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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O Profeta Maome (c. 570-632)



Certamente nao me irao poder acusar-me de discriminacao por nao falar da Religiao Muculmana tao bem como falo da Igreja Catolica ou algo do genero. Devo dizer que tenho muitos amigos muculmanos mas nunca me deu para pensar em seguir os mesmos embora o estudo da Religiao em termos de conhecimento e Cultura Geral em muito me tem despertado interesse esta cronica e uma forma de aprender e descobrir coisas que desconhecia e fico a saber durante o trabalho de elaboracao e pesquisa da mesma cronica.

Foi-me dificil escolher as etiquetas e por opcao deixei de fora Civilazacoes Antigas embora o Profeta Maome seja descendente de uma dessas civilizacoes e tambem por falta de espaco Cultura Geral, Opniao Publica e por fim igualmente Antropologia. As vezes nao e facil fazer uma seleccao das mesmas etiquetas por isso procuro sempre associar aquelas que parecem serem mais associadas ao tema. Tambem quero desde ja informar que nao escrevo esta cronica com o intuito de ofender, ridicularizar, humilhar o Islao e os muculmanos ou o seu Profeta simplesmente e meu proprio desejo aprender e passar a informacao e ajudar as pessoas sobre o que e o Islao e o mundo Muculmano sou da opniao que o Islao nao e apenas o Estado Islamico, atentados e terrorismo.

Fiquei com vontade de demostrar isso mesmo e entao tomei a decisao (penso que acertada) de escrever algo sobre o Islao e a Religiao Muculmana e pesei que tinha de ser um tema marcante o Alcorao estava fora de questao porque ja fiz uma cronica sobre o mesmo livro decidi-me pelo Profeta do Islao e fundador da Religiao Muculmana e agora aqui vos apresento o trabalho. A importancia de Maome e deveras importante quem mais poderia tomar um papel mais importante que o proprio Jesus Cristo ou qualquer outro profeta para os muculmanos. As palavras de Maome sao como mandamentos para os mesmos e os seus exemplos a serem seguidos.


Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim,  mais conhecido como Maome (Meca, ca. 6 de Abril de 570 - Medina, 8 de Junho de 632) foi um Lider Religioso e Politico arabe. Segundo a Religiao Islamica, Maome e o mais recente e ultimo Profeta do Deus de Abraao.

Para os muculmanos, Maome, foi precedido no seu papel de Profeta por Jesus Cristo (nasceu entre 7 e 2 A.C e morreu por volta de 30-33 D.C), Moises, Davi ou David, Jac ou Jacob, Isaac ou Isaque, Ismael, Ishmael ou Yishma'el e Abraao. Como figura politica ele unificou varias tribos arabes, o que veio a permitir as conquistas arabes daquilo que viria a ser um Imperio Islamico que se veio a estender da Persia ate a Penisula Iberica.

Maome ao contrario do que se possa pensar nao e considerado pelos muculmanos como um ser divino, mas sim, um ser humano; contudo, entre os fieis, ele e visto como um dos mais perfeitos seres humanos.


Nascido em Meca, Maome foi durante a primeira parte da sua vida um Mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por habito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muculmanos acreditam que no ano de 610, quando Maome teria entao quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, teria sido visitado pelo Anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse os versos enviados por Deus, e lhe comunicou que Deus o havia escolhido como ultimo Profeta enviado a humanidade. Maome deu entao ouvidos a mensagem do Anjo e, apos sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorao, durante o califado de Abdullah ibn Abi Qhuhafah (570-634), mais conhecido pela alcunha deAbu Bakr, Abu Becre ou Abu-Bequer.

Maome nao rejeitou por completo o Judaismo e o cristianismo, duas religioes monoteitas que ja eram conhecidas pelos arabes. Em vez disso, declarou que e necessaria proteccao a estas religioes e informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religioes, que tinham sido corrompidos e esquecidos.

Muitos dos habitantes de Meca nao aceitaram a sua mensagem, rejeitando-a, e passaram a persegui-lo, bem como aqueles que o seguiam e acreditavam na sua palavra e na sua mensagem. No ano de 622 Maome viu-se obrigado a abandonar a cidade de Meca, numa migracao conhecida como a Hegira (Hijira) tendo se mudado para Yathrib (actual Medina). Nesta cidade, Maome tornou-se entao o Chefe da primeira Comunidade Muculmana. Seguiram-se alguns anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que por fim resultaram em geral na vitoria de Maome e de seus seguidores. A Organizacao  Militar criada na epoca durantes essas batalhas foi usada para derrotar as tribos da Arabia. Pela altura da sua morte, Maome tinha unificado praticamente todo o territorio sob o signo de uma nova Religiao, o Islao.


O nome completo de Maome em Arabe pode ser transliterado como Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim, sendo que Muhammad significa "Louvavel" e seu nome completo inclui "Abd Allah", que significa "Servo de Deus". Este nome ja era comum na Arabia antes do surgimento do Islao, nao sendo por isso necessario ver nele um epiteto criado pelo proprio.

Maome e entao uma forma na lingua portuguesa do frances Mahomet, que por sua vez e uma deformacao do turco Mehmet, tendo dai derivado os adjectivos portugueses maometano e maometismo para designar, respectivamente, o seguidor e a crenca difundida por ele.

Na Africa Negra Muculmana, o nome do Profeta Maome foi deformado para Mamadou, e entre os berberes encontra-se a forma Mohand.

Nos textos portugueses mais antigos, este Antroponimo aparece grafado de variadissimas formas, como Mafoma, Mafamede, Mafomede, Mafomade, Mahamed, Mahoma, Mahomet, Mahometes ou Mahometo, sendo Mafamede e Mafoma por ventura as mais divulgadas (de resto a ultima forma e uma forma similar e adequada do nome do Profeta nas outras linguas ibericas, sendo que em castelhano, catalao, galego e ate basco, se diz Mahoma). Desde o Seculo XIX, porem, que tais termos cairam completamente em desuso no portugues, sendo ate considerados ofensivos, posto que o seu uso, nas cronicas antigas, se fez sempre associado num contexto de Cruzada contra a Religiao Muculmana.

Hoje em dia, alguns arabistas, islamologos e historiadores lusofonos preferem e optam por utilizar a forma Muhammad em vez de Maoeme (eu opto pelas formas Maome e  Muhammad, no fundo sao simples opnioes pessoais) por considerarem que essa e transliteracao mais correcta a partir do Arabe, sendo a sua pronuncia a que mais se aproxima do nome original (de facto segundo alguns estudos, nos ultimos anos, uma parte significativa e crescente da producao cientifica em Portugal na area dos estudos arabes e islamicos tem vindo a consagrar este uso). Neste grupo inclui-se o falecido Arabista portugues Jose Pedro Machado (1914-2005), Autor de uma traducao do Alcorao para portugues no qual utiliza a forma Muhammad para se referir ao Profeta do Islao.

Todavia, os principais dicionarios da Lingua Portuguesa e alguns linguistas e lexicografos adoptam a forma Maome, vulgarizada por dois seculos de uso. Ademais a Lingua Arabe nao estipula uma transliteracao oficial (como o Chines, por exemplo), portanto a representacao morfologica no Alfabeto Latino das palavras em arabe varia enormemente com as particularidades de cada lingua. Outro argumento a favor do emprego de Maome encontra-se no facto que praticamente todos os nomes de personalidades historicas anteriores ao Seculo XX ja possuem forma vernacula em portugues, como Moises, Jesus ou Martinho Lutero (1483-1546).

As principais fontes para o estudo da vida do Profeta Maome sao o Alcorao, as biografias surgidas nos primeiros seculos do Islao (nos seculos VIII e IX, conhecidas como Siras) e os hadith.

Embora o Alcorao nao seja uma Biografia de Maome, ele proporciona muitas informacoes sobre a sua vida. Entre as suras, destaca-se a Sura de Muhammad ibn Ishaq ibn Yasar, ou simplesmente Ibn Ishaq (nascimento ?-morte 767 ou 761). Os Ahadith (singular de Hadith) sao relatos daquilo que o Profeta disse, fez ou aprovava, e foram transmitidas atraves de uma cadeia oral. A sua escrita foi contemporanea a entrada do Cristianismo Nestoriano na Penisula Arabica.


Muhammad ou Maome nasceu em Meca no dia 12 do Mes Rabi al-Awwal (o terceiro Mes do Calendario Islamico) no "Ano do Elefante". Esse ano recebeu essa denominacao porque nele se verificou o ataque de tropas de Abraha tambem conhecido como Abreha e  Abraha al-Ashram em Arabe ou  Abramos em grego (ca 525-ca 553) (que foi um Governador do Sul da Arabia ao servico do Imperador da Etiopia) e as tropas do mesmo estavam equipadas com elefantes dai o nome do ano ser o "Ano do Elefante". Na Era Crista esse ano corresponde ao Ano de 570.

Maome pertencia ao Grupo dos hachemitas, que por sua vez estavam integrados na tribo dos coraixitas (Quraysh, "tubarao"). Era filho de Abdala ibn Abd al-Mutalib ou Abd Allah ibn Abd al-Muttalib (545-570) conhecido mais simplesmente por Abdala e de Amina bint Wahab (?-577), Seu pai faleceu pouco tempo antes do seu nascimento, deixando a sua esposa e futura mae de Maome uma pequena heranca composta por cinco camelos e uma escrava.

Entre as familias de Meca existia na epoca  habito e tradicao de se entregar temporariamente as criancas as familias beduinas que eram pessoas que viviam em grupos, clas e tribos no deserto, uma vez que se considerava que o clima de Meca era pouco saudavel; para alem disso, acreditava-se que uma temporada de vida no deserto prepararia melhor a crianca para a vida adulta. Em troca dessa adopcao temporaria, os beduinos recebiam presentes dos habitantes de Meca. Apesar das limitacoes economicas, Amina entregou Maome aos cuidados de uma Ama-de-leite chamada Halima (Haleemah).

Aparentemente Maome teve tudo menos uma infancia facil e feliz, o pai morreu pouco antes do mesmo nascer e a mae faleceu quando o mesmo tinha seis anos; Maome passou a viver entao com seu avo paterno Shaiba ibn Hashim (497?–578 ou 579), mais conhecido por Abd-al-Motalib ou Abdul Mutalib, e com os filhos deste, entre os quais se encontravam Abu al-Abbas ibn al-Muttalib  (c. 566-c. 652) mais conhecido por Abbas e Hamza e que eram praticamente da mesma idade que Maome, frutos de um casamento tardio do avo. Abd al-Motalib ocupava em Meca o importante cargo de siqaya (servico de distribuicao pelos peregrinos de agua sagrada do Poco de Zamzam). Dois anos depois, o avo de Maome faleceu e este foi viver com o seu tio Abu Talib ibn 'Abd al-Muttalib (549-619) seu nome real era Imran porem tornou-se mais conhecido como Abu Talib, porque teve um filho chamado Talib. Abu Talib era o novo Chefe do Cla Hachemita.

Meca era nessa altura uma Cidade-Estado no deserto, onde se encontrava um Santuario conhecido  por Caaba ou Kaaba ("Cubo") administrado pelos coraixitas. A Caaba era venerada por todos os arabes, sendo alvo de uma peregrinacao anual. Nela se encontrava a Pedra Negra (tambem conhecida como Hajar el Aswad) e uma serie de idolos, representacoes de deuses e de deusas, dos quais se destacava o Deus dos natubeus, Hubal. Alguns habitantes de Meca distanciavam-se quer dos cultos pagaos, quer do Monoteismo dos judeus e dos cristaos, declarando-se hunafa, isto e, crentes no Deus unico de Abraao, que acreditavam ter sido o Fundador da Caaba. Apesar de a cidade nao possuir recursos naturais, ela funcionava como um Centro Comercial e Religioso, visitado por muitos comerciantes e peregrinos.

Ja durante a sua adolescencia Maome tera sido Pastor e teria tambem acompanhado o seu tio em expedicoes comerciais a Siria. Segundos relatos baseados em fontes de informacao muculmanas, quando Maome, o seu tio e outros acompanhantes regressavam de uma destas viagens cruzaram-se perto de Bosra com um Eremita Cristao chamado Bahira que apos ter olhado e examinado Maome concluiu que o mesmo era o enviado pelo qual todos esperavam e ansiosamente aguardavam. Bahira recomendu a Abu Talib que levasse o seu sobrinho para Meca e que velasse pelo bem-estar deste.

Por volta do ano 595 Maome conheceu Cadija (ca. 555-619), uma viuva rica de 40 anos de idade. O jovem Maome (na altura com 25 anos de idade) impressionou Cadija pela sua pureza e pela sua honestidade nos negocios de tal forma que ela propria propos o casamento. Este casamento representou uma grande mudanca social para  Muhammad, ja que segundo a lei e os costumes arabes da epoca os menores nao herdavam, razao pela qual Muhammad nada tinha recebido de heranca tanto do pai como do avo. Muhammad permaneceu com a esposa Cadija ate a morte desta no ano de 619. Muhammad e Cadija tiveram juntos seis filhos, quatro mulheres (Zainab bint Muhammad , Ruqayyah bint Muhammad,Umm Kulthum bint Muhammad e Fatimah bint Muhammad(ca 605-632) ) e dois homens (Al-Qasim bint Muhammad e Abdullah bint Muhammad, que vieram a falecer ainda durante a infancia). Para Karl-Heinz Ohlig (1938) um Professor alemao de Estudos da Religiao e Historia do Cristianismo a genese do Islamismo assenta na Religiao professada pela esposa de origem ebionita, que tal como outras seitas arabes cristas, os arianos e nestorianos divergiam do Cristianismo na aceitacao do Dogma da Trindade.

Habitualmente afirma-se que Maome era analfabeto, contudo, e provavel que alguem que desempenhou funcoes na area do comercio tenha possuido, autonomamente, conhecimentos essenciais de escrita.

O seu tio Zubair fundou a Ordem da Cavalaria conhecida como a Hilf al-fudul, que assistia os oprimidos, habitantes locais e visitantes estrangeiros. Maome foi um Membro entusiasta; ajudou na resolucao de disputas, e tornou-se conhecido como Al-Ameen ("o confiavel") devido a sua reputacao sem macula nestas intermediacoes. Como por exemplo, quando a Kaaba sofreu danos apos uma inundacao, e todos os lideres de Meca queriam receber a honra de resolver o problema, Maome teve certamente a honra em ser nomeado para solucionar a situacao. Maome propos entao que estendessem um lencol branco no chao, que colocassem a Pedra Negra no meio e pediu aos lideres tribais que a transportassem ao seu devido local, segurando os cantos do lencol. Chegados ao devido local, foi o proprio Maome que tratou de a colocar na posicao devida.

                              
Durante a sua vida e depois da morte de Cadija, Maome viria a casar com mais quinze mulheres, na sua grande maioria viuvas, excepto sua terceira esposa Aisha bint Abu Bakr (614-678) tambem conhecida simplesmente como Aicha ou Aixa com a qual teria casado para cimentar lacos politicos entre o seu pai e o Profeta Maome. Essas mulheres eram viuvas de companheiros de Maome, tinham uma idade avancada e o casamento com o Profeta surgia como uma forma de garantir a proteccao e estabilidade economica. Em outros casos os casamentos serviram para cimentar aliancas politicas.

O casamento com a ja referida Aisha foi destinado desde muito cedo a jovem futura esposa de Maome tinha apenas seis anos de idade na altura de se oficializar o seu noivado e segundo registos, catorze anos na altura de seu casamento com o Profeta. Mas o casamento so viria a ser consumado por volta dos 16 anos de Aisha.

Um ano antes da sua morte, Maome dirigiu-se pela ultima vez aos seus seguidores naquilo que ficou conhecido como o sermao final do Profeta Maome. A sua morte em 8 de Junho de 632, deu origem a uma grande crise entre os seus seguidores. Na verdade, a mesma crise deu origem a uma crise que iria dividir o Islao nos ramos dos sunitas e dos xiitas. Os xiitas acreditam que o Profeta designou  Ali ibn Abi Talib, Ali ben Abu Talib (ca. 600-661) que era genro e primo do Profeta filho de seu tio Abu Talib ibn 'Abd al-Muttalib como seu sucessorAli era praticamente um filho adoptivo de Maome
, num sermao publico na sua ultima Hajj, num lugar chamado Ghadir Khom, enquanto que os sunitas que formam o maior ramo do Islao com 84% do total de muculmanos discordam.

O Profeta Maome tinha por habito passar noites nas cavernas das montanhas proximas de Meca, praticando o jejum e a meditacao. O mesmo sentia-se desiludido com a atmosfera materialista que dominava a sua cidade e insatisfeito com a forma como orfaos, pobres e viuvas eram excluidos da sociedade. A tradicao muculmana informa que no ano de 610, enquanto meditava numa caverna do Monte Hira. Maome recebeu a visita do Arcanjo Gabriel (Jibril), que o declarou como Profeta de Deus. Desde esse mesmo momento e ate a sua morte, tambem recebeu outras revelacoes.

Ao receber estas mesmas mensagens, Maome teria transpirado e entrado em estado de transe. A visao do Arcanjo Gabriel teria mesmo perturbado o Profeta, mas sua mulher Cadija o acalmou e reconfortou, assegurando que nao se trataria de uma possessao de um Genio. Para tentar compreender o sucedido, o casal consultou um tal de Waraqa bin Nawfal, que era um primo de Cadija que se acredita ter sido Cristao. Com a ajuda deste, Maome interpretou as mensagens como sendo uma experiencia identica a vivida pelos profetas do Judaismo e Cristianismo.

As primeiras pessoas a acreditar na missao profetica de Maome foram a esposa Cadija, outros familiares e amigos que tinham por habito reunir-se em casa de um homem chamado Al-Arqam. Por volta do ano 613, encorajado pelo seu circulo restrito de seguidores, Maome comecou a pregar em publico. Ao proclamar a sua mensagem na cidade, foi ganhando novos seguidores, incluindo os filhos e irmaos do homem mais rico da cidade de Meca. A religiao que ele pregou tornou-se conhecida como Islao ("submissao a vontade de Deus").

A medida que o numero de seus seguidores crescia, Maome se ia tornando uma ameaca para as tribos locais, especialmente e em particular para os Coraixitas, a sua propria tribo, que tinha a responsabilidade pelo cuidado da Caaba, que nessa altura hospedava centenas de idolos que os arabes adoravam como deuses.


Apesar da Mensagem Monoteista do Profeta Maome ter sido aceite por alguns dos habitantes de Meca, muitos outros tambem a rejeitaram. Os conceitos religiosos por ele apresentados, e em particular a ideia de um Julgamento Final, geravam incredulidade e gozo junto dos mequenses. Pediam-lhe que fizesse um milagre que fosse capaz de comprovar as suas alegacoes ou entao acusavam-no de estar possuido por um Djiin (um Espirito maligno). Para alem disso, Maome tinha-se tornado muito impopular diante dos governantes, e os seus seguidores foram alvos de ataques fisicos e agressoes constantes e repetidas, bem como de ataques as suas propriedades. De acordo com os relatos, alguns dos habitantes de Meca lacaram ataques vigorosos e brutais contra esta nova religiao: forcaram pessoas (seguidores de Maome) a deitar-se sobre a areia ardente, colocaram enormes pedras sobre os seus peitos, derramaram  liquido do ferro derretido sobre os mesmos. Muitos teriam morrido. Esta perseguicao no entanto nao atingiu inicialmente o proprio Maome. pelo simples facto de que sua familia detinha muita influencia e sendo os ataques impostos pelos senhores fortes e poderosos de Meca apesar de tudo alguns familiares de Maome ainda se incluiam nesse grupo de influentes e poderosos de Meca. No entanto, estas circunstancias tornaram-se intoleraveis e Maome aconselhou alguns dos seus seguidores a irem para a Abissinia (nome que era dado na altura aquilo que hoje conhecemos pelo pais do continente africano chamado Etiopia), por volta do ano 615.

Os mequenses tentaram convencer Maome a deixar a sua Missao Religiosa e tentaram suborna-lo oferecendo-lhe poder politico. A medida que os seus seguidores aumentaram, os seus oponentes tentaram demove-lo a deixar por completo a sua vida religiosa ou pelo menos a alterar a sua Religiao. Novas tentativas de suborno com ofertas de riqueza e a oferta de uma boa parte do comercio local e o casamento com mulheres de algumas das familias mais ricas, mas Maome recusou todas estas ofertas que no fundo eram uma maneira de o procurar subornar. Finalmente ja sem forma de o demover das suas ideias os habitantes de Meca por fim acabaram por exigir a Abu Talib que entregasse o seu sobrinho Maome para que fosse executado. Uma vez que o mesmo tambem ele recusou atender aos pedidos dos habitantes de Meca e a trair o sobrinho Maome, a oposicao exerceu pressao comercial contra a Tribo de Muhammad e seus apoiantes. Houve tambem uma tentativa de assassinato. Apos a morte de seu tio e de Cadija no ano de 619 (ano que a Tradicao Muculmana refere como sendo o "Ano da Tristeza") o proprio Cla de Maome retirou-lhe a proteccao. O Profeta Maome mudou-se entao para a cidade de At-Ta'if, onde nao encontrou o apoio que era esperado por parte dos habitantes. Por essa razao ele regressou ao ponto de partida ou seja foi de novo para a cidade de Meca, onde sofreu novamente abusos e humilhacoes alem de agressoes, foi apedrejado e atirado contra espinhos de lixo. Os seus opositores e inimigos preparavam-se para tentar novamente assassina-lo.

No ano de 622, e em resultado do incremento da perseguicao aos muculmanos, estes comecaram a deixar Meca em direccao a Yahtrib, uma cidade a cerca de 350 Km a Norte de Meca que mais tarde viria a ser conhecida por Medina. Essa migracao ficou conhecida como a Hegira, palavra por vezes traduzida como "fuga", embora o seu sentido preciso seja de "emigracao", mas nao num sentido em termos geograficos, mas de separacao em relacao a familia e ao cla. O Calendario Islamico tem inicio no dia em que comecou a Heriga, 16 de Julho de 622.

A migracao da cidade de Meca para Medina nao foi de todo um acto impulsivo, mas algo que ja havia sido planeado atraves de contactos previos. No Verao do ano de 621, doze homens de Medina visitaram Meca durante a peregrinacao anual e declararam-se muculmanos. Em Junho do ano seguinte uma delegacao de setenta e cinco medineneses tambem se declara muculmana em Meca e jura proteger Maome de todos os males e qualquer ataque. Os primeiros muculmanos comecaram a abandonar Meca em Julho de 622; na epoca a viagem tinha a duracao de nove dias. Os muculmanos partiram em pequenos grupos e como tal nao gerou a desconfianca entre os mequenses.

Muhammad partiu em Setembro, tendo mais uma vez conseguido escapar a um plano dos seus opositores e inimigos que visava mata-lo. O plano estabelecia que um homem pertencente a cada um dos clas de Meca enfiaria a sua espada no Profeta Maome; desta forma a vinganca (conceito enraizado entre as tribos arabes) seria dificil de concretizar. O plano fracassou e nao teve sucesso ja que Maome fugiu durante a noite, tendo deixado a dormir na sua cama Ali, vestido com seu manto verde. Quando o grupo pretendia executar o plano deparou-se com Ali, que nada sofreu. Maome chegaria a Medina sao e salvo a 24 de Setembro.

Medina era um oasis que tinha na agricultura a sua principal actividade economica. Nesta mesma cidade viviam tres tribos judaicas, talvez ai chegadas depois da destruicao do Segundo Templo, pelos romanos no ano 70 e duas tribos arabes pagas,  os Khazradj e os Aws. Os habitantes de Medina esperavam que Maome os unisse e evitasse incidentes tais como a Guerra Civil de 618, na qual muitas vidas se terao perdido.


Um Documento conhecido como a Constituicao de Medina revela como se estabeleceu uma confederacao entre os seguidores de Maome de Meca e os habitantes de Medina (Umma). O preambulo do documento refere-se a ele, Maome, como "Profeta" e estabelece que as disputas devem ser submetidas a mediacao deste mesmo, mas nao lhe outorgou qualquer tipo de autoridade especial. Contudo, nos ultimos anos da sua vida Maome tornou-se Soberano da cidade em resultado do prestigio concedido pelas campanhas militares.

Maome aprovou atques a caravanas coraixitas que negociavam com a Siria, tendo ele proprio participado de tres ataques, que resultaram em fracassos.

Em Marco do ano 624 Maome preparou um ataque a uma caravana de Meca que vinha de regresso da Siria. A caravana, liderada por Sakhr ibn Harb ibn Umayya ibn Abd-Xams ibn Abd-Manaf (ca de 560 ou 565-ca de 650, 652 ou 653) ou simplesmente Abu Sufyan ou ainda conhecido por Abu-Handhala (que era um Lider da Cla Omiada), conseguiu enganar os muculmanos. Contudo Abu Jahal de Meca  (Lider do Cla Makhzum) que se tinha previamente oposto a Maome e organizado um boicote contra o Cla Hachemita, pretendia com isso ensinar-lhe apenas uma licao.

A 15 de Marco de 624, proximo de um lugar chamado Badr, as duas forcas colidem. Apesar de serem apenas 300 e mal equipados contra 800 mequenses que estavam tambem melhor equipados na batalha, os muculmanos tiveram sucesso e sairam vitoriosos da batalha, matando pelo menos 45 naturais de Meca, incluindo o proprio Abu Jahl, e tomaram como refens 70 prisioneiros, tendo sofrido o lado muculmano apenas e somente 14 baixas. Para os muculmanos a vitoria foi por sua vez encarada como uma confirmacao da Missao Profetica que estava destinada e entregue a Maome. Muitos dos habitantes de Medina converteram-se ao Islao e Maome de facto tornou-se Governador da cidade.

Varias importantes aliancas pelo casamento ocorreram nesta altura. Das duas filhas de Maome, Fatima casou com Ali que passou a ser genro e primo de Maome e primo e esposo de Fatima, Ali (seria mais tarde o quarto Califa entre 656 e 661) e a filha de Maome, Umm Kulthum casou com Uthman ibn Affan (570-656) mais conhecido como Otman, Utman ou Otomao (seria o terceiro Califa entre 644-656). O proprio Muhammad, ja casado com Aisha, filha de Abu Bakr (primeiro Califa entre 632 e 634) casou entao com Hafsah a filha de Omar ibn al-Khattab ou Umar ibn al-Khattab (ca. 586-644) mais conhecido simplesmente como Omar ou Umar (segundo Califa entre 634-644), cujo o marido havia falecido na batalha de Badr (624).

Os lacos de relacoes com os judeus de Medina comecaram a degradar. Para os mesmos era impossivel aceitar a Mensagem Religiosa de um homem que colocava Moises, Joao Baptista (2 A.C-27 D.C) e Jesus Cristo no mesmo grau de consideracao religiosa. Por volta dessa altura, Maome mudou a direccao da Qibla de Jerusalem para Meca.

A 21 de Marco do ano de 625,Abu Sufyan, em busca de vinganca, entrou em Medina com 3000 homens. Na manha de 23 de Marco comecou a luta. A batalha nao ajudou a declarar um vencedor e um derrotado obvios, apesar dos habitantes de Meca terem clamado a vitoria. Nos dois anos seguintes (626, 627), ambos os lados e exercitos foram-se preparando para o encontro decisivo

Em Abril de 627, Abu Sufyan liderou uma confederacao de 10.000 homens contra Medina. Maome ordenou que fosse cavada uma trincheira a volta de Medina, por sugestao do Escriba Persa Salman e-Farsi. O exercito nao conseguiu entrar na cidade. Por sua vez, os agentes de Maome enviados do junto do exercito conseguiram provocar algumas desercoes. Depois de uma noite marcada por um forte temporal com vento e chuva, o Exercito de Sufyan viria a acabar por desagregar.

Apos a retirada de Abu Sufyan e suas forcas, os muculmanos dirigiram a sua atencao para os grupos que tinham cometido traicao ao Acordo de Medina. Os munafiqun desmoronaram-se rapidamente, e seu Lider Abdullah ibn Ubayy prometeu uma alianca com Maome. Os muculmanos cercaram entao os Banu Qurayza que eram uma Tribo Judaica do Oasis de Yathrib, ate o Seculo VII, quando surgiu o conflito com o Profeta Maome que levou ao seu exterminio. A mesma tribo tinha conspirado contra os muculmanos. Eles tinham tido a oportunidade de escolher Maome como seu Arbitro, mas em vez disso, os Banu Qurayza escolheram Saad ibn Muadh, o lider dos seus antigos aliados da Tribo Aws.

Saad tinha sofrido uma ferida letal na batalha contra as forcas de Abu Sufyan e ordenou a execucao das forcas activas da tribo, consistindo de todos os seus homens adultos. Ele permitiu as mulheres nao-combatentes e as criancas viverem como escravas para o resto da vida. Como era tradicao do mesmo tempo. Mais tarde, comentadores argumentaram que o punimento de Banu Qurayza era conforme aos ditames da Biblia Hebraica sobre a guerra; no entanto, as fontes originais da Sirah nao mencionam isso.


Por volta de 627 Maome tinha unido Medina sob o Islao, com o desaparecimento dos seus inimigos internos. Os beduinos, apos um periodo de batalhas e negociacoes, tornaram-se aliados de Maome e aceitaram a sua Religiao. Depois de muito contacto com a cidade e com os muculmanos, alguns converteram-se gradualmente. Por essa altura, as revelacoes que Maome supostamente teria recebido, chegaram ao fim. Ele regressou entao a Meca para tomar posse da Caaba.

Maome colocou os cidadaos de Meca sobre pressao economica, destinada primeiramente a ganhar a adesao deles ao Islao. Em Marco do ano 628, ele partiu para "peregrinacao" a Meca, com 1600 militares que o acompanhavam. Os naturais de Meca no entanto, puseram travo ao avanco destas forcas nos limites do seu territorio, em Al-Hudaybiyah um pequeno oasis situado entre Meca e Medina. Alguns dias depois, os de Meca fizeram um tratado com Maome depois de travarem uma batalha  assinaram posteriormente o Tratado de Hudaybiyah, com a Tribo Quraysh. Com negociacoes e o consentimento dos mais velhos coraixitas, ele fez uma peregrinacao a Kaaba, desarmado. As hostilidades iriam ter um fim e os muculmanos iriam conseguir ter a permissao para assim fazerem a Peregrinacao a Meca no ano seguinte (629). O casamento de Maome com Habiba, filha do seu antigo inimigo Abu Sufyan, cimentou ainda mais o tratado.

Apos um certo periodo, o acordo extinguiu-se e a guerra rebentou. Ainda no ano de 629 no mes de Novembro aliados de Meca atacaram um aliado de Maome, o que levou o Profeta Muhammad a romper o Tratado de Hudaybiyah. Apos um planeamento secreto, Maome marchou sobre Meca em Janeiro do ano 630 com 10.000 combatentes. Nao houve no entanto (ao contrario do que seria de esperar) derramamento de sangue. Abu Sufyan e outros lideres de Meca submeteram-se fortemente. Maome prometeu uma anistia geral (com algumas pessoas especificamente excluidas). Apesar de o mesmo nao os ter forcado, muitos habitantes de Meca converteram-se ao Islao. Em Meca, Maome destruiu os idolos na Kaaba e em outros pequenos santuarios.

Apos a Hegira, Maome comecou a procura de estabelecer aliancas com as tribos nomodas. A medida que sua forca e infuencia cresceu, insistiu que as tribos potencialmente aliadas se tornassem muculmanas.

Quando estava em Meca, Maome foi informado de que havia uma grande concentracao de tribos hostis e ele partiu para as defrontar. A batalha teve lugar em Hunain, e os inimigos foram derrotados. Alguns viam e consideravam agora Maome como o homem mais poderoso da Arabia e a maioria das tribos enviou delegacoes para Medina, em busca de uma alianca. Antes da sua morte, rebelioes ocorreram em uma ou duas partes da Arabia mas o Estado Islamico tinha forca suficiente para lidar com as mesmas.

Usualmente, quando um Muculmano se refere a Maome, Jesus ou outro dos profetas, imediatamente apos o nome ele diz ou escreve "que a paz e bencao de Ala estejam sobre ele" ou uma expressao equivalente em outra lingua (frequentemente arabe), ou ainda usa a sigla dessa expressao. Em ingles por exemplo, e aceitavel usar "pbuh" ou "peace be upon him". A sigla tradicional em arabe e "swas".

Maome e considerado pela Comunidade Muculmana como um exemplo a seguir. A devocao a sua pessoa tem sido expressa ao longo dos seculos e das mais variadas formas, como por exemplo atraves da escrita de poemas. Um dos poemas mais famosos, a "Burda" (ou "Poema do Manto") foi composto no Seculo XIII por Al-Busari. Embora nao exista registo de milagres feitos por Maome, alguns relatos populares nao deixam de lhe atribuir essa capacidade.

Em varios locais do Mundo Muculmano existem santuarios dedicados a um pelo da sua barba. No Palacio Topkapi, na Turquia, em Istambul, um relicario guarda aquilo que se acredita ter sido o seu manto, as suas espadas, bem como uma pegada que ficou registada numa superficie enlameada e alguns pelos da sua barba.

A maioria dos muculmanos celebra o Nascimento de Maome (Mawlid, Mawlid an-Nabi ou Milad al-Nabi), embora o Movimento Religioso ultraconservador Wahhabismo ou uaabismo (visto tanto como Movimento Religioso como por Seita Religiosa do islamismo sunita) e algumas outras ramificacoes menores consideram que essa celebracao e incorrecta pois se trata de uma renovacao religiosa proibida pelo Islao. Estes muculmanos sao igualmente contra a veneracao destas reliquias, por considerarem tratar-se de idolatria.

As representacoes visuais do Profeta podem eventualmente ser proibidas e serem consideradas como insultuosas. Geralmente os xiitas e os sufis aceitam mais a ideia da representacao, que de um modo geral o Islao rejeita, por ser, a semelhanca do Judaismo e Cristianismo Primitivo, uma Religiao da palavra e nao da imagem.

Recentemente, ilustracoes de Maome criticando o terrorismo que foram publicadas na Europa causaram por sua forma muita polemica, grande furor, furia e revolta do Mundo Islamico e protestos em todo o mundo. Como vinganca, o jornal iraniano Hamshahri fez uma competicao internacional de ilustracoes sobre o Holocausto.


Dados pessoais de Maome:

Nome: Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim.
Nascimento: Meca, Arabia (actual Arabia Saudita), cerca de 6 de Abril de 570.
Morte: Medina, Arabia (actual Arabia Saudita), 8 de Junho de 632 (62 anos).
Pai: Abdala ibn Abd al-Mutalib ou Abd Allah ibn Abd al-Muttalib.
Mae:Amina bint Wahab.
Ocupacao: Profeta do Islao.

Quando comecei esta cronica declarei que nao era minha intencao humilhar, ofender o Islao, os muculmanos ou o seu Profeta. Nao considero tratar-se de humilhacao ou ofensa seja a quem for mas quem me conhece sabe que digo o que tenho a dizer sem me calar e o que tenho a dizer tem de ser dito agora ou terei que me calar.

Acho curioso o facto de os muculmanos criticarem a Igreja Catolica pelos crimes de pedofilia praticados pelos padres quando eles proprios consideram ter o Profeta Maome como exemplo a seguir no entanto devo referir que ele com 50 anos casou com uma menina de 9 anos. Ja sei que muitos vao pensar que eu nao estou a ver bem as coisas e que nas leis eram e algumas ainda sao diferentes mas penso que e de fazer bem a comparacao porque vistas bem as coisas em qualquer caso envolve uma crianca e julgo tratar-se de "pedofilia" o que o Profeta Maome fez no entanto continua a ser apontado e dado como exemplo a seguir sendo assim os muculmanos parece que se nao apoiam a pedofilia pelo menos apoiam o casamento infantil de criancas de 9 anos de idade. Peco desculpa mas nao podia calar este raciocinio.

Cronologia da vida de Maome:

. 569 (c) - Morte do pai.
. 570 (c) - Possivel data de nascimento, 20 de Abril, Meca.
. 570 - Fracasso do ataque abissinio sobre Meca.
. 576 - Morte da Mae.
. 578 - Morte do avo paterno com quem o mesmo estava a viver apos a morte da mae.
. 583 (c) - Viagens a Siria.
. 595 (c) - Conhece e casa com Cadija.
. 610 - Inicio da revelacao do Alcorao em Meca.
. 610 (c) - Apresenta-se como Profeta em Meca.
. 614 (c) - Comeca a reunir seguidores em Meca.
. 615 (c) - Emigracao de muculmanos para a Abissinia (actual Etiopia).
. 616 - O Cla Banu Hashim inicia um boicote economico.
. 618 (c) - Guerra Civil Medinense em Medina.
. 619 - Termina o boicote economico imposto pelo Cla Banu Hashim.
. 620 (c) - Isra e Miraj.
. 622 (c) - Emigra para Medina (Hijra).
. 624 - Batalha de Badr os muculmanos derrotam Meca.
. 625 - Batalha de Uhud.
. 625 (c) - Expulsao da Tribo Banu Nadir.
. 626 - Ataque a Damat al-Jandal na Siria.
. 627 - Destruicao da Tribo Banu Qurayza.
. 627 - Dumat al-Jandal.
. 627 (c) - Subjuga a Tribo Bani Kalb.
. 628 - Batalha da Trincheira em Yathrib (actual Medina, Arabia Saudita).
. 628 - Tratado de Hudaybiyya, com a Tribo Quraysh.
. 628 (c) - Conquista o acesso ao Santuario da Kabba.
. 628 - Conquista do Oasis de Khaybar.
. 629 - Primeira peregrinacao anual a Meca.
. 629 - Ataque fracassado ao Imperio Bizantino na Batalha de Mu'tah.
. 630 - Maome entra em Meca e conquista a mesma pacificamente.
. 630 (c) - Batalha de Hunayn.
. 630 (c) - Cerco de al-Ta'if.
. 630 - Estabelece uma Teocracia em Meca.
. 631 (c) - Dominio sobre quase toda a Arabia.
. 632 (c) - Ataca o Imperio Gazenevida em Tabuk.
. 632 - Peregrinacao de despedida.
. 632 - Morte de Maome a 8 de Junho em Medina.

(c) - Significa "cerca" onde se calcula uma data devido a incertezas da data correcta.

Caro(a) leitor(a) fico feliz de ter realizado esta cronica, acabei por igualmente eu ter aprendido muito com a mesma tanto de Maome como do proprio Islao e Religiao Muculmana embora nao concorde com tudo que pesquisei e apresento aqui. No entanto sou sincero quando digo que esta se tornou uma das minhas cronicas de eleicao com um lugar de destaque no Top 10 de cronicas.

Maome e visto como um mensageiro de Ala e traz uma mensagem de amor e paz entao como e possivel que o mesmo mensageiro do amor e paz tenha tido uma participacao tao grande e liderado ate algumas guerras e batalhas, creio que esta na opniao pessoal de cada um avaliar isso e dar o valor devido a obra e mensagem do Profeta Maome o Profeta do Islao e de todos os grupos muculmanos, ate a proxima.

                                                                                                              Manuel Goncalves






















9 comentários:

  1. Muito completo o artigo. Fiquei a saber mais coisas. Na verdade, não sabemos muito sobre o Islão. Li há pouco um outro texto onde se diz: "A maioria dos muçulmanos pensa que a sharia é divina, mas na verdade é uma construção humana na História. É uma lei construída no século IX, quase 250 anos depois da morte do Profeta. O que é interessante é que até aí havia racionalismo na cultura muçulmana, não havia sharia, não havia hadiths [conjunto de ditos de Maomé], eles estavam a reuni-los nessa altura. E nesse período clássico inicial, a sociedade islâmica fervilhava de ideias, pensamento e aprendizagem. Quando a sharia foi formulada, os teólogos inventaram uma espécie de truque para aumentar a confiança nestas regras, sugerindo que a sharia era divina. Mas a maior parte da sharia vem dos ditos do Profeta, que são fabricados." (Ziauddin Sardar, reformista muçulmano). Um abraço ao autor :)

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    1. Caroline com a historia da Sharia deste-me uma boa ideia para uma cronica num futuro talvez ate breve (porem nao devera ser ja este ano)eu creio que nem todos os muculmanos sao radicais, problema e o Estado Islamico e a propia Jiadh portanto naoo falemos em racionalismo sao opcoes de escolha como o Ramdao em que no meu trabalho vi um grupo de muculmanos bastante liberais que nao fazia Ramadao ao contrarioo da maioria por nao concordar com o mesmo acto.

      Sim li um artigo no Jornal Publico do mesmo Ziauddin Sardar nem sei se estamos a falar do mesmo artigo e tema em que o mesmo afirma que o "Estado Islamicoo sempre existiu sendo que o mesmo e a Arabia Saudita". Em conversa no cafe houve alguem que discordou da ideia pela razao de Arabia Saudita lutar contra esse Movimento eu ate concord com Ziauddin Sardar.

      www.publico.pt/.../o-estado-islamico-sempre-existiu-e-a-arabia-saudita

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  2. Agora já há o Super_islam, que é mais melhor e a verdade

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    1. Desde que se saibam comportar e respeitar os outros nao sou contra a nada agora quando na Europa sao livres de fazerem o que querem, construir mesquitas, andar com Burca, etc e na terra deles e proibido ser-se cristao e ainda se e condenado a morte quando se tem e transporta uma Biblia e que ja nao comeco a gostar nada.

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  3. S.F.F., investigue sobre o Super_Islam

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  4. Vou tentar fazer-lhe a vontade anonimo das 02:08 de 3 de Janeiro de 2016. Alias ja andei a ver umas coisas num site islamico sobre o assunto que refere e o tema ate desperta algum interesse. Obrigado pela sugestao. :)

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  5. Já agora, qual?
    Obrigado

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  6. É desenvolverem ainda mais

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