Esta cronica serve para abrir o apetite ao que podera vir a ser o ano de 2018 aqui no blog. Comeco ja por avisar em primeira mao de que estou com vontade de no proximo ano abordar muitos temas relacionados com a Historia Universal, quem me conhece sabe que a minha paixao e area de grande aptidao e a Historia.
Dizia o meu Professor de Historia certa vez numa aula que dez anos era uma decada e que uma decada na vida do ser humano podia ser deveras importante mas uma decada na Historia de um pais, na historia de uma nacao ou imperio com aproximadamente um milenio ou ja com o mesmo completo, uma decada podia nao ter grande valor, nao significar nada ou significar muito pouco e pessoalmente nunca deixei de dar razao a esse meu Professor no entanto a Tomada da Bastilha em 14 de Julho de 1789 e um dos momentos mais importantes da Historia Francesa e um momento igualmente da Historia Universal sobretudo na Europa. Penso ainda mais do que me disse o meu Professor de Historia, uma decada pode nao significar nada para um pais pode nao ter grande importancia mas um so dia pode ser mais importante do que uma decada inteira.
Uma diferenca entre a Nobreza, Burguesia e Povo nunca deixou de ser evidente no estilo de vida em algumas nacoes sobretudo no que se da por entender em direitos de igualdade e por vezes chega ao ponto de se violar os direitos humanos e essa foi uma razao que levou a esta famosa revolta em Franca provocada por uma Taxa de Imposto muito injusto devido a uma enorme crise financeira durante o reinado do Rei Luis Augusto de Franca (1754-1793) mais conhecido como Luis XVI e que reinou em Franca e Navarra entre 1774 e 1792. Luis XVI foi tambem o ultimo Monarca da Casa de Bourbon em Franca.
A Tomada da Bastilha (em frances: Prise de la Bastille), tambem igualmente conhecida como Queda da Bastilha, foi um evento historico central da Revolucao Francesa (1789-1799), ocorrido em 14 de Julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisao, contivesse apenas sete prisioneiros na epoca, sua queda no entanto e tida como um dos simbolos daquela mesma revolucao, e tornou-se num icone da Republica Francesa. Na Franca, o catorze Juillet (14 de Julho) e um importante Feriado Nacional, conhecido formalmente como Festa da Federacao, conhecido tambem como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reaccoes em toda a Franca, assim como no resto da Europa, que se estendeu ate a distante Russia Imperial (1721-1917).
Durante o reinado de Luis XVI, a Franca passava por uma grande crise financeira, desencadeada e provocada pelo custo da intervencao do pais na Guerra Revolucionaria Americana (1775-1783) igualmente conhecida como Guerra de independencia dos Estados Unidos, Guerra Americana da Independencia, Guerra Revolucionaria Americana ou simplesmente Guerra Revolucionaria, e exacerbada por um sistema desigual de de taxa de impostos. Em 5 de Maio os Estados-Gerais de 1789 se reuniram para lidar com o problema, porem acabaram por vir a ser impedidos de agir por protocolos arcaicos, e pelo conservadorismo do Segundo Estado, ou seja dos representantes da Nobreza - que era 1,5% da populacao do pais na epoca. Em 17 de Junho o Terceiro Estado - que eram + / - 96% da populacao francesa, havendo no seu meio cortesoes, burgueses e camponeses, as suas funcoes era sustentar a Sociedade e o Estado - com seus representantes vindos da Classe Media, ou Burguesia, se reorganizou na forma de Assembleia Nacional, uma entidade cujo o proposito era a criacao de uma constituicao francesa. O Rei inicialmente opos-se a este acontecimento, porem acabou sendo obrigado a reconhecer a autoridade da mesma assembleia, que veio a ser chamada de Assembleia Nacional Constituinte (1789-1792).
A invasao da Bastilha e a consequente Declaracao dos Direitos do Homem e do Cidadao (1789) formaram o terceiro evento desta fase inicial da revolucao. A primeira, de facto, havia sido a revolta da Nobreza, ao se recusar a ajudar o Rei atraves do pagamento de impostos. A segunda havia sido a formacao da Assembleia Nacional e o Juramento do Jogo da Pela (1789).
A Classe Media havia formado a Guarda Nacional, osteando rosetas tricolores, em azul, branco e vermelho, que logo se tornariam o simbolo da revolucao.
Paris estava a beira da insurreicao e, nas palavras do Historiador, Escritor e Jornalista frances, Francois-Auguste-Marie Mignet (1796-1884) "intoxicada com a liberdade e entusiasmo", mostrando amplo apoio a assembleia. A imprensa publicava os debates realizados na Assembleia Nacional, e o debate politico acabou se espalhando para as pracas publicas e saloes da capital. O Palais Royal (Palacio Real) e seus jardins tornaram-se palco de uma reuniao interminavel; e a multidao ali reunida, enfurecida, decidiu arrombar a Prison de l'Abbaye (1522-1854) para soltar alguns presos que eram granadeiros (soldados especializado no lancamento degranadas) que teriam sido presos por se negarem a disparar contra o povo. A Assembleia Nacional encaminhou os guardas presos a clemencia do Rei, e apos retornarem a prisao, acabaram por receber o tao desejado perdao. As tropas, ate entao consideradas confiaveis pelo Rei, passaram entao a tender pela causa popular.
A grande prisao do Estado acabou por ser invadida porque um Jornalista e Advogado frances Lucie-Simplice-Camille-Benoist Desmoulins (1760-1794) que viria mais tarde a tornar-se um Revolucionario, ate entao desconhecido, fez um discurso em frente ao Palacio Real e pelas ruas dizendo que as tropas estavam prestes a desencadear uma repressao sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deveriam socorrer-se das armas para defender-se. A multidao, num primeiro momento, dirigiu-se aos invalidos, o antigo hospital onde concentravam um razoavel arsenal. Ali, apropriou-se de vinte e oito mil mosquetes e igualmente de alguns canhoes. Correu entao o boato de que a polvora se encontrava estocada num outro lugar, na Fortaleza da Bastilha. Marcharam entao para la. A massa revoltosa era composta por soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operarios, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesaos, o povo de Paris. A fortaleza, por sua vez, defendia-se apenas com 32 guardas suicos e 82 "invalidos" de guerra, possuindo 15 canhoes, dos quais somente 3 estavam em funcionamento.
Durante o conflito, Bernard Rene Jourdan (1740-1789) conhecido como Marques de Launay, Governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, acabando por disparar contra a multidao. Indignado, o povo que estava reunido na praca em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O numero de mortos e desconhecido porque foi incerto. Calcula-se no entanto que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
O todo poderoso Bernard Jourdan teve um fim verdadeiramente tragico. Foi decapitado e a sua cabeca espetada numa lanca e logo apos desfilaram com a mesma pelas ruas numa celebracao macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora da fortaleza sob o forte e comovido aplauso da multidao que se encontrava nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa em furia que ja tinha tomado o controlo da situacao incendiou e destruiu tudo o que via pela frente depois de ter entrado na Bastilha, localizada no Bairro Santo Antonio, um dos mais populares de Paris. O episodio, verdadeiramente espectacular, teve um efeito electrizante. Nao so em Franca mas ate onde a noticia conseguiu chegar teve um efeito imediato. Todos perceberam de imediato que alguma coisa de espectacular havia acontecido. Mesmo na longinqua Konigsberg (hoje Kaliningrado, na Prussia Oriental), atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos simbolos do Rei, fez com que o Filosofo Prussiano, Immanuel Kant (1724-1804), exultante com o mesmo facto e acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diario das 18 horas.
A Queda, ou, Tomada da Bastilha, no Dia 14 de Julho de 1789, ainda hoje e comemorado e considerado como o principal feriado e evento frances.
Dados Pessoais da Tomada da Bastilha:
. Data: 14 de Julho de 1789.
. Local: Bastilha, Paris, Franca.
. Desfecho: Bastilha tomada, inicio da revolucao popular.
. Combatentes:
. Governo frances.
. Milicia parisiense (antecessora da Guarda Nacional).
. Principais Lideres:
. Governo Frances:
. Bernard-Rene Jordan de Launay.
. Charles-Eugene de Lorraine (1751-1825).
. Milicia Parisiense:
. Pierre-Augustin Hulin (1758-1841).
. Lucie-Simplice-Camille-Benoist Desmoulins.
. George Jacques Danton (1759-1794).
. Forcas:
. Governo Frances:
. 114 soldados.
. 30 pecas de artilharia.
. Milicia Parisiense:
. 600 - 1000 revoltosos.
. 61 guardas franceses.
. 5 canhoes.
. Vitimas:
. Governo Frances:
. 1 (6 ou 8 mortos apos a rendicao).
. Milicia Parisiense:
. 98 mortos.
. 78 feridos.
Caro(a) leitor(a) mais uma cronica chega ao fim e esta e uma daquelas que me deixa sempre um prazer ainda maior quando se trata de Historia na area da Historia Universal. O prazer e ainda maior por saber que muitas vezes acabo por ajudando estudantes em seus trabalhos somente a Cronica do Gigante Adamastor de 27/12/2014 tiveram 12 partilhas e isso penso que nao aconteceu por mero acaso e nem e algo que me importe por se aproveitarem de um trabalho meu e tirarem do mesmo algum proveito. Podia ganhar dinheiro com este blog, nao sei o quanto mas podia acontecer se colocasse o modo de anuncios do AdSense e recusei a ideia, este blog nao foi criado para ganhar dinheiro mas sim dar-me o prazer de fazer o que mais gosto escrever e apresentar o trabalho ao publico.
A terminar tenho a dizer que faltam ainda alguns dias para o final do ano mas comeco ja a pensar no ano 2018 do blog e prometo algumas novidades, sobretudo trabalho e dedicacao o resto julgo que vem por si mesmo. Nao me despeco de voces com um abraco e um ate 2018 porque penso que ate o terminar de 2017 ainda irei fazer mais algumas publicacoes, ate la, abraco.
Manuel Goncalves
Sem comentários:
Enviar um comentário