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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

O Massacre dos Romanov

 

Em minha opniao se existe forma de exemplificar o dito popular de "Nascer num berco de ouro e acabar por cair" esta em tudo o que aconteceu com a Familia Imperial Russa, os Romanov, que governaram a Russia primeiro por Miguel I (1596-1645) desde 1613 ate a data da sua morte  em 1645 e terminando a mesma dinastia com Nicolau II (1868-1918) que governou entre 1894-1917. Durante este periodo passaram pelo poder na Russia 18 soberanosn sendo 15 czares e 3 czarinas. Muitos ficaram mesmo com o nome marcado na Historia Universal de forma exemplar como foi o caso de Pedro I, o Grande (1672-1725), Catarina II, a Grande (1729-1796).

Com as revolucoes de 1917 na Russia a primeira em Fevereiro de 1917 (em Marco de 1917, segundo o Calendario Ocidental) e a segunda em Outubro de 1917 (em Novembro de 1917, segundo o Calendario Ocidental podia estar-se mesmo assim jamais pensando-se num final tao tragico para os ultimos membros da Familia Romanov a estar no poder. Apesar da sua queda do poder, a prisao apos a ida para a Siberia e a permanencia na Fortaleza de Tobolsk (1855-1989), o exilio jamais se podia imaginar um fim tao sangrento para a Familia Imperial Russa.

O Czar, Nicolau II, a sua esposa a Czarina, Alexandra Feodorovna (1872-1918) acabariam por ser assassinados sendo fuzilados em 17 de Junho de 1918 e nenhum dos seus descendentes 4 raparigas e 1 rapaz tiveram melhor sorte sendo igualmente assassinados no mesmo momento. Olga Nikolaevna Romanova da Russia(1895-1918), Tatiana Nikolaevna Romanova da Russia (1897-1918), Maria Nikolaevna Romanova da Russia (1899-1918), Anastacia Nikolaevna Romanova da Russia (1901-1918) e nem o mais jovem e unica rapaz filho de Nicolau II e sua esposa Alexandra teve melhor sorte, tambem, Alexei Nikolaevna Romanova da Russia (1904-1918) acabou excutado com 13 anos, sobretudo por representar o maior perigo ja que sendo o unico rapaz filho de Nicolau II era ele que estava apontado para ser o sucessor do seu pai.


A Familia Imperial Russa dos Romanov ( Czar Nicolau II, sua Esposa a Czarina Alexandra e seus cinco filhos Olga, Tatiana, Maria, Anastacia e Alexei) e todos aqueles que escolheram acompanha-los no exilio - nomeadamente Ievgueni Sergueievitch Botkin (1865-1918) que era o Medico da corte, Anna Stepanovna Demidova (1878-1918) que era Dama de companhia da Czarina Alexandra, Aloise (Alexei) Yegorovich Trupp (1858-1918) que era Criado na Corte do Czar Nicolau II e Ivan Mikhailovich Kharitonov (1872-1918) que era o Cozinheiro da corte. - foram baleados em Ekaterinburg em 17 de Julho de 1918. O Czar e toda a sua familia foram mortos por tropas bolcheviques lideradas pelo Agente da Policia Secreta Bolchevique (Cheka), Iakov Mikhailovich Iourovski (1878-1938) sob as ordens do Soviete Regional do Ural.

Alguns historiadores atribuem a autoria da ordem para a execucao da Familia Romanov aquele que era o Governo de Moscovo na epoca, especificamente e particularmente a Iakov Mikhailovich Sverdlov (1885-1919) e a Vladimir IIyich Ulianov (1870-1924) mais conhecido pelo pseudonimo de Lenine, que tinhm o desejo de prevenir o resgate da familia imperial pela Legiao Checoslovaca (lutando com o Exercito Branco, igualmente conhecido como Movimento Branco contra os bolcheviques) no decurso da Guerra Civil Russa (1917-1923). Esta tese e apoiada por uma passagem do Diario do conhecido Escritor russo, Leon Trostski (1879-1940) e famoso intelectual da epoca. Uma investigacao bem mais recente liderada por Vladimir Solovyov concluiu que, apesar da abertura dos arquivos do Estado nos anos pos-sovieticos, nao foi encontrado nenhum documento escrito que indicasse que tivesse sido Lenine ou Sverdlov que tivessem dado as ordens para que a execucao fosse realizada; entretanto ha registos de que, as ordens para execucao foram dadas, ja depois do mesmo massacre que vitimou a Familia Imperial Russa e seus fieis acompanhantes ter ocorrido. Lenine seguia e controlava de perto os Romanov, mas igualmente garantia, no entanto, que o seu nome nao estava associado aos seus destinos em nenhum documento oficial.


Em 22 de Marco de 1917, Nicolau II, nao era mais apontado como um Monarca e era abordado com desprezo pelos sentinelas como "Nicolau Romanov", foi reunido com a familia no Palacio de Alexandre (1796) em Tsarskoye Selo (Palacio que era a antiga residencia dos Romanov. Nicolau II foi colocado sob prisao domiciliar junto com sua familia pelo Governo Provisorio Russo (1917-1917), cercados por guardas e confinados em seus quartos.

Em Agosto de 1917, o Governo Provisorio de Alexander Fyodorovich Kerensky (1881-1970) transferiu os Romanov para Tobolsk (1587), na Siberia, alegadamente para protege-los da ascendente onda de revolucao. Ai eles viviam na mansao do ex-Governador, em consideravel conforto. Apos os bolcheviques chegarem ao poder, em Outubro de 1917, as condicoes de sua prisao tornaram-se mais estritas, e a conversa e ideia de colocar Nicolau II em julgamento passou a ocorrer com mais frequencia. Nicolau II ficou proibido de vestir roupa com dragonas, e guardas sentinelas rabiscavam desenhos obscenos na cerca com o intuito de ofender suas filhas. Em 1 de Marco de 1918, a familia foi colocada no mesmo regime de racoes dos soldados, que tinha como significado partilhar com 10 devotados criados e desistindo de manteiga e cafe.

Como os bolcheviques acabaram por ganhar forca, o Governo em Abril decidiu mover Nicolau II, sua esposa Alexandra e sua filha Maria para a cidade de Ekaterinburg, sob o comando de Vasily Yakolev. O filho mais novo Alexei estava muito doente (sofria de Hemofilia que e uma doenca Hereditaria) para acompanhar os seus pais e a irma e permaneceu com as suas irmas Olga, Tatiana e Anastasia, nao deixando para tras e pela ultima vez Tobolsk ate Maio de 1918. A familia foi entao aprisionada com poucos vigilantes na Casa Ipatiev, em Ekaterinburg, que foi disfarcadamente designada com o nome de Casa da Proposta Especial.


Os Romanov estavam sendo mantidos pelo Exercito Vermelho de Trabalhadores e Camponeses (1918-1946)frequentemente  mais conhecido pela abreviatura de Exercito Vermelho, em Ekaterinburg, desde do momento em que os bolcheviques os queriam submeter a julgamento. Como a Guerra Civil continuava e o Exercito Branco (que era cada vez mais uma fraca alianca de forcas anticomunistas) estavam ameacando capturar a cidade, os bolcheviques temeram que os Romanov pudessem cair em maos brancas. Isso seria inaceitavel para os bolcheviques por duas razoes: primeiro, porque o Czar ou qualquer um dos membros de sua familia poderiam representar um farol para conseguir apoio para a causa Branca; segundo, porque o Czar ou qualquer um dos membros da sua familia, estivesse vivo, poderiam ser considerados os legitimos governantes da Russia pelas outras nacoes europeias. Isso teria como significado a possibilidade de vir a negociar uma intervencao estrangeira a favor do Exercito Branco. Logo apos a familia ser executada, a cidade caiu para o Exercito Branco.

Ja em Meados de Julho de 1918, as forcas da Legiao Checoslovaca estavam a chegar a Ekaterinburg, com a intencao de proteger a Linha dos Caminhos Ferroviarios Transiberiana (1891), da qual eles ja tinham o dominio. De acordo com o Historiador David Bullock, os bolcheviques acreditavam que os checoslovacos estavam ali em uma missao para resgatar a familia, entraram em panico e por isso apressaram a execucao dos seus prisioneiros. As legioes chegaram menos de uma semana depois e em 25 de Julho capturaram a cidade.

Durante o aprisionamento da familia imperial, no final de Junho, Pyotr Voykov dirigiu cartas em frances para a Casa Ipatiev, afirmando ser um Oficial monarquista que procurava resgata-la, composto a mando do Tcheka (1917). Essas mesmas cartas, juntamente com as respostas dos Romanov para elas (escritas em espacos brancos ou em envelopes), acabariam por vir a ser usadas pelo Governo de Lenine como forma de justificar o assassinato da Familia Imperial Russa.


Pela Meia-Noite do Dia 17 de Julho de 1918 Iakov Iourovski, Comandante da Casa da Proposta Especial, ordenou ao Medico dos Romanov, Dr. Ievgueni Botkin, que acordasse a familia e pedisse que se vestissem, sob o pretexto de que a familia seria transferida para um local seguro, devido ao crescente caos em Ekaterinburg. Os Romanov foram entao levados para uma sala na cave com 6 M x 5 M (20 FT x 16 FT). Nicolau II pediu a Iourovski que trouxesse duas cadeiras, para que o Czarevich Alexei e Alexandra se pudessem sentar.

Os prisioneiros foram entao avisados para esperar na cave, ate que o camiao que os transportaria para outro lugar chegasse. Poucos minutos depois, um esquadrao de execucao da Policia Secreta chegou e Iourovski leu em voz alta a ordem de condenacao a morte redigida pelo Comite Executivo do Ural:

"Nikolai Alexandrovich, uma vez que seus familiares e aliados continuam o seu ataque a Russia Sovietica, o Comite Executivo do Ural decidiu que fosse executado".

Nicolau II parece ter ficado indredulo, encarando a sua familia, virou-se e somente foi capaz de dizer: "O que?, o que?" Iourivski rapidamente repetiu a ordem que estava sentenciada e as armas foram apontadas aos seus alvos humanos. A Czarina e a Gra-Duquesa Olga, de acordo com a lembranca de um Guarda, tentaram fazer o Sinal da Cruz, mas foram surpreendidas pelo tiroteio. Iourivski apontou a sua arma ao Peito do antigo Czar e disparou varios tiros; Nicolau caiu morto. O seguinte a ser atingido mortalmente tambem por Iourivski foi o membro mais novo da familia, Alexei. Os outros executores comecaram a disparar repetidamente ate todas as vitimas terem caido. Muitos tiros foram disparados, tendo sido abertas as portas da cave para dispersar o fumo provocado pelos disparos. Algumas das vitimas embora atingidas por varios disparos nao tiveram morte de imediato, levando que, Pyotr Ermakov as esfaqueasse com a sua baioneta, evitando, assim, que novos tiros pudessem vir a ser ouvidos do lado de fora. As ultimas gra-duquesas a morrer foram Tatiana, Anastasia e Maria, que carregavam alguns (mais de 1,3 Quilogramas) diamantes costurados na sua roupa interior, os quais acabaram por vir a dar alguma proteccao de defesa aos impactos das primeiros tiros com que foram atingidas. Entretanto, foram atingidas pelas baionetas. Olga tinha um ferimento de bala na cabeca. Maria e Anastasia ter-se-iam agachado contra a parede, cobrindo as suas cabecas aterrorizadas, ate serem por fim atingidas e derrubadas. Iourisvski matou Tatiana e Alexei. Tatiana morreu apos ter sido atingida com uma bala na parte de tras da sua cabeca. Alexei foi mais uma vez atingido com duas balas na cabeca, atras da orelha, apos os executores se terem apercebido de que ele nao havia morrido no primeiro tiro que recebeu apos terem assassinado Nicolau II. Anna Demidova, fiel empregada e companheira de Alexandra ate naquele momento, sobreviveu igualmente ao ataque inicial, mas foi rapidamente esfaqueada pelas costas ate a morte, contra a parede, enquanto tentava defender-se em vao e sem qualquer tipo de sucesso com um pequeno travesseiro que ela havia trazido consigo, preenchido com joias.


Os corpos dos Romanov e dos seus empregados que os tinham acompanhado ate ao ultimo momento foram transportados para uma mina na Floresta Koptyaki. Foram despojados de suas roupas e valores, empilhados e queimados, enquanto Iourisvski fazia um inventario das joias. Os corpos foram colocados numa vala rasa e regados com acido sulfurico. Por fim, Iourisvski tentou, ainda que sem sucesso, provocar o colapso do tecto da mina com umas granadas de mao. Nao tendo conseguido, mandou que os homens que o acompanhavam naquela missao cobrissem os corpos com terra e ramos de arvores. Os executores voltaram a mina no dia seguinte, retiraram os corpos e os levaram para serem sepultados em outro local. pois a mina entretanto foi considerada pouco profunda. Porem durante a viagem para as profundas minas de cobre a Oeste de Ekaterinburg em 19 Julho, o camiao FIAT que transportava os corpos das vitimas do massacre ficou atolado num buraco e por sua vez imobilizado na estrada, perto de Porosenkov Log ("Prado do Porco"). Iourivski decidiu entao pela a opccao de fazer o enterro, ali, perto da estrada onde o camiao tinha ficado imobilizado. Os homens deitaram entao depois os corpos para uma vala que continha apenas 60 Cm de profundidade, nao sem antes serem novamente mergulhados em acido sulfurico, suas faces esmagadas com coronhadas de rifles e finalmente cobertos com cal virgem.

Com o objectivo de confundir quem viesse a descobrir os nove corpos numa das valas, Iourivski decidiu entao sepultar o Czarevich Alexei e uma das irmas, Maria ou Anastasia, em um outro local afastado, cerca de, 15 metros do primeiro. Alexei e a sua irma foram depois parcialmente queimados, batidos em fragmentos com pas e deitados por fim numa vala mais pequena onde acabaram por serem enterrados.

Ivan Plotnikov, Professor Universitario de Historia na Universidade Estatal Ural  em Marksim Gorky estabeleceu que os agressores foram: Iakov Mikhailovich Iourivski, G. P. Nikulin, M. A Medvedev (Kudrin), Pyotr Ermakov, S. P. Vaganov, A. G Kabanov, P. S Medvedev, V. N. Netrebin, e Y. M. Tselms, Filipp Goloshchyokin, um associado proximo de Yakov Sverdlov, sendo um comissario militar do Uralispolkom em Ekaterinburg, entretanto nao chegou a participar, e dois ou tres guardas acabaram por se recusar a tomar parte. A Petr Volkov foi confiada a tarefa de providenciar o descarte dos restos mortais das vitimas, tendo obtido para isso 150 galoes de gasolina e tambem 400 libras de acido sulfurico, o ultimo das farmacias de Ekaterinburg. Apos os assassinatos, Volkov teria declarado que "O mundo nunca ira saber o que nos fizemos com eles".


Ja na manha seguinte, quando rumores se espalharam em Ekaterinburg acerca e sobre o local do descarte, Iourivski removeu os corpos e os escondeu em outros lugares. Quando o veiculo que carregava os corpos se avariou no caminho para o proximo local escolhido, Iourivski fez novos arranjos, e enterrou a maioria dos corpos cobertos por acido sulfurico em um poco selado escondido com escombros, coberto com travessas/chulipas e por fim com terra na Estrada Koptyaki, um caminho de faixa (subsequentemente abandonado) que ficava a 12milhas (19 quilometros) a Norte de Ekaterinburg.

Um anuncio oficial apareceu na imprensa nacional, dois dias depois, reportando que o monarca havia sido executado por ordem do Uralispolkom, sob a pressao resultante da aproximacao dos checoslovacos. Embora as narracoes oficiais sovieticas colocassem a responsabilidade pela decisao da execucao no Uralispolkom em seu diario Vladimir Lenin escreveu:

"Minha proxima visita para Moscovo teve lugar apos a queda de Ekaterinburg. Falando com Sverdlov, perguntei de passagem, "Oh sim e onde esta o Czar?" "Esta tudo acabado," ele respondeu. "Ele foi baleado." "E onde esta a sua familia?" "A familia tambem." "Todos eles?" Eu perguntei, aparentemente com um toque de surpresa. "Todos eles" respondeu Vakov Sverdlov. "E quanto a isso?" Ele estava esperando para ver minha reaccao. Eu nao respondi. "E quem tomou a decisao?" Eu perguntei. "Nos decidimos isso aqui. IIych [Lenin] achou que nao deveriamos deixar os Brancos uma viva faixa para reunir em torno, especialmente sob as dificeis circunstancias presentes".

Entretanto, a partir de 2011 nao houve nenhuma evidencia conclusiva de que Lenin, ou Sverdlov tivesse sido um deles ou ambos a dar a ordem de executar a familia imperial russa e os fieis servos que escolheram segui-los para o exilio e os acompanharam na morte. V. N. Solovyov, o Lider da investigacao de 1993 do Comite Investigativo da Russia sobre o Massacre da Familia Romanov, concluiu que nao ha documento confiavel que indique que fora Lenin ou Sverdlov separados ou em conjunto tivessem sido os mandantes e responsaveis do massacre. Ele declarou:

"De acordo para a presuncao de inocencia, ninguem pode ser mantido criminalmente passivel sem culpa comprovada. No caso criminal, uma pesquisa sem precedentes para fontes de arquivo, tomando todos os materiais disponiveis em consideracao, foi conduzida por peritos autorizados, tais como Sergey Mironenko, o Director do maior arquivo no pais, o Arquivo do Estado da Federacao Russa. O estudo envolveu os principais peritos no assunto - historiadores e arquivistas. E posso confiavelmente dizer que nao ha documento confiavel que prove que a iniciativa foi de lenin e Sverdlov".

- V. N. Solovyov


O registo escrito de tomar a cadeia de comando e a responsabilidade final pelo destino dos Romanov de volta para Lenin, nunca foi feito ou foi cuidadosamente escondido. Lenin agiu com extremo cuidado, seu metodo favorito era de facto emitir instrucoes em telegramas codificados, insistindo que o original e mesmo a fita do telegrafo em que a mensagem havia sido enviada fossem cuidadosamente destruidas. Documentos descobertos em Arquivo No. 2 (Lenin), Arquivo No. 86 (Sverdlov) assim como os arquivos do Conselho do Comissariado do Povo e do Comite Executivo Central de Toda a Russia revelaram de que "meninos de recados" de um anfitriao do partido eram regularmente designados para transmitir suas instrucoes, sendo insistindo que nenhuma evidencia escrita fosse guardada. Os 55 volumes de Obras Colectadas de Lenin foram escrupulosamente censurados. A tarefa da Historiografia Sovietica era para proteger a reputacao de Lenin a todo e qualquer custo e assim assegurar que nenhum descredito fosse trazido para ele. Assim, a responsabilidade pela liquidacao dos Romanov foi para a Ural Regional Soviete e Tcheka de Ekaterinburg.

Em 1993, foi publicado o Relatorio de Yakov Yurovsky de 1922. De acordo com o relatorio, unidades da Legiao Checoslovaca estavam se aproximando de Ekaterinburg. Em 17 de Julho de 1918, Yakov e outros carcereiros bolcheviques, temendo que a legiao fosse libertar Nicolau II apos conquistar a cidade, decidiram executa-lo a ele e a sua familia. No dia seguinte, Yakov partiu para Moscovo com um relatorio para Sverdlov. Logo depois que os checoslovacos tomaram Ekaterinburg e o apartamento de Yakov foi assaltado.

Ao longo dos tempos, muitas pessoas afirmaram serem sobreviventes da ultima Familia Imperial Russa. Em Maio de 1979, os restos da maioria da familia e seus retentores foram encontrados por amadores entusiastas, que mantiveram a descoberta em segredo ate o colapso do Comunismo. Em Julho de 1991, os corpos de cinco membros da familia (o Czar, a Czarina e tres de suas filhas) foram exumados. Apos identificacao por DNA, os corpos foram depois sepultados com honras de Estado na Capela Sta Catarina da Catedral de Sao Pedro e Sao Paulo (1733) em Sao Petersburgo, onde jazia a maioria de outros monarcas russos desde Pedro, o Grande. O entao Presidente russo Boris Nicolaievitch Ieltsin (1931-2007) e sua esposa, Naina Ieltsin estiveram presentes no funeral juntamente com  tambem destaque notavel para os parentes Romanov, incluindo o Principe Miguel Jorge Carlos Franklin (1942) membro tambem da Familia Real Britanica mais conhecido como Michael of Kent. Os dois corpos remanescentes do Czarevich Alexei e de uma das suas irmas foram finalmente descobertos em 2007.

Por fim em 15 de Agosto de 2000, a propria Igreja Ortodoxa Russa anunciou a canonizacao da familia Romanvo por sua "humildade, paciencia e imensidao". Entretanto, refletindo o intenso debate que precedeu a questao, os bispos nao proclamaram os Romanovs como martires, mas como Portadores de Paixao. Em 01 de Outubro de 2008, o Supremo Tribunal da Federacao Russa tambem conhecida como Suprema Corte da Russia declarou que Nicolau II e a sua familia haviam sido vitimas de repressao politica e finalmente os reabilitou.

Em 26 de Agosto de 2010, uma corte russa nomeou um grupo de promotores para reabrir uma investigacao sobre a morte do Czar Nicolau II e sua familia, embora os bolcheviques suspeitos de alvejarem a familia Romanov tivessem ja morrido muito antes, embora nao se pudesse fazer justica seria uma forma de trazer de uma vez por todas a verdade ao de cima. A principal unidade investigativa do Promotor Geral da Russia disse que ja tinha formalmente encerrado uma investigacao criminal sobre o assassinato de Nicolau II, sua esposa e filhos porque muito tempo ja se havia passado desde que os crimes de assassinato haviam sido cometido e os responsaveis tambem ja morrido. Entretanto a Corte de Basmanny de Moscovo ordenou a reabertura do caso, dizendo que a suprema corte culpou o Estado pelos assassinatos, fazendo a morte dos personagens reais serem consideradas irrelevantes, de acordo com um Advogado dos parentes do Czar e as agencias locais de noticias.

                    
Quase a terminar esta cronica tenho a dizer que se ha algo que me da prazer e escrever estes trabalhos e traze-los a publico. O simples facto de o fazer enche-me de orgulho pelo facto de trazer conhecimento ao publico, nao apenas meus leitores, mas publico em geral. O trabalho de pesquisa tambem acaba por ser benefico para mim, pelo simples facto de que tambem eu procurando trazer conhecimento ao publico, indorma-lo, muitas vezes tambem eu fico a aprender muita coisa.

As vezes tenho pena de nao me terem deixado estudar mais, nao me terem dado oportunidade. Ja aqui confessei muitas vezes que a minha grande paixao no ensino foi a Historia e creio que teria dado um bom Historiador.

Caro (a) leitor (a) eis que e tempo de fazer as despedidas habituais e fazer votos de um encontro para breve, ate la como sempre, esperem e aguardem por novidades, brevemente.

                                                                                                       Manuel Goncalves







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