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sábado, 13 de julho de 2024

A Vizinha e a Filha

 

Norberto estava na meia idade, era um homem a chegar-se perto dos 50 anos mas bastante atraente e bem sucedido na vida e nos negocios, lamentava apenas nunca ter conseguido encontrar um verdadeiro amor.

Estava longe de ser rico mas o seu trabalho era gerir a fortuna de muitos e dai tirar os seus lucros como Corrector da Bolsa. Nao era uma profissao facil e de facto muito exigente mas Carlos Norberto era um homem que fazia questao de mostrar que estava dentro da lei, nunca tendo anteriormente o mais pequeno problema profissional. Gerir negocios daqueles nao coisa mesmo facil porque havia o risco de accoes hoje estarem muito altas e num pequeno colapso estarem ao preco da banana, o que podia levar um cliente a perder uma fortuna.

Ia finalmente habitar a sua nova casa, uma pequena moradia num bairro social de Cascais como sempre sonhara vir a ter e que acabara por ser o presente de um cliente pelo bom negocio que Noberto lhe fizera e que todos lhe haviam aconselhado para nao o fazer mas que acabara por render um lucro de milhoes a compra daquele terreno que acabou por ter de vender porque o Estado entendera que era o melhor local para a construcao do novo aeroporto. Assim Norberto ganhara como presente alem da ja habitual comissao de 20% aquela casa rustica, naquele bairro social.

Comprara o carro que era um modelo Top Gama das melhores marcas com o dinheiro daquela comissao e estava agora mudando de vida.

Carlos Norberto era um Economista que preferira dedicar-se aos assuntos da bolsa e gestao de fortunas e nao estava arrependido de o ter feito. Ajudara muitos empresarios a aumentar o seu patrimonio financeiro e isso tambem o ajudara a ganhar nao apenas um bom nome no mercado de valores, na bolsa mas igualmente a fortalecer as suas contas bancarias pessoais.

O predio onde se encontrava a sua nova casa era antigo e rustico mas de assoalhadas grandes, um bom T5 com vista para o mar de um lado e com vista para a serra do outro. Era apenas res-de-chao e mais dois andares com duas casas por andar o que significava que os vizinhos eram poucos e que facilmente se iriam criar lacos de amizade entre alguns.

Aquele homem de aparencia requintada e educada embora nao fosse de muitas conversas ainda nao tinha tido oportunidade de criar lacos de intimidade ou ate de amizade com os vizinhos mais proximos que por sinal eram duas vizinhas, a mae que como ele estava no meio da idade e a filha que aparentava ser um jovem adolescente que deixara a infancia recentemente.

Acontecera por acaso naquela manha em que a vizinha do lado se apercebera quando ia levar a filha para a escola de que o pneu do seu carro estava vazio. Carlos procurara ser prestavel e oferecera-se para levar a jovem a escola e ainda voltar e trocar o pneu do carro da vizinha que sabia agora chamar-se Ivone e que era mae de Leonor.

A partir daquele dia nada voltara a ser igual ou simplesmente tudo comecera a ser diferente em relacao aqueles vizinhos que ate entao mal se haviam falado. Consideraram que as coisas ate entao tinham sido assim nao por falta de interesse, educacao, fora-o simplesmente por falta de oportunidade.

Carlos embora fosse um optimo Cozinheiro por falta de tempo e de cansaco ate entao tinha jantado a maioria das noites na tasca da esquina la do bairro e concluia que embora nao fosse ma de todo em alguns pontos deixava um pouco a desejar, a comida nao era ma de todo, as doses eram bem servidas mas nada pagava ou compensava pela ma clientela que acabava por estragar o ambiente da casa e a antipatia dos funcionario que terminavam por fazer a casa ir perdendo o bom nome que sempre tivera ate ter mudado de gerencia.

Depois de ocasionalmente ter falado sobre essa situacao com Ivone fora convidado para comecar a Jantar em casa da vizinha e no final do mes acertavam contas. Carlos nao gostava muitos dessas misturas e envolvimentos mas nao achou mal algum em aceitar a situacao.

Ivone era uma mulher atraente, batalhadora que ficara viuva ainda muito jovem e que ganhava a vida com uma pequena loja de roupa nun conhecido centro comercial que a mesma confecionava. Era uma optima Costureira e Estilista mas deixara seu coracao morrer, fechar para o amor vivendo unica e exclusivamente para a filha e para manter o seu negocio mas a coisa estava mesmo mal, o negocio estava praticamente parado agora com aquela historia do Covid.

Carlos nunca tivera pensamentos desses, desejara algumas mulheres como e obvio mas nao daquela maneira, o interesse dele estava em Ivone mas igualmente em Leonor, a filha de Ivone, a filha da sua vizinha era essa que ele desejava possuir e ate quem sabe ter uma relacao no futuro ja que sabia que a mesma era menor.

O Gestor de Negocio tinha se aproximado da mae com ideia de conquistar a filha. Nao se via como um pedofilo e aquilo nunca lhe acontecera, nunca sentira nada semelhante por nenhuma crianca. Leonor na verdade ja nao era nenhuma crianca, tinha acabado de fazer quinze anos e por isso era menor, perante a lei era praticamente ainda uma crianca e seria crime se ele mantivesse uma relacao amorosa com a mesma, e sobretudo se tivesse alguma coisa com a mesmo de teor sexual.

Podia parecer que aquela aproximacao de Carlos para Ivone fosse porque ele tinha interesse na mesma e no entender do mesmo embora a mae nao se fosse de deitar fora o interesse do mesmo era mesmo pela filha e aproximara-se da mae criando lacos de amizade na esperanca de conquistar o amor e o coracao da filha quando isso ja fosse legalmente possivel e estivesse dentro da lei.

Naquele fim-de-semana Ivone parecia preocupada, parecia querer falar algo serio com Carlos mas ao mesmo tempo parecia que lhe faltava coragem. Ao mesmo tempo nos ultimos dias parecia fazer questao de deixar Carlos e Leonor os dois sozinhos sempre que possivel.

Ivone comprara produtos de beleza novos para a filha, fizera-lhe roupas novas um pouco provocantes e constantemente parecia segredar alguma coisa com a filha. Teria ela se apercebido de alguma coisa e entrado no jogo dele? 

Sentaram se a mesa ia finalmente saber da boca de Ivone o que realmente se estava a passaro , o que lhe fizera mudar tanto a sua personalidade, a sua maneira de ser tao alegre, extrovertida e lutadora para alguem que agora andava triste, em silencio e parecia ter desistido de tudo e de todos, ate mesmo saquele que ate ao momento parecia ser o seu maior tessouro, Leonor.

Ivone confessou-lhe que estava doente, tinha um tumor cerebral e tinha que ser operada. A operacao para alem de ser muito arriscada, de haver muitas hipoteses de ela nao sobreviver a mesma, era muito cara Ivone nao tinha condicoes de custear a mesma. Tinha um Glioblastoma era preciso ser operada e que antes de mais desse inicio aos tratamentos de radioterapia. Ivone chorava por tudo o que estava a acontecer iria perder o seu amado cabelo, iria sofrer muito com tudo, iria inclusive correr o risco de morrer, mais importante iria perder Leonor, o que seria daquela menina sem ela? O que seria de Leonor ja que elas praticamente nao tinham familia e a que tinham estavam no Brasil a muitos anos.

Carlos ofereceu-se para pagar os tratamentos e a operacao, Ivone nao concordou porque era muito caro e ela nao tinha condicoes de lhe pagar de volta. Ivone pediu-lhe apenas que caso ela morresse ele ficasse com Leonor, tomasse conta da sua menina. Carlos aceitou ficar com Leonor caso ela viesse a falecer iriam comecar a tratar das coisas para que isso acontecesse caso ela nao sobrevivesse, sim Leonor iria ficar com ele. 

O tempo era pouco e tudo era crucial para uma tentativia de salvarr Ivone. O Medico avisara-lhe que se ela nao fosse rapidamente operada nao haveria hipotese de sobrevivencia alguma e que a mesma alem de ser cara agora so podia ser realizada num hospital de Londres, o unico local no mundo onde a sua cirugia podia ser realizada. Era uma derradeira luta contra o tumor e igualmente contra o tempo.

Ivone aceitou finalmente que Carlos viesse a custear os tratamentos e a operacao que seria a unica forma de a mesma se salvar porem colocava uma condicao. Nem que isso lhe custasse a vida, nem que ficasse sem ser operada, nao aceitava de forma alguma que isso viesse a acontecer sem que Carlos recebesse de alguma forma uma compensacao por isso, mesmo que depois ela lhe fosse pagando como pudesse os milhares de euros que Carlos iria agora avancar para comecarem com o tratamento e com a operacao.

Carlos ficou sem entender onde Ivone queria chegar, de que compensacao estava ela a falar, como quereria ela recompensa-lo? Era algo que ele nao estava mesmo a entender.

Ivone entao esclareceu tudo. Estava cansada de se aperceber do interesse dele em Leonor, da forma como ele a observava. Nunca fizera nada contra isso porque era seu desejo ver os dois, ele e Leonor, se aproximarem, era fundamental se lhe acontecesse alguma coisa, se ela morresse que os dois estivessem proximos e intimos, depois que fizessem o que bem entendessem. Ela confessou que consentiu tudo aquilo ate ao momento de descobrir a sua doenca e o diagonostico porque tinha a certeza de que ele jamais iria fazer mal a Leonor, jamais iria fazer algo que a menina nao quisesse. Ivone ja falara com Leonor, ela aceitara e a proposta para aceitar a ajuda de Carlos era recompensa-lo oferecendo-lhe a virgindade de Leonor.

Carlos nao esperava ouvir aquilo mas Ivone lembrara-lhe de novo que Leonor estava concordando com tudo porque tambem se sentia atraida e interessada nele, sabia que de outra forma era bem possivel que o mesmo viesse a acontecer. Ivone desabafara e revelara-lhe que preferia ate que fosse assim. Era preferivel igualmente que a menina viesse a perder a virgindade com ele que era um grande homem, um bom homem do que com outro qualquer que lhe iria tirar o estatuto de menina e fazer dela mulher e depois mais tarde a deixasse da mao.

Carlos concordou com a situacao. Para la de ser a unica forma de Ivone aceitar a sua ajuda era agora a unica forma aceitavel, embora que ainda ilegal de estar com Leonor da forma que convinhamos a muito ele tinha vontade de estar. Quando olhava para a menina fazia tempo que tinha vontade de estar com ela, de a amar, de a possuir.

Mesmo assim ele impusera uma condicao tambem. Aquilo nao podia ser feito sem que houvesse tambem uma compensacao igualmente apenas para Leonor e nada seria feito sem que Leonor viesse a aceitar. O Gestor exigia igualmente que o momento entre ele e Leonor fosse envolvido pelo maximo de romantismo. Seria dificil irem viajar os dois para um lugar romantico, ela era menor nao podia viajar assim de qualquer maneira para longe com um homem que nao lhe era nada.

Ficara combinado que ele iria oferecer uma prenda que Leonor escolhesse e que iriam sair para Jantar os dois, de seguida Carlos a levaria para sua casa e seria ali que as coisas seriam consumadas para evitar nao so problemas maiores mas tambem para avancarem com as coisas o mais rapidamente possivel.

Carlos foi para casa tinha alguns trabalhos a fazer para alguns clientes. Nos ultimos tempos para estar proximo de Ivone e tambem perto de Leonar optara por trabalhar mais em casa e so ia ao escritorio quando nao fosse possivel falar com os clientes por video chamada. Tudo aquilo que estava a acontecer mexia muito com ele proprio, ia finalmente ter o que mais desejara nos ultimos tempos, possuir Leonor e ainda para mais tirar-lhe a virgindade.

O Gestor nos ultimos dias desde que se comecara a falar no assunto achara curuioso. Para alem de tudo, Leonor era virgem, algo que ja nao estava muito em uso algumas vezes numa rapariga da sua idade. Quantos casos tinha ouvido falar de meninas de doze, treze anos que ja tinham perdido a virgindade, a inocencia e que ja eram mulheres. Os seus pensamentos foram interrompidos por lhe estarem a tocar a campainha da porta, era Leonor.

Leonar a razao do seu viver nos ultimos tempos estava ali em casa dele para conversarem antes das coisas acontecerem, sabendo o que iria acontecer em breve foi se desinibindo e beijou com um leve beijo nos labios ao chegar, ele pedira a Ivone para que Leonor fosse falar com ele quando chegasse do Liceu, havia para cumprir a parte da condicao que ele mesmo exigira, teria de compensar Leonor de alguma forma, oferecer-lhe o que ela lhe pedisse, antes de avancarem para um jantar e passarem entao a noite juntos consumando o facto.

A jovem tinha idade para ser filha dele, mas nao era. Era uma jovem bonita que lhe despertara interesse e por quem se apaixonara desde que a conhecera. Ele nao queria estar com Leonor porque a mesma era bonita, era virgem ou por mero capricho, ele queria estar com ela porque se apaixonara por ela, gostava dela e nao queria estar com ela apenas por uma noite. Queria estar com ela quem sabe para o resto da vida.

Leonor estava nervosa. Sabia o que ia acontecer e aceitara tudo desde o inicio. Tinha muita confianca com Carlos, gostava dele mesmo assim estava nervosa, nunca estivera num momento intimo com um homem. Carlos optou por tentar acalma-la seguindo a tactica de mudar de assunto e perguntou-lhe qual o presente queria ela ganhar.

Ela respondera-lhe que o presente que mais queria era ter a mae saudavel ao seu lado novamente sendo igualmente a pessoa sorridente e alegre que sempre fora mas ja que tinha que ser assim entao que assim fosse. Disse-lhe que o que mais gostava de ganhar no momento era algo que a mae nao lhe quisera oferecer por varias vezes, ela nao precisava de nada, mas a unica coisa que gostava de ter e ainda nao tinha porque a mae receava comprar-lhe com medo que lhe viesse a acontecer alguma coisa era uma Scooter mas isso era tambem muito caro e Carlos ja ia ter uma despesa enorme suportando os tratamentos e operacao da mae, nao lhe podia pedir uma coisa dessas, era como se tivesse a aproveitar-se dele ou da propria situacao.

Carlos sorrira e contara-lhe que quando tinha a idade dela o sonho dele tambem era ter uma mota assim como ela agora queria. Contou-lhe igualmente que a familia dele nao era rica e o Pai nao tinha condicoes de lhe oferecer tal presente mas aceitou que ele nas ferias fosse trabalhar para ter uma uma. Carlos fora servir as mesas de uma cafe de dia e a noite ainda ia ajudar numa padaria para ter a sua Scooter, ele trabalhara muito para a conseguir mas ela nao iria passar por isso, foram ver as melhores lojas de motas de Lisboa na internet e partiram depois em busca de irem comprar o que Leonor mais queria no momento.

Nao podiam dar nas vistas publicamente embora quando estavam sos ja trocavam beijos de namorados mas publicamente tinham que agir como se fosse um Pai que saira com a filha para lhe comprar um presente ou para irem Jantar. Leonor achava-o uma criatura maravilhosa, sentia que o amava e dava gracas a Deus por o ter colocado em sua vida num certo momento.

Carlos compra-lhe a mota a sua tao desejada Scooter e deram por eles passeando no Centro Comercial Vasco da Gama onde acabaram por Jantar num restaurante de rodizio de peixe. Carlos tinha-lhe ainda comprado um vestido carissimo e entrara numa ourivesaria de onde Leonor nao saiu com um estojo que continha um colar e uma pulseira. Por fim antes de irem Jantar levou-a ainda a um salao de beleza de onde Leonor saiu parecendo uma Princesa.

Por fim Leonor foi ate casa enquanto Carlos foi para a sua. Leonor quis ir colocar as joias que Carlos lhe comprara e o vestido ia usar tudo naquela noite quando fosse ao seu encontro e se fosse entregar a ele, ao amor da sua vida, ao homem a quem havia cabido a honra de a desflorar.

Carlos sabia perfeitamente tambem o que se ia seguir foi tomar mais um banho, era o terceiro que tomava naquele dia. Escolhera uma das suas melhores gravatas e perfumou-se com o seu perfume mais caro. Naquele momento era preciso tudo estar perfeito, entendia que nao podia poupar nas despesas e fora tambem buscar uma garrafa de Champagne ainda estava a tempo de a por no balde com gelo a refrescar e sacou da sua Armand de Brignac: Brut Rose uma garrafa que fora oferta de um produtor de champagnes frances por agradecimento de umas accoes que Carlos lhe conseguira comprar por meia duzia de tostoes e que haviam sido vendidas algumas por um valor vinte vezes superior ao custo da compra, cada garrafa daquelas eram dezenas de milhares de euros, era preciso saber degusta-lo. A campainha tocara, Leonor chegara.

Ainda no era Leonor, era Ivone. A mesma fora-lhe pedir que fosse meigo, carinhoso e tivesse cuidado com a menina. No fundo era ja uma mulher, uma pequena mulher e nao passava ainda de uma menina. A vizinha revelara-lhe que so aceitara tudo aquilo derivado a situacao de necessidade e por saber que Carlos podia ser um homem bem sucedido, de posses financeiras mas era tambem um bom homem.

Ivone pedira-lhe mais uma vez que se alguma coisa corresse mal com ela que ele tomasse conta de Leonor por enquanto como se fosse sua filha e quando chegasse a altura de legalmente ela poder fazer o que quisesse que eles decidissem o caminho que queriam seguir.

Carlos acalmou-a e prometeu-lhe, jurou-lhe depois que se acontecesse alguma coisa com ela Leonor ficaria muito bem entregue. Em relacao a ela, havia a esperanca de que tudo iria correr bem, a operacao em Londres ja estava marcada, em uma questao de dias tudo comecaria a ficar resolvido. De novo a campainha, agora sim Leonor chegara. Era agora a hora, o momento da verdade.

Depois de Ivone se despedir de Carlos com um abraco amigavel e ter beijado a filha desejando-lhe, boa sorte, o ambiente tornou completamente romantico. 

Carlos colocara um Cd com musica romantica de Roberto Carlos a tocar e sentaram-se no sofa depois de ele lhe ter entregue um enorme ramo de rosas vermelhas e foram conversando enquanto ele terminava de fumar o seu charuto. 

Comecaram a trocar algumas caricias, os beijos na boca, no pescoco, uma mao maliciosa que tocara nos seios de Leonor ainda antes de lhe comecar a desabotoar os botoes do vestido, Leonor suspirou, parecia estar em transe, nunca sentira aquela sensacao, tambem ainda nunca ninguem lhe tocara nos seios.

Quando deu por si Carlos ainda estava com os boxers mas ela estava completamente nua e se entregando as caricias daquele homem que acabara por lhe pegar ao colo e leva-la para o seu quarto, era ali, na sua cama que tudo teria de acontecer.

Tudo estava a ser bom sobretudo quando ele depois de lhe ter penetrada insistia em lhe beijar os mamilos. Era uma sensacao louca de prazer que a fizera esquecer que o inicio da penetracao fora doloroso mas que a dor rapidamente dera inicio ao prazer, aquela sensacao louca que lhe dava vontade de gritar, gemer de prazer, no fim Carlos explicara-lhe que isso era normal, ela acabara por ter um orgasmo.

Ficaram ainda a conversa abracados antes de irem dormir. Carlos gostava de sentir os seios dela encostados no seu peito. Conversavam sobre o futuro enquanto bebiam o champagne que Carlos lhe servira numas tacas de cristal.

Leonor estava envolvida no ambiente de romantismo, sempre entregue e trocando caricias com Carlos mas ao mesmo tempo conversando sobre os planos que fazia para o futuro. Queria seguir Direito, ambicionava ser Advogada e ter uma carreira de sucesso como Carlos tinha na sua area. Carlos confessara-lhe que depois de tudo aquilo so queria casar com ela logo que possivel. Leonor sorrira depois de tudo o que acontecera, era o que ela mais queria ouvir.

O telemovel de Leonor tocara, era o numero de Ivone. Leonor atendera mas a mae nao falava. Aquilo so podia parecer uma chamada de emergencia, sabiam bem que tudo era possivel, ate mesmo o pior que pudessem pensar.

Leonor e Carlos vestiram-se a correr e foram para casa de Ivone onde a mesma se encontrava caida na cama, inanimada. Chamaram os bombeiros para a levar para o hospital mas nao havia nada a fazer o obito fora dado ali mesmo nao local.

Ivone nao resistira, perdera a sua luta e batalha desigual contra o tumor que tinha no cerebro. Leonor nao conseguia suportar a dor, nao culpava Carlos mas lamentava nao ter estado nos ultimos minutos de vida perto da Mae.

Carlos tratara de tudo desde o funeral e as despesas do mesmo como tambem para que a custodia e tutela de Leonor lhe fosse entregue por ser essa a vontade da Mae da mesma, a sua falecida vizinha e amiga Ivone que ele nunca pudera tratar e chamar de sogra mas era obvio que era isso que iria acabar por acontecer.

O Gestor queria agir com justica e entao todo o dinheiro que iria custar a operacao de Ivone em Londres transferiu para a conta de Leonor. A mesma nao aceitara isso e acabara por doar o dinheiro a instituicoes de criancas abandonadas e de animais.

Continuaram uma vida normal mas nos ultimos dias Leonor andava estranha e diferente. Publicamente agiam como Pai e filha adoptiva, era assim que tinha de ser ate a mesma se tornar maior mas em casa agiam como um casal e ninguem desconfiava do que estava a acontecer.

A bomba estourou, Leonor tinha de lhe contar, nao lhe podia esconder mais, estava gravida, ia ter um filho ou filha de Carlos. Eles nao haviam tido cuidado, nao haviam feito nada para evitar aquela gravidez que era um escandalo mas que ao mesmo tempo era desejada. 

Carlos temia problemas judiciais mas tinha que encontrar uma solucao. Em alguns paises o casamento com 16 anos era permitido com autorizacao dos pais, naquele caso, os pais ja tinham morrido e Ivone deixara um documento escrito e reconhecido que Leonor seria entregue a ele por seu desejo ate cumprir a maior idade, o que fazia dele a pessoa que desempenhava o papel de pai e que portanto a podia autorizar a casar com 16 anos. Quando a crianca nascesse ela teria ja essa idade, podia casar embora ainda fosse melhor.

Embarcaram para o Brasil onde o casamento seria possivel e voltariam logo depois de casados e de Leonor ter a crianca, ja sabiam que iria ser uma menina.

Tudo correra sem problemas e escandalos no Brasil. Mas passado um ano ja com Leonor com 16 anos casaram e a bebe nascera, porem era tempo de voltar a Portugal e legalizar a situacao. Leonor tambem nao podia, ou pelo menos nao queria perder mais um ano escolar.

Chegaram a Portugal depois de se acomodarem na casa de Carlos e desfazerem as malas, depois de tratarem de tudo, era altura de ir apresentar, mostrar a Ivone "neta" a Ivone "avo" foram ate ao cemiterio por momentos.

Carlos e Leonor sentiam que eram um casal feliz por se amarem e gostarem muito um do outro somente lamentavam que a alegria e felicidade nao pudesse ser compartilhada com Ivone a Mae de Leonor, havia sempre, haveria onde quer que fosse ate nas historias de amor mais bonitas um pequeno episodio de tristeza, tinham de aprender a viver com isso e haviam no conseguido.

                                                                                                      Manuel Goncalves












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