados para as mulheres, em especial aquelas que recaiam no seu tipo ideal de vitima, desenvolvidos durante anos, no decorrer dos quais foi criando e aperfeicoando as suas fantasias".

"De media-baixa condicao Socio-Economica, estimava-se que pudesse possuir um coeficiente de inteligencia dentro da media (penso estar errado este ponto sou da opniao de que o Criminoso tinha uma inteligencia ou ate mesmo um QI bem acima da media ou ate bastante elevado, um so homem nao foi descoberto por dezenas de policias certamente nao e simplesmente alguem dentro da media). A sua solidao encontrava-se relacionada com sentimentos de inadequacao que ele proprio sentia perante si mesmo. Provavelmente era visto pelos demais como um sujeito reservado, estranho, mas incapaz de cometer actos tao crueis. Desconfiado, impulsivo e agressivo sem capacidades para sentir qualquer empatia, tornou-se impermeavel aos sentimentos e a dor dos outros. A sua crueldade, visivel na forma como cometeu os crimes, e propria de alguem frio e indiferente", disse.

Depois, "Limitei-me a dar-lhe um dia um copo com agua, comparamos as impressoes digitais que ficaram no copo com a tal Impressao Digital e... bingo".

O individuo que Barra da Costa acredita ser o "Estripador de Lisboa" tem o mesmo nome que uma Testemunha que consta no processo disse ter ouvido na noite de um dos crimes. "Uma Testemunha tera ouvido a ultima das tres vitimas gritar, com a voz abafada 'o fulano nao me facas mal' e isso ate esta no processo e o nome esta la", adiantou.

Sobre as verdadeiras ou possiveis razoes que terao levado o Estripador a cometer os crimes, Barra da Costa desvia-se um pouco das conclusoes da sua tese, recuperando a morte do pai do Estripador. "Penso que pode ter havido uma colagem afectiva, que este problema nao lhe diz respeito essencialmente a ele, mas a alguem da familia, nomeadamente o pai. E que em consequencia dessa colagem ele tera descarregado em outras pessoas a raiva que sentia pela natureza dessa morte. E essa ambivalencia, entre o perfil realizado e os novos dados entretanto obtidos, que procuro ainda esclarecer", disse.

Em relacao ao crime, o Criminologista afirmou que este e de "natureza sexual". Estamos na presenca de um Serial Killer meio atipico, que nao retira daquele tipo de crime algo que se prenda essencialmente com a sexualidade. Ele tortura, causa terror, dor, mas nao tira disso prazer, pois nao ha uma unica relacao sexual com as vitimas. Matar nao satisfaz as suas necessidades, que sao de caracter compulsivo, e por elas vai para alem do homicidio, para por em pratica as suas fantasias de cariz sexual".

"O prazer sexual dele vem do dominio. Do poder sobre a pessoa e de poder estripa-la, sempre viva. Nao e sadico, porque torna as vitimas inconscientes e nessa fase ainda produz o estripamento, um ritual que e a sua assinatura, levando depois orgaos, os trofeus. E um Assassino por luxuria , hedonista".

Barra da Costa acredita que esta pessoa "nao vai permitir contactos", pois, "socialmente nao e muito atreito a isso". "Voltara ele a atacar? E muito dificil, porque ja nao tem as mesmas caracteristicas. Nem a idade, nem condicoes fisicas para o fazer. As pessoas podem de alguma maneira ficar descansadas", concluiu.

Os crimes do "Estripador de Lisboa", ja prescreveram, pelo que este homem nao pode ser preso. Para Barra da Costa, a falha principal da investigacao destes crimes foi de "ordem tecnica", uma vez que "nao havia ainda condicoes para analisar todos os elementos, nomeadamente biologicos", mas tambem o afastamento de quem na altura podia ter chegado ao Assassino.

Barra da costa acredita que "o coordenador da investigacao, Joao de Sousa, chegaria la, caso nao tivesse sido (mal) afastado.

"Ha incompetencia tecnica e estrutural de quem superintende a Investigacao Criminal em Portugal: o Ministerio Publico", acusou o Criminologista.


Nao sendo um Criminologista mas tendo escrito a cronica sinto-me com direito de apresentar a minha tese ou pelo menos opniao como qualquer um pode faze-lo.

Comeco por referir o facto de o mesmo Estripador ja nao poder responder pelos crimes e ser condenado pelos mesmos tudo porque segundo o Codigo Penal Portugues os crimes prescreveram isto leva a crer que em Portugal e possivel matar-se alguem sem se poder ser condenado, simplesmente lamentavel.

Penso que o Estripador saiu de cena porque simplesmente acabou por ir fazer companhia as prostitutas que matou, juntou-se simplesmente a elas. Creio que o mesmo cometeu os crimes porque ja as conhecia a todas elas e era um cliente antigo a quem uma das mesmas pegou o virus da sida e que depois o mesmo em raiva e odio partiu para a vinganca (penso isto devido a ser conhecido os cuidados que a ultima Prostituta morta passou a tomar e creio que so um antigo cliente e ate bem conhecido a faria mudar de ideias e mudar da nova para a velha rotina). Todas as prostitutas eram toxicodependentes mas isso e uma situacao normal habitualmente vai-se para a prostituicao de rua para sustentar o vicio da droga, creio que em mais de 50% dos casos e essa a razao. O facto de terem o mesmo nome tambem me parece normal estando no pais das "Marias" e acho curioso que ele tambem as matou numa escala de idade comecando pela mais nova e terminando na mais velha. O facto de todas serem seropositivas e o que me leva a pensar que as matou por vinganca teve sexo com as tres em diversas situacoes no passado nao sabendo qual a teria infectado resolveu vingar-se em todas.

Podia ate ser um Psicopata mas era de facto inteligente, demasiado, para a Policia Judiciaria em peso nunca o terem apanhado e nunca ter sido identificado pelas prostitutas a noite. Habitualmente estas mulheres estao em grupos e facilmente poderiam ve-lo a apanhar uma Prostituta e a seguir com ela para o habitual servico de procura de sexo que afinal era a passagem para a morte das mesmas.

Muito se fala em Jack o Estripador de Londres mas pergunto se o Estripador de Lisboa nao teve uma capacidade superior ao do mesmo. Com as tecnicas novas de investigacao nos anos 90, tecnicas cientificas e forenses creio que o Estripador de Londres poderia ter sido encontrado mas o de Lisboa nao foi isso revela que o "nosso" teve mais capacidade de iludir a Policia do seu tempo tanto da Judiciaria como os agentes do FBI muito habituados a lidar com este tipo de crimes. Por fim quanto a razao de levar os orgaos das vitimas estou de acordo com Barra da Costa simplesmente eram o seu "Trofeu". Creio que era possivel que o mesmo Criminoso tivesse conhecimentos minimos de Medicina.

Caro(a) leitor(a) espero que a cronica apesar de um tema horrendo tenha sido do seu inteiro gosto a sua leitura como foi do meu escreve-la talvez se ainda estiver dentro da minha faixa etaria de idade o mesmo tema ainda esteja bem fresco na sua memoria, foi de facto um tempo dificil, de medo e terror. Ate a proxima.

                                                                                                             Manuel Goncalves




















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