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sábado, 16 de agosto de 2014

Os Ciganos

 
 
 
Esta e das primeiras recordacoes que tenho da minha infancia embora realmente nao seja todo a mais marcante mas atencao que a minha memoria segundo dizem e consideram alguns amigos e conhecidos e uma maquina. A recordacao de infancia que ja tem mais de 30 anos e de me lembrar de uma jovem cigana, morena, mal vestida e suja, penso que demasido magra  que umas vezes sozinha outras vezes levando consigo uma ou ate duas criancas (talvez para sensibilizar) tinha por habito ir bater a porta da casa da minha familia com uma bilha vazia e pedia que lhe a enchessem de agua, algo que a minha mae nunca recusava por entender que a agua nao se recusava a ninguem.

Perto da casa da minha familia e do meu padrinho onde passei quase toda a minha infancia e adolescencia havia um enorme pinhal inabitavel onde durante algum tempo um agrupamento de ciganos acampava e ficava por uns tempos depois partia e apos uma curta ou longa ausencia voltavam ate que foram obrigados a partir de vez quando o mesmo pinhal se comecou a tornar habitavel e onde foi feito uma urbanizacao. Seja como for aquela gente e povo ficou-me na cabeca e hoje sao os causadores desta cronica. Jamais esquecim aquele estado miseravel em que os mesmos pareciam viver sujos, famintos, sempre apelando e suplicando esmolas, comida e agua , vivendo em tendas fizesse cuva ou sol naquele descampado mas o engracado de tudo e que no fundo pareciam ser felizes  com a vida e o estado de liberdade que tinham e em que viviam.
                                           
                                                         
A historia do povo cigano ou rom e ainda hoje um assunto que se torna objecto de controversia. Existem varias razoes que conseguem explicar essa obscuridade e razao para tantas incertezas e misterios a volta deste povo, raca e grupo social. Em primeiro lugar a cultura cigana e fundamentalmente agrafa e despreocupada com a sua historia, de maneira que nao foram conservados documentos por escritos (entre outras razoes porque durante muito tempo tradicionalmente nao frequentavam a escola e nao sabiam ler ou escrever) sua procedencia. Sua historia estudada sempre pelos nao ciganos, com frequencia atraves de um cariz fortemente etnocentrista. Os primeiros movimentos migratorios datam do Seculo X, porem muita informacao acerca do assunto se perdeu, isto se alguma vez existiu. E importante assinalar tambem e referir que os primeiros grupos de ciganos chegados a Europa ocidental fantasiavam acerca das suas origens, atribuindo-se uma procedencia misteriosa e lendaria, em parte como posto em cena de seus espectaculos e ate actividades.

Outro problema que se deve ter em conta e que a insercao (ou nao) na comunidade cigana e uma questao disputada. Nao existe uma delimitacao clara dentro da propria comunidade (nem fora) acerca de quem e cigano e quem nao e.

As principais fontes de informacao sao no entanto as habituais em casos semelhantes testemunhos escritos, as analises linguisticas e a genetica populacional.


Ciganos e um exonimo para Roma (em singular: rom, termo que, que traduzido para portugues, significa "homem") e designa um conjunto de populacoes nomades que tem, em comum, a origem indiana e uma lingua (o Romami) originaria do Noroeste do subcontinente indiano. Tambem sao conhecidos pelos termos boemios gitanos, calons, judeus, quicos, cales e calos.

Essas populacoes constituem minorias etnicas da sociedade em inumeros paises do mundo e sao conhecidos por varios exonimos, O endonimo "rom" foi adoptado pela "Uniao Romani Internacional" (em Romani: Romano internacionalno Jekhetanipe) e pela conhecida Organizacao das Nacoes Unidas (ONU).

Na Europa, esses povos, de origem indiana e Lingua Romani, sao subdivididos em diversos grupos etnicos:

. Rom (singular) ou Roma (plural) propriamente ditos, presentes na Europa centro-oriental e, a partir do Seculo XIX, tambem em outros paises europeus e nas Americas.
. Sinti, encontrados na Alemanha, bem como em areas germanofonas da Italia e da Franca, onde tambem sao chamados de manoush.
. Calo, os ciganos da penisula iberica, embora tambem estejam presentes em outros paises da Europa e na America, incluindo o Brasil.
. Romnichals, principalmente presentes no Reino Unido, inclusive nas colonias britanicas, nos Estados Unidos e Australia.

Alem de migrarem voluntariamente, esses grupos tambem foram historicamente submetidos a processos de deportacao subdividindo-se em varios clas, denominados segundo antigas profissoes, procedencia geografica, que falam linguas ou dialectos diferentes.

Segundo mesmo um estudo realizado pela revista Current Biology, a diaspora dos ciganos comecou ha 1500 anos no noroeste da India.

"Cigano" provem do termo grego bizantino athigganos. "Gitano" provem do termo castelhano gitano. "Judeu" provem do termo latino judaeu. "Boemio" e uma referencia a antiga crenca da etnia originaria da Boemia, regiao actual Republica Tcheca.

O termo em portugues "cigano" (assim como em espanhol gitano e em ingles gypsy) e uma corruptela do egipcio, aplicado a esse mesmo povo pela crenca erronea de que seriam provenientes do Egipto. No Seculo XVIII, o estudo da Lingua Romani, propria dos ciganos, confirmou que se trata de uma Lingua Indo-ariana, muito similar ao Panjabi o ao Hindi Ocidental. Isso demostrou que a origem do povo rom esta no noroeste do Subcontinente indiano, na zona onde actualmente fica a fronteira entre os estados modernos de India e Paquistao. Esse descobrimento linguistico acabou sendo tambem respaldado por estudos geneticos. E bem provavel que os ciganos se tenham originado de uma casta socialmente inferior do noroeste da India, que, por causas que sao desconhecidas tenha sido obrigada a abandonar o pais no primeiro milenio D.C.  


A procedencia dos Roma foi objecto de todo o tipo de fantasias. Foram ate considerados descendentes de Caim, ou relacionados com a estirpe de Cam. Algumas tradicoes os identificam mesmo com magos caldeus oriundos da Siria, ou com uma tribo de Israel fugida do entao Egipto faraonico. Uma antiga lenda balcanica os faz forjadores (ou ladroes) dos pregos da cruz de Cristo, motivo pelo qual segundo a mesma lenda teriam sido condenados a caminhar de forma errante pelo mundo, se bem que nao ha qualquer evidencia que situe aos ciganos no Medio Oriente nessa epoca.

Em razoes da ausencia de uma historia escrita, a verdadeira origem e a historia inicial dos povos Roma foram um misterio por muito tempo (ainda hoje em alguns pontos nao esta totalmente esclarecida). Ate que em meado do Seculo XVIII, teorias da origem dos Roma se limitavam simplesmente a especulacoes. Ja no final do seculo  antropologos culturais levantaram a hipotese da origem dos Roma ser indiana, baseada na entao evidencia linguistica - o que posteriormente foi confirmado pelos dados geneticos.

Em 1777, Johann Cristoph Rudiger, Professor na universidade de Halle, na Alemanha, em carta ao linguista Hartwig Bacmeister, sugere uma possivel ligacao entre o Romani e as linguas da India. Rudiger baseava suas conjecturas em pistas fornecidas pelo proprio Bacmeister e por seu Professor Christian Butner, mas evidentemente tambem pela sua propria pesquisa, realizada com ajuda de uma falante de Romani, Barbara Makelin, e apoiada em gramaticas hindustani. A hipotese teve uma ampla circulacao entre os seus colegas academicos. Em 1782, Rudiger publicou um artigo intitulado "sobre o idioma indiano e a origem dos ciganos", no qual entao compara as estruturas gramaticais dos Romani com as do hindustani. Trabalhos que se seguiram deram apoio a hipotese de que a lingua Romani possuia a mesma origem das linguas indo-arianas do norte da India. Baseado no dialecto Sinti, este e o primeiro esboco gramatical acerca de uma variedade do Romani, e tambem a primeira comparacao sistematica do Romani com outra lingua indo-ariana.

Os estudos geneticos e linguisticos parecem confirmar que os Roma sao originarios cada vez mais do subcontinente Indiano, possivelmente da regiao do Punjab. A causa da sua diaspora continua ser mais um misterio para a humanidade. Algumas teorias sugerem que foram originalmente individuos pertencente a uma casta inferior da sociedade indiana recrutados e enviados a lutar no oeste contra a entao invasao muculmana. Ou talvez os proprios muculmanos conquistaram os Roma, escravizando-os e trazendo-os para oeste, onde depois formaram uma comunidade separada.

Esta ultima hipotese esta baseada no relato de Mahmud de Ghazni, que informa sobre 50 mil prisioneiros durante a invasao turco-persa do Sindh e do Punjab. Porque os Roma escolheram ou optaram por viajar para o oeste em vez de regressar para a India e tambem mais um outro misterio, se bem que a explicacao pode estar no servico militar sob dominio muculmano.

O que e aceito pela maioria dos investigadores e que os ciganos poderiam abandonar a India em torno do ano 1000, e atravessar o que agora e o Afeganistao, Irao, Armenia e Turquia. Varios outros povos similares aos ciganos vivem ainda hoje em dia na India, aparentemente originarios do estado desertico de Rajastao, e a sua vez, povoacoes ciganas reconhecidas como tais pelos proprios Roma vivem, todavia, no Irao, com o nome de lurios.

Partiram em direccao a Persia onde se dividiram em dois ramos: o primeiro, que tomou rumo oeste, atingiu a Europa atraves da Grecia; o segundo partiu por sua vez para o sul, chegando a Siria, Egipto e Palestina. No Seculo XII, os ciganos enfrentaram o avanco dos muculmanos, que tentaram impor sua Religiao na India, e lutaram contra os Sarracenos por muitos seculos, inclusive mesmo durante a Idade Media.

Apesar de que as provas documentais comecam a ser fiaveis so a partir do Seculo XIV, alguns autores contemporaneos rebaixaram a data do ano 1000 e inclusive antes. Certas referencias sugerem mesmo que as primeiras referencias escritas da existencia do povo rom sao anteriores: um texto que relata como santa Atanasia de Egina repartiu comida em Tracia a uns "estrangeiros chamdos atsinagi" (do grego Ατσίνγανος') durante a escassez do Seculo IX, em plena epoca bizantina.

Inclusive antes, nos primordios do mesmo seculo, no ano 803, Teofanes o Confessor escreve que o Imperador Niceforo I, o Logoteta usa mao de obra de certos atsigani, que com a sua magia, ajudariam-no a conter uma revolta popular.

"Atsinganoi" foi um termo usado tambem para referir-se a adivinhadores ambulantes, ventriloquos e feiticeiros que visitaram o Imperador Constantino em 1054. Um texto hagiografico ("Vida de Sao Jorge anacoreta") refere como os "atsinganoi" foram chamados por Constantino IX Monomaco para ajuda-lo as fragas de feras. Mais tarde, seriam descritos como feiticeiros e malfeitores sendo tambem acusados de intentar envenenar o galgo favorito do Imperador. A extensao desse termo geraria os modernos substantivos tzigane, zigeuner, zingari e zingaros.

Um outro relato historico-lendario do Seculo X titulado Cronica Persa, de Hazma de Ispaham, menciona a certos musicos solicitados ao Rei da India aos que chamou zott. O livro dos Reis (ou shahnameh, datado de 1010), do Poeta Ferdusi conta mesmo uma historia similar. Varios milhares de zott, Rom ou Dom ("Homens") partiram do actual Sindh (pode ser do rio Indo) com o objectivo e intuito de entreter e divertir o Rei da Persia com os seus espectaculos.

A partir dai, depois de uma longa permanencia nessa regiao, e ja descritos como um povo que rejeitava viver da agricultura, espalhar-se-iam em dois grupos migratorios: o primeiro, que tomou rumo oeste, atingiu a Europa atraves da Grecia; o segundo partiu para o sul, chegando a Siria, Egipto e Palestina.

Ainda relacionado com as evidencias da linguisticas da migracao cigana de acordo com os estudos de Terrence Kaufman (1973), a origem da lingua Romani, baseada nos dialectos europeus, pode localizar-se na India central e posteriormente, podem documentar-se emprestimos linguisticos que foram adquiridos nos territorios por onde migravam, que iriam desde do Seculo II A.C ao XIV D.C (muito tempo mesmo note-sse que foram 16 seculos ou algo aproximado o que perfaz cerca mais ou menos de 1600 anos): assim tem emprestimos do persa pela sua passagem na Persia, mas nao da lingua arabe, o que demostra e prova entao que a passagem pela Persia do povo rom foi anterior a islamizacao, no ano 900. Dos seculos XI e XII, tem emprestimos de linguas do Caucaso (osseto, georgiano e armenio). Logo detecta-se a emigracao em direccao ao que e hoje a Turquia, onde receve emprestimos da lingua grega, mas nao do turco, o que indica igualmente que a sua passagem por ai foi anterior a invasao turca. Ja no ano 1300, procederia a entrada nos Balcas, onde adquiriu palavras das linguas eslavas. Posteriormente, os dialectos europeus Romani dividem-se, ainda que Kaufmann indica uma distincao entre os que tem influencia lexica do Romani e os que nao, que seriam os ciganos da Bulgaria e os da Espanha.

A saida do povo cigano da India ocorreu provavelmente no contexto das invasoes do Sultao Mahmud de Ghazni (regiao onde e hoje o actual Afeganistao) Mahmud fez varias incursoes no norte da India, capturando os povos que ali viviam. Segundo o antropologo Jose Pereira Bastos, Professor da Universidade Nova de Lisboa, no inverno de 1019 - 1020, o Sultao saqueou a cidade sagrada de Kannauj, que era entao "uma das mais antigas e letradas de toda a India capturando milhares de pessoas e vendendo-as em seguida aos persas". Estes, por sua vez, venderam os prisioneiros como escravos na Europa. No leste europeu cerca de 2300 deles foram para a zona dos principados cristaos ortodoxos da Transilvania e da Moldavia, onde depois foram convertidos em escravos do principe, dos conventos e dos latifundiarios.

Por volta do Seculo XI , a entao lingua Romani ja apresentava os claros tracos das linguas indo-arianas modernas.

Ja no Seculo XIV, devido a conquista territorial e politica de estados indianos, muitas caravanas rom partiram a caminho da Europa, Medio Oriente e Norte de Africa. E a segunda onda migratoria que os Roma denominam Aresajipe.

Na Europa, em razoes de clivagem internas e de interacao com as varias populacoes europeias,  os Roma emergiram como um conjunto de grupos etnicos distintos, mesmo dentro de um conjunto maior. Alguns desses grupos foram escravizados nos Balcas no territorio da actual Romenia, enquanto outros com mais e maior sorte se puderam movimentar livremente, espalhando-se pela Hungria, Austria e Boemia (regiao historica da Europa Central, ocuppando os tercos ocidental e medio da actual Republica Checa), chegando a Alemanha ja na segunda decada do Seculo XV em 1417. Ja em 1422 chegam a Bolonha. Seis anos mais tarde em 1428, ja havia ciganos na Franca e na suica. No inicio da segunda metade do milenio passado em 1500 surgiram entao os primeiros ciganos ingleses.

A terceira onda migratoria deu-se entre finais do Seculo XIX e o inicio do Seculo XX, da Europa para as Americas, apos a abolicao da servidao na Europa Oriental, entre 1856 e 1864. Alguns estudiosos apontam, ainda, a ocorrencia de uma outra grande migracao, proveniente da Europa Oriental, desde a queda do muro de Berlim em 1989.


Os estudos geneticos corroboram a evidencia linguistica que situa a origem do povo cigano no subcontinente indiano.

Estudos geneticos realizados em ciganos bulgaros, balticos e valcanos sugerem que cerca de 50% cromossomos Y e do ADN mitocondrial pertencem ao haplogrupo homem H e mulher M, amplamente estendidos na Asia meridional e tambem na Asia Central.

Os homens corresponderam maioritariamente com haplogrupos H (50%), I (22%), J2 (14%) e RIB (7%); as mulheres com H (35%), M (26%), U3 (10%), X (7%) e outros (20%). Tais haplogrupos sao muito raros nos nao ciganos, e o resto encontram espalhados por toda a Europa. Os haplogrupos femininos U2i e U7 praticamente nao existem nas mulheres ciganas, mas estao presentes na Asia meridional (entre 11 e 35%).

Pode-se calcular que aproximadamente a metade do patrimonio genetico cigano e parecido ao dos grupos europeus circundantes. Mas os homens ciganos do grupo sinti da Europa central sao H (20%), J2 (20%) com uma frequencia elevada de R2 (50%) frequencia essa que se encontra tambem na India, mais concretamente na Bengala Ocidental e entre cingaleses do Sri Lanka. O marcador M217, presente em 1,6% dos homens ciganos, encontra-se tambem em Bengala Ocidental (kivisild et alter, 2003). Os haplogrupos L, que se encontram nos 10% dos indianos e paquistaneses, nao sao registados entre os ciganos (a equipa de Greshman nao parece ter investigado o haplogrupo L) assim como muito menos nos originarios do Bengala Ocidental. A partir da base de dados YHRD (Y Chromosome Haplotype Reference Database), pode-se comprovar que algumas populacoes ciganas europeias possuem uma grande percentagem de haplogrupos masculinos R1A1. Os dados de YHRD informam poucas correspondencias, em geral com a populacao do subcontinente, mas uma alta correlacao no haplogrupo H com a comunidade de origem sul-asiatica da capital inglesa Londres, na qual existe uma percentagem mesmo muito alta de individuos procedentes do Bengala Ocidental e do Sri Lanka.

As investigacoes geneticas de Luba Kalaydjieva mostram que o grupo original apareceu ha umas 32 ou 40 geracoes, e que esse grupo ate era pequeno, talvez de apenas uns 1000 individuos.

Deixando os dados geneticos da raca do povo cigano e voltando a sua historia, origens, culturas e tradicoes. O Seculo XVI e considerado a epoca da idade de ouro dos ciganos na Europa mas e tambem visto como o comeco de perseguicoes aos mesmos.

Vagueando de cidade em cidade, se bem e certos que talvez nao por vontade propria, foram expulsos de varias cidades com frequencia, haveria de esperar o Seculo XVI para que se desatasse uma onda de perseguicao so comparavel mesmo com o antigo-judaismo secular dos europeus. Ainda no Seculo XV, os estereotipos negativos nao estavam enraizados, e entre a hostilidade e a fascinacao, a cultura cigana dispersou-se pelo continente, misturando-se com as culturas e linguas locais. Lentamente foi-se convertendo em um desafio para os poderes estabelecidos, para a populacao sedentaria e para a Religiao denominante.

Foi durante ainda no Seculo XV com as perseguicoes aos judeus e muculmanos que comecou tambem a caca aos ciganos. Segundo o antropologo Jose Pereira Bastos, "eram considerados vagabundos e delinquentes. Na Alemanha e Paises Baixos, eram exterminados a tiros por cacadores pagos por cabeca. Na Europa, o proposito so exterminio dos ciganos sempre foi muito claro". Os anos do Seculo XVI de 1555 e 1580 foram particularmente marcados por actos de violencia contra os ciganos, em diversos paises.cam

A falta de uma ligacao historica precisa a uma patria definida ou a uma origem segura nao permitia que socialmente fossem reconhecidos como um grupo etnico ou social bem individualizado, ainda que por longo tempo tenham sido qualificados como egipcios. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe no florescimento de lendas e proverbios tendendo a por os ciganos sob um mau prisma, chegando-se a ponto de se recorrer a Biblia para considera-los descendentes de Caim, e assim portanto, malditos. Difundiu-se, tambem, a lenda de que teriam sido eles a fabricar os pregos que viriam a servir para crucificar Jesus Cristo (ou, segundo uma outra versao, que eles teriam roubado o quarto prego, tornado, assim, mais dolorosa a crucificacao). Caracterizados pelo nomadismo, o modo de vida dos ciganos e as suas condicoes de subsistencia sao sempre determinadas pelo pais onde se encontram: os mais ricos sao os ciganos suecos e os mais pobres encontram-se nos Balcas e no sul da Espanha.

Quando teve lugar o descobrimento da America, em 1492, os ciganos ja estavam espalhados por toda a Europa, onde apesar de uma boa acolhida inicial comecaram a ser perseguidos, marginalizados, expulsos, severamente castigados, escravizados (como na Romenia, onde a escravidao cigana nao foi abolida ate 1864) ou simplesmente exterminados. O desencontro entre os ciganos e os nao ciganos perduraria desde o Seculo XVI ate a actualidade.

Assim, na Espanha , a pragmatica de Medina do Campo do ano 1499 obrigou-os a abandonar a vida nomade. Em 1500, o mesmo ano em que entraram na Polonia e Russia, a Dieta de Augsburgo expulsou-os da Alemanha. Em 1505 Jaime IV da Escocia concedeu-lhes um salvo-conduto e saltaram a Dinamarca. Chegaram a Suecia em 1512, e em 1514 a Inglaterra, de onde porem seriam expulsos, sob ameaca de pena de morte em 1563. Antes disso, na Espanha foi-lhes dado a "escolher", em 1539, entre a sedentarizacao ou seis anos de galeras e, em 1540, os Bispos da Belgica ordenaram a sua expulsao sob ameaca de pena de morte.

A partir do final do Seculo XVI, sucederam-se em toda a Europa autorizacoes, leis e decretos contra ao modo de vida dos ciganos. A dinamica dessas disposicoes sera contraditoria (sao obrigados a sedentarizar-se ao tempo que se lhes impede a entrada em muitas cidades; sao obrigados a assimilarem a cultura local ao tempo que sao concentrados em determinados bairros; sao tambem obrigados a trabalhar em oficios reconhecidos ao mesmo tempo que estao proibidos de entrar nos gremios...) a tenacidade dos ciganos, as suas estrategias de ocultamento, de multi-ocupacionalidade (como a chama Teresa San Roman), de semi-nomadismo ou itinerancia circunscrita, de adaptacao as circunstancias instaveis da legislacao, a capacidade para cruzar fronteiras ou para aliar-se em determinadas ocasioes com a populacao autoctone realizando trabalhos imprescindiveis, faz com que os ciganos de toda a Europa resistam a assimilacao e conservem as proprias caracteristicas culturais mais ou menos intactas ate a actualidade.

Embora mantendo a sua identidade, em alguns aspectos os Roma revelam grande capacidade de integracao cultural: sempre professam a Religiao local dominante, da mesma forma que as suas dancas, musicas, narrativas e proverbios manifestam a assimilacao da cultura do meio em que vivem. Sua capacidade de assimilar a musica folclorica permitiu que muitas pecas fossem mesmo salvas do esquecimento, principalmente as do Oeste Europeu. Excluindo as publicacoes sovieticas sobre o assunto, existem apenas nove livros escritos em Romani.

Mesmo durante o Seculo XX pode-se dizer que os ciganos continuaram a ser vitimas de perseguicoes tal como outros povos como os judeus. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), entre 200 000 e 500 000 ciganos europeus terao sido exterminados nos campos de concentracao nazisistas. Entre os Roma, o massacre e denominado e porajmos e comecou a ser recuperado pela historiografia apenas a partir de 1970.

No dia 2 de Abril de 2009, o Presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert Pottering, recebeu um premio pelo trabalho desenvolvido pelo proprio Parlamento Europeu na defesa dos direitos da comunidade rom na Europa. O mesmo premio foi entregue pelos representantes das principais organizacoes europeias, em nome da comunidade rom, antes do Dia Internacional dos Roma, que se celebra tradicionalmente a 8 de Abril. Dos 12 a 15 milhoes de Roma que vivem na Europa, 10 milhoes vivem em Estados-Membros da Uniao Europeia, a maioria dos quais adquiriu a cidadania europeia com o alargamento de 2004 e a adesao da Romenia e da Bulgaria em 2007.

Em fins de Julho de 2010, o Presidente da Franca Nicolas Sarkozy , decidiu apos dois incidentes envolvendo membros franceses da comunidade cigana, promover o retorno em massa dos Roma a Romenia e Bulgaria, acto que suscitou uma grande polemica.

Os Roma nao tem uma Religiao propria, Deus proprio, sacerdotes ou cultos originais. Parece singular o facto de que um povo nao tenha cultivado, no decorrer dos seculos, crencas em uma divindade particular, nem mesmo primitiva, do tipo antropomorfico ou totemico. O mundo do Sobrenatural e constituido pela presenca de uma forca benefica, Del ou Devel, e de uma outra forca de sentido malefico, Beng, contrapostas, numa especie de zoroastrismo, provavel residuo de influencias que esta crenca teve sobre grupos que, em epoca remota, atravessaram o Irao. Ademais, as proprias crencas ciganas incluem uma serie de entidades, cujo a presenca se manifesta sobretudo a noite. Mas, em geral, os Roma parecem ter-se adaptado, ao longo da historia que ja vem da antiguidade, as confissoes vigentes nos paises que os hospedaram, embora a sua adesao pareca ser exterior e superficial, com maior atencao aos aspectos coreograficos das cerimonias, como as procissoes e as peregrinacoes, proprias de uma regiolisidade popular, sobretudo catolica.Embora nao tenham uma Religiao propria e muito menos um Deus proprio sao livres de seguir uma Religiao quando o fazem habitualmente seguem religioes como a Religiao catolica, ortodoxa, protestante, islamica, hindu ou sikhismo, depende muito da zona de onde sao oriundos ou onde plantaram suas raizes.

Um sinal da mudanca se da pela difusao do movimento pentecostal, ocorrido a partir dos anos 1950, atraves da Missao Evangelica Cigana, surgida em Franca. Em seguida a isso, registam-se, todavia, profundas laceracoes no interior de muitas familias, devido as obvias mas radicais mudancas de costumes e tradicoes que a adesao a essa Religiao impoe, dada a natureza fundamentalista do movimento religioso em questao. Tais imposicoes, muitas vezes, acabam por induzir os Roma a uma recusa de suas proprias peculiaridades culturais. Os ciganos sao tambem uma linha cultuada e praticada na umbanda brasileira.

A maioria dos Roma fala um dialecto do Romani, lingua muito proxima das modernas linguas indo-europeias do norte da India e do Paquistao, tais como o pracrito, o marati e o punjabi.

Tanto o sistema fonologico como a morfologia podem ter sua evolucao facilmente reconstruida a partir do sanscrito. O sistema numeral tambem reflete parcialmente o vocabulario sanscrito. Com as migracoes, os Roma levaram a sua lingua a varias regioes da Asia, da Europa e das Americas, modificando-a. De acordo com as influencias recebidas, distinguem-se dialectos asiaticos de europeus. Entre as linguas que mais influenciaram nas formas modernas da lingua Romani estao o grego, hungaro e o espanhol.

Os ciganos representam a maior minoria da Europa,Asia e America cerca de 11 milhoes:

. Albania - 70 000 ciganos.
. Alemanha - 110 000 - 130 000 ciganos.
. Argentina - 300 000 ciganos.
. Brasil - 678 000 (estimativa do Governo) - 1 000 000 ciganos.
. Bulgaria - 370 908 (censo) ou 700 000 - 800 000 ciganos.
. Canada - 80 000 ciganos.
. Espanha - 600 000 - 800 000 ciganos.
. Estados Unidos - 1 000 000 ciganos.
. Franca - 280 000 - 340 000 ciganos.
. Grecia - 300 000 - 350 000 ciganos.
. Hungria - 189 984 ou 450 000 - 600 000 ciganos.
. India - 2 274 000 ciganos.
. Irao - 110 000 ciganos.
. Italia 90 000 - 110 000 ciganos.
. Republica da Macedonia - 53 879 - 260 000 ciganos.
. Republica Checa - 11 746 (censo) ou 220 ciganos.
. Turquia - 5 000 000 ciganos.

Como se pode ver na Turquia e onde se encontra claramente o maior numero de ciganos isto tanto no continente europeu como mesmo a nivel mundial. Na Asia e na India onde esse povo esta mais enraizado com mais de 2 milhoes e na America e nos Estados Unidos e Brasil onde os numeros maiores apontam para um milhao. Sobretudo na Europa em Paises como Republica Checa e Hungria nao creio que estes numeros sejam muito crediveis isso pelo menos a nivel interno visto ser mesmo de conhecimento publico que muita gente oriunda deste povo decidiu imigrar para paises europeus onde podiam encontrar melhores condicoes de vida e ate de trabalho deixando assim estes paises ja referidos e outros ainda como Eslovaquia, Eslovenia e sobretudo Romenia. E de conhecimento publico em geral que tem sido assim desde a abertura ao espaco da UE a esses mesmos paises desde de 2004. Em Portugal os numeros apontam para que sejam aproximadamente 40 000 ciganos.


Os Roma nao representam, como ja se salientou, um povo compacto e homogeneo. Mesmo pertencendo a uma unica etnia, existe a hipotese de que a migracao desde da India tenha sido fracionada no tempo e que, desde da origem, eles fossem divididos em grupos e subgrupos, falando mesmo dialectos diferentes, ainda que afins entre si. O acrescimo de componentes lexicos e sintaticos das linguas faladas nos paises que atravessaram no decorrer dos seculos acentuou fortemente tal diversificacao, a tal ponto que podem mesmo ser tranquilamente definidos como dois grupos separados, que reunem subgrupos muitas vezes em evidente contraste social entre si.

As diferencas de vida, a forte vocacao ao nomadismo de alguns, contra a tendencia a sedentarizacao de outros pode gerar uma serie de contrastes que nao se limitam a uma simples incapacidade de conviver pacificamente. Em linhas gerais, poder-se-ia afirmar que os sintos sao menos conservadores e tendem a esquecer com maior rapidez a cultura ancestral e as tradicoes do povo cigano. Talvez este mesmo facto nao seja recente, mas, de qualquer modo, e atribuido as condicoes socioculturais nas quais por longo tempo viveram.

Em comunicacao apresentada durante o encontro "Ciganos no Seculo XXI", realizado em Lisboa, em Setembro de 2010, o espanhol Santiago Gonzalez Avion, director da Fundacao Secretariado Cigano, na Galizia, apontou as divisoes entre as proprias comunidades ciganas. "Entre os ciganos de nacionalidade espanhola, a fragmentacao e forte. Galegos e castelhanos dividem-se. E chega mesmo a haver uma discriminacao entre os ciganos transmontanos, de nacionalidade portuguesa, e os espanhois", apontou Gonzalez. O documento tambem denuncia a situacao de pobreza e exclusao social destes mesmos grupos.

Quantos aos Roma de imigracao bem mais recente, nota-se, ao inves, uma maior tendencia a conservacao das tradicoes, da lingua e dos costumes proprios dos diversos subgrupos. Sua origem, de paises essencialmente agricolas do leste europeu, favoreceu certamente a conservacao de modos de vida tradicionais. Antigamente, era muito respeitado o periodo de gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza ligada ao nascimento, envolvendo varias proibicoes para a parturiente. O aleitamento ainda dura muito tempo, por vezes mesmo prolongando-se por alguns anos.

No casamento, tende-se a escolher o conjuge dentro do proprio grupo ou subgrupo, com notaveis vantagens economicas. E possivel a um rom casar-se com uma gadji, isto e, uma mulher nao-rom, a qual devera porem submeter-se as regras e as tradicoes rom. Vige naturalmente o dote. No grupo dos sintos, geralmente o casamento e precedido pela fuga do casal. Aos filhos e dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverao contribuir com o sustento da familia e com o cuidado dos menores. No que se refere a morte e aos ritos a ela conexos, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral muito tempo. Entre os sintos parece prevalecer o costume de se queimar a kampina (o trailer) e os objectos pertencentes ao morto. Entre os ritos funebres praticados pelos Roma esta a pomana, banquete funebre no qual se celebra o aniversario da morte de uma pessoa. A abundancia de alimentos e bebidas exprime o desejo de paz e felicidade para o defunto.

Alem de uma familia extensa, entre os Roma encontramos a kumpania, ou seja, o conjunto de varias familias (nao necessariamente unidas entre si por lacos de parentescos) mas todas pertencentes ao mesmo grupo, ao mesmo subgrupo ou a subgrupos afins.

O Nomade e, por sua propria natureza, um sujeito individualista, e mal suporta a presenca de um Chefe ou Lider: se tal figura nao existe entre os Roma, e entretanto devido ao respeito para com os mais velhos, que sempre sao solicitados a dirimir eventuais controversias.

Entre os Roma, a maxima autoridade judiciaria e formada e constituida pelo krisnitori, isto e, por aquele que preside a kris. A kris e um verdadeiro tribunal rom, constituido pelos membros mais velhos do grupo, que tende a reunir-se em casos especiais, para resolver problemas delicados, envolvendo controversias matrimoniais ou accoes que resultem em danos a membros do grupo. Na kris podem participar tambem mulheres, que sao admitidas a falar. A decisao cabe aos anciaos designados, presididos pelo krisnitori. Ouvidas as partes envolvidas, e punida a parte considerada culpada.

Em tempos recentes, a controversia se resolve, em geral, com o pagamento de uma soma proporcional ao tamanho da culpa. No passado, se a culpa era particularmente grave, a punicao podia consistir no afastamento do grupo ou, as vezes, em castigos corporais.

Regioes onde a populacao cigana atinge um valor significativo na sociedade:

. Estados Unidos - 1 000 000 (0,32%).
. Brasil - 800 000 (0,41%).
. Espanha - 650 000 (1,62%).
. Romenia - 535 140 (2,46%).
. Franca - 500 000 (0,79%).
. Bulgaria - 370 908 (4,67%).
. Hungria - 205 720 (2,02%).
. Grecia - 200 000 (1,82%).
. Servia - 108 193 (1,44%).
. Reino Unido - 90 000 (0,15%).
. Eslovaquia - 89 920 (1,71%).
. Republica da Macedonia - 53 879 (2,85%).

Limito-me a pesquisar e a tirar os dados que acho essenciais para fazer estes trabalhos. Nao posso com toda a certeza dar como certo que estes numeros estejam correctos muitas vezes nem os proprios governos tem a certeza disso, depois basta pesquisar em dois locais diferentes para as vezes observar duas informacoes diferentes. Olhando bem em paises que nao sao assim tao grandes geograficamente as vezes como na Bulgaria onde a populacao cigana faz 4,67% da mesma sociedade acaba por ser ja um numero elevado o suficiente muitas vezes para se dar a vitoria ou derrota a alguem numa camapanha eleitoral.

Ao longos dos tempos varios foram os ciganos que atingiram a fama onde o caso mundialmente mais reconhecido e a banda musical francesa Gipsy Kings que ao longo dos tempos conquistaram um lugar de renome e destaque no panorama musical a nivel internacional e serviram como embaixadores para o mundo das culturas e tradicoes ciganas, porem nao sao um caso unico.

Ciganos(as) famosos nas mais diversas areas:

. Neon Hitch - Cantora britanica de Gypsy Pop.
. Django Reinhardt - Guitarrista de Jazz, considerado o pai do Jazz na Europa.
. Nicolas Ramanush - Presidente da ONG, Embaixada Cigana do Brasil - Prahlipen Romane Brasil.
. Mircea Lacatus  - Escultor cigano, formado pela Universidade Nacional de Arte, em Bucareste, Romenia.
. Ceija Stojka - Escritora austriaca, foi a primeira Escritora de etnia cigana a escrever um livro sobre o Holocausto.
. Juana Martin Manzano - Designer de moda espanhola, ganhou varios premios no mundo da moda.
. George Bramwell - Jornalista da British Broadcasting Corporation, Escritor de varios livros de historia natural.
. Jarmila Balazova - Jornalista e editora checa de etnia cigana.
. Alija Krasnici - Escritor da ex-Jugoslavia.
. Carlos Telles; Calo - Forcado considerado portugues.
. Zlatan Ibrahimovic - Futebolista sueco.
. Eugene Hutz - Cantor e actor ucraniano.
. Cidalia Moreira - Cantora, Fadista portuguesa.
. Cher Lloyd - Cantora britanica.
. Juscelino Kubitschek de Oliveira - Ex-Presidente brasileiro (inclusivamente o unico Presidente no mundo de origem cigana na historia).
. Ricardo Quaresma - Futebolista portugues, avancado, internacional pela seleccao de Portugal e que representou os seguintes clubes: Sporting Clube de Portugal, Barcelona, Futebol Clube do Porto, Internazionale, Chelsea, Besiktas, Al-Ahli e Futebol Clube do Porto, de novo.

Sao mesmo varias as personalidades com antepassados ciganos que, em diversas partes do mundo, se destacaram em areas tao diversas como literatura, escultura, musica, desporto ou ciencias. Personalidades publicas como Michael Caine, Sofia Kovalevskaya ou o Premio Nobel da Medicina em 1920 Schack August Steenberg Krogh.

Na hora da despedida resta-me desejar que mais uma vez a cronica tenha sido ao gosto do caro(a) leitor(a), resta-me tambem acresentar que com estas cronicas a conta do trabalho de pesquisa que envolvem as mesmas acabo por muitas vezes aprender muitas coisas que ate entao me eram completamente desconhecidas e onde acabo por enriquecer o meu nivel de cultura geral, talvez seja esse o facto que me leva recusar a desistir de continuar o projecto deste blog. Ate a proxima.

                                                                                                         Manuel Goncalves














  



3 comentários:

  1. Muito bem!!!!! A tua persistência é louvável, já eu por vezes deixo os trabalhos a meio, a minha força de vontade nem sempre é como devia. Para mim, os ciganos são um povo um pouco incompreensível, não entendo muito a sua lógica, talvez por nunca terem sido verdadeiramente convertidos ao Cristianismo, mantêm um certo lado bárbaro.... Sorry, continua em frente ... Abraço.

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    1. Caroline eu vejo esse povo e raca na verdade grupo social nao como muitos os veem coitadinhos ou criminosos. Lembro-me de ha muitos anos um casamento cigano na Moita em que alugaram o cinema para ter uma salao para a festa e quem queria ver mercedes e BMW era ir para aquela zona, nao sao coitadinhos sao pessoas que fizeram uma opccao de escolha diferente tal como os hippies mas esses nao tiveram a organizacao suficiente para continuar quanto ao resto se sao criminosos a ver pelos carros top gama que estavam a porta do cinema alugado para a festa entao nao e que o crime compensa mesmo. Quanto ao resto penso que nao e por nunca se terem convertido ao Cristianismo ou a qualquer outra religiao que deixam de ser gente, Deus e Cristo devem estar na mente e coracao de cada um e nao na religiao e tudo complicado de se entender mas repara que os povo e etnia nao se converteu mas o membro julgo que tem o direito a tomar essa opccao de se batizar e seguir a religiao individualmente.

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