quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
A Escrava do Sexo
Ao contrario de outras que ali estavam ela nao falava, nao falava nao porque fosse muda ou timida mas porque nao falava portugues. Siriporn era tailandesa e era uma das atraccoes daquela casa de massagens que escondia como tantas outras uma Casa de Alterne ou de sexo.
Tinha sido iludida a deixar a sua aldeia perto da cidade de Krabi na costa do Oeste tailandes com esperancas e promessas de uma vida melhor, digna e honesta ao vir trabalhar para a Europa. Siriporn sentiu-se feliz com a oferta e embora nunca tivesse ouvido falar de Portugal nem pensou em recusar a oferta. O dinheiro falava mais alto que qualquer medo qualquer receio iria ganhar mais Baths numa semana que o seu pai em tres meses nas plantacoes de arroz e de chas. Iria ser util a familia ninguem teria que lhe arranjar um noivo e pagar o seu dote e ainda iria ajudar os pais a mae estava doente o pai estava velho e os irmaos tinham a sua vida estavam separados desde que eles tinham ido para a cidade grande a procura de uma vida melhor. Sentia tambem que nao havia perigo porque nao iria sozinha.
O trabalho seria num restaurante tailandes em Lisboa mesmo a ter que pagar alojamento era um ordenado muito bom e iria dar para viver bem em Portugal e mandar dinheiro para a familia. Sentia que gostava ja da capital portuguesa embora sentisse que nao seria facil adaptar-se devido ao clima caloroso Krabi e arredores tinham seis meses de chuva e a lingua tambem nao seria tarefa facil no entanto sentia-se fortalecida e segura por quem estar a tratar da sua documentacao e de tudo o resto ser um Diplomata tailandes que estava em Portugal e que vinha passar ferias naquele lugar onde tinha tambem as suas raizes. A ida para Lisba era mais que uma oportunidade, era uma oferta ou davida divina.
A partida do aerporto na capintal tailandesa onde a jovem Siriporn nunca havia estado havia corrido com toda a normalidade e a chegada a Lisboa assim dava a parecer Siriporn era demasiado ingenua e inocente para estranhar a razao pela qual a mulher que a acompanhara de uma ponta do mundo ate ali no aeroporto em Lisboa ter-lhe logo pedido o passaporte assim que ela passara a alfandega.
Siriporn sentia-se cansada da viagem e ja no carro agradeceu como pode terem-lhe trazido comida, estava cansada muito cansada mas tambem sentia fome. A jovem comecara a estranhar certas coisas. Afinal onde estava o Senhor Kamon o Diplomata que lhe arranjara o trabalho, tratara da documentacao e pagara as despesas viagem? Onde estava tambem a Senhora Kulap e porque razao as jovens colegas de viagem tinham seguido viagem em carros diferentes e em outras direccoes?
Nao pensara em mais nada, caira no sono, nao imaginava sequer que nem era pela causa do cansaco mas porque a comida estava preparada com algo que a fizera dormir, Siriporn tinha sido drogada. A unica coisa que se recordara antes de adormecer foi que nao acreditava, nao queria acreditar que todos a tinham abandonado.
O quarto estava escuro apenas conseguia ver um pouco de claridade que lhe dava a certeza que apesar de escuro ainda nao tinha anoitecido. Sentira que perdera a nocao do tempo, nao sabia quanto tempo tinha estado adormecida mas calculou que tinha sido bastante, doia-lhe a cabeca, era algo que acontecia sempre que dormia demasiado. Tentava por as ideias em dia porque estava ali?. Porque estava presa, amarrada com uma corda e amordacada?, Porque a tinham prendido?, Porque estava quase nua e quem a tinha despido? E por fim mais uma vez mas nao menos importante, onde estavam todos os outros que a tinham acompanhado ate Lisboa.
Siriporn nao tinha resposta para todas aquelas perguntas nunca se tinha visto em tal situacao com tantas questoes e sem respostas. Nao teve que esperar muito tempo para que todo aquele silencio fosse quebrado, sentiu passos, teve medo mas tambem a certeza de quem ai vinha trazia resposta para todas as sias perguntas.
Eram dois homens que falavam algo que ela nao entendia e entretanto haviam chamado uma mulher que a levou para uma outra sala onde estavam outras raparigas que lhe cumprimentaram com um olhar e sorriso onde permaneceu pouco tempo pelos tracos de fisionomia algumas dessas raparigas eram asiaticas, entretanto a mulher que a tinha ido buscar levou para uma sala a parte onde falou com ela, era a unica que conseguia falar com ela, pois falava a sua lingua.
A mulher explicou a Siriporn que ela havia caido numa rede de trafico humano, nao existia emprego em restaurante nenhum em Portugal, o Diplomata que a trouxera da Tailandia para Lisboa nao passava tambem de um dos angeriadores dessa mesma rede, Siriporn devia agora a eles muito dinheiro e so lhe entregariam o passaporte apos ela pagar esse dinheiro. Como poderia ela paga-lo perguntou ela? Sem trabalho, num local desconhecido, sem conhecer ninguem? A mulher explicou-lhe que havia trabalho sim mas nao era o que ela pensara, iria para uma casa onde estavam mais raparigas e onde iam homens importantes e com dinheiro o trabalho dela seria estar com eles, fazer o que eles queriam, entrete-los e ir para a cama com eles. Iria receber dinheiro por isso e era com esse dinheiro que ela iria sobreviver e pagar a divida de 20 mil euros aquela rede de trafico humano e de prostituicao.
Siriporn nao queria acreditar no seu destino, nao tinha coragem de confessar algo aquela mulher e nao queria fazer aquilo, queria telefonar ou escrever a familia e a mulher diz-lhe que isso nao seria possivel. A jovem disse que se recusava a fazer o que lhe pediam e foi ai que a mulher deixou de falar com a mesma calma e mandou entrar aqueles dois homens que a tinham ido buscar. Levaram-na de novo para o mesmo lugar, era o mais escondido da casa e agrediram-na fisicamente quase ate a mesma desmaiar, nunca havia apanhado tanto, alias a mae nunca lhe batera e o pai raramente o fizera.
A jovem chorava, implorava para que nao lhe fizessem mal e ao mesmo tempo rezava para Deus a levar daquela vida, preferia morrer a tornar-se Prostituta mesmo que isso lhe trouxesse muito dinheiro. No dia seguinte foi a mesma historia e mais uma vez recusou a comecar a fazer aquilo que ja exigiam que ela fizesse e mais uma vez apanhou a valer. Estava ferida, coberta de hematomas e com o corpo completamente dorido de tantos murros e pontapes que apanhara, dai para frente passaram a usar o metodo da tortura e enquanto ela nao aceitasse fazer o que lhe era exigido nao iria sair do quarto, apenas para ir a casa de banho, nao lhe tirariam a corda a qual estava presa e amarrada e nao lhe dariam alimentacao. A ideia dos proxenetas era so uma, era tudo ou nada ou ela aceitava ou morria a fome, ao final de quatro dias sem comer, aceitou.
Foi entao tratada e alimentada a mulher que falava com ela era uma ex-mulher de um tailandes que vivera muitos anos na Tailandia e aprendera a lingua tratou de Siriporn, disse-lhe que gostava dela mas que leis eram leis e nao podia fugir ao cumprimento das mesmas garantiu-lhe que nada de mal lhe aconteceria se ela dai para a frente cumprisse as ordens que lhe davam. Siriporn chorou e finalmente contou-lhe o seu segredo e o motivo de tao grande recusa da sua parte, era virgem.
Uma virgem pensou o Proprietario da casa onde estava a jovem quando soube do facto viu que pela beleza da mesma isso poderia podia valer-lhe uma fortuna, estava decidido a virgindade de Siriporn iria ser leiloada. Ordenou que fossem tiradas varias fotos da mesma e colocou as mesmas na internet avisando o pessoal daquela verdadeira comunidade de que tinha carne fresca.
Andre Bastos chegara a Portugal ele era Engenheiro Civil e construira uma pequena empresa de criacao de projectos depois apresentava os mesmos em concursos e geria os mesmos. Habitualmente trabalhava no estrangeiro sobretudo depois de se dedicar mais as obras onde era considerado um dos melhores ou seja em pontes e em barragens. Chegara agora da Tailandia onde estivera sete meses a liderar uma obra que consistia numa ponte no Rio Noi e agora so queria ocupar o tempo com algumas das poucas obras que tinha em Portugal.
O E-mail nao lhe passou despercebido e as fotos da jovem atrairam-no durante aqueles sete meses a ausencia de sexo notava-se e ele nao resistiu a fazer um lance no leilao que ja ia em mais de 10 mil euros e terminaria dentro de dois dias, foi deitar-se e adormeceu.
Estava sentado a mesa a tomar o Pequeno-Almoco castigo ou sina de um homem solteirao prestes a chegar aos quarenta anos. Estava de volta da pratada de ovos mexidos que ia comendo acompanhados por torradas e sumo de laranja quando a rapariga do leilao lhe viera novamente ao pensamento, tinha de vencer o leilao, talvez por aquela comunidade nao ser muito extensa porque todo o cuidado era pouco e o mesmo nao estar exposto a nivel internacional nao fosse complicado ganha-lo apenas expendioso, sorriu e voltou a internet a pagina do mesmo ainda ninguem superara a sua oferta.
Conhecia casos semelhantes e sabia que a rapariga certamente nao aceitara tudo aquilo e tinha sido coagida a faze-lo. Ouvia-se falar em tanta coisa em trafico humano, escravidao sexual, etc. Estaria ele disposto a apoiar tal para satisfazer apenas um prazer seu? Que tipo, de pessoa era ele?
Siriporn chorara quando soube o destino que a esperava nao aguentaria tanta humilhacao. Que mal teria feito ela a Deus? Nao, aquilo nao iria acontecer iria suicidar-se antes do leilao estava mentalizada de que seria ou tudo ou nada, alem do mais que vida era aquela! Siriporn tentou cortar os pulsos e depois ainda pensou em fugir, mas para onde? Ela nao sabia onde estava, onde deveria ir? Sobretudo nao sabia falar e explicar o que estava a acontecer.
Andre tinha uma reuniao com os tipos de uma das maiores construtoras portuguesas que o queriam para liderar uma obra bem ao seu estilo uma auto-estrada, com um tunel e uma ponte pelo meio. Sabiam que ninguem melhor que ele em Portugal para gerir o comando de uma obra do genero mas era preciso verem o seu projecto e o mesmo teria que ser aprovado pela administracao da construtora, por representantes do Estado e do Ministerio das Obras Publicas alem dos tipos do Ministerio do Ambiente. A reuniao era algo importante e ele sabia-o no entanto nao pode deixar de consultar o site onde estava fixado o anuncio do leilao da virgindade da tailandesa. O seu lance fora superado em alguns euros e faltavam apenas algumas horas para tudo terminar, fez novo lance e teve a sensacao de que a brincadeira lhe comecava a sair cara, era uma questao de honra ja ganhar aquele leilao.
Siriporn ia-se mentalizando daquilo que lhe reservava o destino e o futuro, era melhor fazer o que queriam, o que exigiam e ordenavam e sobreviver naquela angustia. Esperar uma oportunidade e fazer uma fuga segura quando isso lhe fosse possivel. A jovem pensava na mae em casa a cozinhar em dias de festas, a casa era pobre mas alegria era imensa e a mesa estava cheia. O que importava era que todos ficassem com a barriga cheia. Lembrava o pai a chegar das plantacoes de arroz e cha e a pai a preparar-lhe a bacia de agua quente para ele fazer a sua higiene pessoal, depois jantavam e ficavam a ouvir radio numa das divisoes da casa na aldeia so havia televisao na loja e no cafe local. Lembrava as mulheres no mercado a dar a lingua a falarem daquilo que acontecera e nao acontecera, os sorrisos e olhares que os rapazes lhe lancavam quando ela se cruzava com eles, era a sua maior fortuna e trocara tudo pela esperanca de uma vida melhor e agora era aquilo, aquilo que acontecia e a mesma nao fazia a minima ideia de onde a levaria. Tinha que ser submissa isso iria garantir-lhe a sobrevivencia e a sua seguranca, nao ia apanhar mais.
Chegara a casa e correu para o Pc abrira o site o leilao terminara e ele era o vencedor aquela vitoria custara-lhe 15 mil euros. Lera atenciosamente como contactar as pessoas que estavam por detras de tudo aquilo e ficou a saber que os dados do local so lhe seriam fornecidos apos o pagamento dos 15 mil euros nao havia ca contas bancarias ou transferencias o dinheiro deveria ser deixado num envelope em cache no tal local e hora que lhe era exigido, assim seria pensou Andre, 15 mil euros isso aproximadamente ganhara ele por semana durante o tempo que esteve na Tailandia porem alguem iria ganhar essa quantia para ele passar uma so noite com aquela rapariga do leilao e para ser o primeiro homem a ir para a cama com a mesma, sim acreditava que a rapariga dificilmente visse algum desse dinheiro certamente seria para quem estava como cabeca daquela rede ao qual a rapariga estava aprisonada.
A mulher fora ao quarto de Siriporn naquela manha e disse-lhe que ambas iam sair, iriam comprar roupas e produtos de beleza para a mesma porque ela tinha que estar bonita para alguem muito brevemente. Siriporn perguntou-lhe se o leilao ja tinha terminado a resposta fora afirmativa mas quando a jovem perguntou qual era o valor da sua virgindade a resposta fora de que isso nao era da sua conta.
A rua estava movimentada e ate podia tentar fugir mas isso seria um erro, fugir para onde? Falar com quem? Pensou a jovem. Nao sabia se iria ter uma nova oportunidade como aquela mas era melhor nao arriscar e ja que tinha de ser assim queria ver se ganhava algum dinheiro com tudo aquilo. Siriporn ficara maravilhada com as lojas de roupas e gostou do cheiro do perfume que a mulher lhe mostrara, pela primeira vez ficou a saber que a mulher se chamava Alda. Entraram numa loja e Siriporn escolheu um vestido preto para usar no tal momento, uns sapatos e um perfume Alda sorriu e disse-lhe que de outra forma a jovem iria ter de atender muitos clientes para pagar tudo aquilo mas que assim lhe iria bastar cumprir com o exigido do leilao, entregar a sua virgindade ao vencedor do mesmo.
Andre estava no bar que lhe mandaram estar pontualmente a hora marcada. Teria que esperar chegar um sujeito vestido de forma desportiva com uma t-shirt de uma certa Banda de Rock que nao lhe esclareceram qual seria, oculos escuros e que traria um fio de ouro grosso ao pescoco e que traria um jornal diario, debaixo do braco.
Nao foi dificil encontrar a pessoa desejada a mesma chegara pouco depois e a troca de olhares serviu de comunicacao. Andre retirou o envelope com o dinheiro do bolso do casaco e seguiu para a casa de banho como lhe havia sido ordenado o homem iria segui-lo pouco depois e o que se seguiria seria uma entrega do dinheiro e Andre abandonaria o recinto, logo apos o homem iria confirmar a quantia e depois seria o mesmo a entregar um envelope com os detalhes de contacto directo para que o mesmo pudesse escolher a data e o local se assim o desejasse podia ate mesmo ser na casa onde estava a rapariga de contrario era informado que teria de deixar uma caucao para garantir que levaria novamentea rapariga ao destino de onde a levara.
Andre era um homem reservado demais para fazer uma coisa daquelas numa casa onde todos saberiam o que estava a acontecer e planeou as coisas de outra maneira. Iria simular um Jantar romantico com a rapariga e a ida para o hotel no dia seguinte levaria a mesma a morada onde a fora buscar.
Siriporn recebera ordens para se vestir com o vestido que comprara com Alda dias antes, que se arranjasse da melhor maneira possivel o Chefe da rede mandou que Alda fosse com ela a um Salao de Beleza e lhe dessem um tratamento VIP do melhor que houvesse era muito dinheiro que estava em jogo.
Bruno Moreira da Silva era o nome desse todo poderoso Dono de muitos bares nocturnos e Lider dos negocios da noite em varias cidades de Portugal. A sua vida nao se resumia so a negocios ilicitos e obscuros e o mesmo ate estava a pensar em deixa-los para viver uma vida normal e mais digna ou honesta. Nao era um mau e so muito raramente mandava punir uma rapariga, sabia que aquele tipo de negocios era ilegal mas tambem sabia que o mesmo originava dinheiro de forma facil e rapida, ele adorava ganhar dinheiro assim mas estava prestes a abandonar tudo. Sentia que fazia a infelicidade dos outros com aqueles negocios e tinha que tomar conta da seguranca dos seus tambem, era marido, chefe de familia e pai de filhos estava na altura de se dedicar so aos seus negocios no ramo da Construcao Civil.
Andre chegara a morada que lhe haviam dado era um local isolado perdido entre quintas que ficavam na zona turistica de Sintra era uma vivenda isolada como convinha naqueles casos, entretanto lembrara-se que ja ali tinha estado fazia ja muitos anos numa despedida de solteiro de um amigo. Saiu do carro, tocou na campainha do portao e nao tardou a responderem-lhe do outro lado, nao disse ao que vinha apenas divulgou a Contra-Senha que lhe haviam dado num E-mail e o portao monumental foi completamente aberto de forma automatica.
Bruno Silva quis vir felicitar o cliente que vencera o leilao de desflorar Siriporn no entanto rapidamente se arrependeu de o ter feito, o sujeito era o Engenheiro Civil com quem ele tinha estado reunido uns dias antes juntamente com os tipos do Ministerio das Obras Publicas e do Ministerio do Ambiente. Nao se sabia dizer qual dos dois ficara mais constrangido, nao fingiram desconhecer-se mas tentaram esconder um pouco o mal estar que o facto de terem sido apanhados de surpresa causara. Andre queria apenas pegar na rapariga e sair dali o mais rapido possivel mas Bruno era um homem decidido e frontal pediu-lhe por tudo para que nao contasse a ninguem o que ali se passara e quem ele ali encontrara. Andre sorriu e apenas lhe pediu tambem segredo acerca do mesmo frequentar aquele lugar, ambos os homens selaram aquele acordo de gentlemen com um aperto de mao e Bruno nem aceitara o dinheiro da caucao para ter a certeza de que Andre viria ali devolver a rapariga.
Andre tentou manter o sangue frio mas assim que viu Siriporn os seus olhos ficaram caidos, seu pensamento nao se conseguia desviar de outra coisa senao a de quando chegasse a hora de levar a jovem asiatica para o quarto do hotel.
O dialogo entre os dois parecia que seria aparentemente uma tarefa impossivel mas nao o fora Andre aprendera a falar razoavelmente a falar tailandes durante os meses que passara na Tailandia a ultima vez que la estivera nao tinha sido a unica estivera la em outras duas ocasioes e aprendera o que inicialmente lhe parecia impossivel, aquele idioma. Siriporn dificilmente teria pouco mais de 20 anos de idade e ele reconhecia que nunca encontrara nem nas melhores casas de alterne da capital tailandesa, nem nos melhores saloes de massagens uma rapariga tao bela como Siriporn.
A jovem mantivera-se calada em silencio Andre via que a aproximacao nao estava facil e ja no carro quando a olhava ela apenas lhe sorria no entanto tudo mudara quando Siriporn descobriu que o mesmo falava tailandes razoavelmente. Era a primeira pessoa com quem ela poderia falar sem contar com Alda, sentiu que seria arriscado mas decidiu desabafar, abrir-se com ele.
Siriporn falou-lhe da sua vida e de tudo o que se passara, falou-lhe daquilo que lhe tinham feito e como a tinham iludido, nao lhe pediu ajuda e nem auxilio sabia que ele estava com os outros era igual a eles afinal fora ele que pagara para ser o primeiro homem da sua vida.
Andre nao deixara de mostrar algum interesse na sua historia e comecou por tentar anima-la mudando um pouco o roteiro daquilo que tinha planeado para aquela noite e levara Siriporn em vez de um restaurante no Bairro Alto conhecido pelas noites com fados levou-a um restaurante tailandes em pleno Parque das Nacoes junto do Rio Tejo.
A jovem adorara a surpresa e agradeceu a simpatia e amabilidade de Andre, olhou-o pela primeira vez com outros olhos. Viu o mesmo com outro interesse, achou-o charmoso, simpatico e pensou que mal por mal ate poderia ter sido pior, se era com ele que teria de se tornar mulher assim seria.
A conversa estava agradavel e mais uma vez Andre resolvera alterar as coisas sentiu que estava melhor com Siriporn em sua casa do que no quarto de hotel e seguiu para casa depois de terem saido do restaurante. Na chegada a casa Andre pediu a Siriporn que se sentisse a vontade que se pussesse a vontade como se estivesse em sua casa, Siriporn sorriu novamente mas estremeceu quando Andre se aproximou mais um pouco de si depois pediu-lhe desculpa ele tinha esse direito, pagara e muito para isso.
Andre sentiu que nao podia fazer aquilo que lixasse o orgulho de ser o primeiro, a honra de homem e tudo mais ate mesmo o dinheiro que gastara em tudo aquilo. Siriporn tremia cada vez que ele abria a boca o tempo passava e ele nao se decidia a leva-la para o quarto. Ele olhou-a e disse-lhe que mudara de ideias ela temeu que ele fosse reclamar e lhe fizessem mal mas ele prometeu-lhe que nada de mal lhe aconteceria.
Siriporn nao queria acreditar no que estava a ouvir e ja que tinha de se entregar a alguem que fosse ele o primeiro sentiu que isso nao era justo e sabia que depois lhe arranjariam outros clientes se nao fosse ele seria outro qualquer, tinha que ser ele, ela queria que fosse ele.
O Engenheiro recusou a ideia pegou nela e levou-a de volta a casa onde a fora buscar e onde a teria de levar no maximo ate na manha seguinte, sentiu que queria aquela rapariga mas em outras condicoes com ela livre e por sua vontade propria, era uma rapariga como aquela pela qual ele tinha esperado e era uma rapariga como ela que ele queria para si mas nao por um momento mas sim para toda a vida, Siriporn nao acreditava no que estava a ouvir, as lagrimas corriam-lhe pelo rosto como podia um homem ser tao docil, meigo, charmoso e dizer coisas tao bonitas.
Chegaram a casa e Andre mandou chamar Bruno. Andre foi direito ao assunto e perguntou-lhe quanto custaria a liberdade da rapariga o outro era homem de negocios e sabia quais eram as oportunidades de fazer um bom negocio, tirar o maximo de lucro possivel mas com a ligacao que tinha a Andre em relacao ao projecto da obra sentiu que tinha de abrir algumas excepcoes ele ja tinha pago bastante para desflorar a rapariga e precisava dele para ganhar o concurso daquela obra Bruno disse-lhe que a mesma seria livre se o projecto fosse aprovado. Os dois olharam-se de novo e mais uma vez apertaram as maos como gentlemen que eram. Andre exigiu apenas que ninguem, nenhum homem tocasse em Siriporn.
Amanhecera e desde do episodio daquela noite com Siriporn que Andre mantinha contacto com a mesma, ia ve-la, gostava de a levar a passear, a jantar e a mesma agia quase como se estivesse livre eram as ordens de Bruno para Alda que deixasse Siriporn sair sempre com o Doutor Andre sempre que ele desejasse e as suas ordens eram para ser cumpridas.
Aquele era um dia especial Andre ficava sempre nervoso no dia em que era divulgado o vencedor dos concursos das obras em que o mesmo estava envolvido mas aquele era um concurso diferente, queria vence-lo nao apenas pelo dinheiro que iria ganhar mas porque sabia que isso poderia custar a sua felicidade, a felicidade de Siriporn, ia a correr para a Camara Municipal a qual o concurso pertencia para saber o resultado quando o telemovel tocara, era Bruno. A rapariga estava solta Bruno dera-lhe os parabens e avisara-o de que ele cumprira a sua parte mas que nao podia impedir Siriporn de regressar a Tailandia se ela assim o entendesse.
Andre ficara a sua espera mas a mesma nao aparecera, sentiu que tinha perdido a mesma voltara a sentir-se um homem so. Tinha vontade de ir a Tailandia implorar pelo seu amor mas sabia que ninguem podia obrigar ninguem a gostar de outra pessoa.
Siriporn percorria as ruas de Lisboa como melhor o podia fazer, era agora novamente livre, tinha algum dinheiro e podia regressar a casa e por um termo aquele pesadelo que vivera. Estava no aeroporto e continuava indecisa por um lado podia voltar para casa, para junto da sua familia que ja contactara e todos ficaram felizes por verem que ela estava bem. Por outro lado Andre estava ali e se ela estava livre a si o devia.
Andre serviu-se de um calice de Vinho do Porto ja se mentalizara que a mesma escolhera regressar para junto dos seus e ate a compreendia por isso. A campainha tocara devia ser o homem do restaurante a trazer-lhe a comida que o mesmo encomendara e quase se esquecera, nao, nao era, era Siriporn.
Abracaram-se como loucos ela agradecia-lhe, pedia-lhe desculpa ele sorria e dizia que nao havia nada para agradecer para desculpar que tudo era aceitavel. Ela olhou-o e simplesmente lhe disse que agora era livre, livre para o amar e ser amada. Sorriram ambos e Siriporn fez questao de lhe entregar o premio de vencedor do leilao de uma vez por todas, jantaram, adormeceram abracados, havia muito para viver e ambos sabiam que igualmente haveria muitas noites para estarem juntos como aquela. Andre sentiu que tinha valido o tempo que esperara para ter uma mulher como Siriporn consigo. Era com ela que queria fazer uma vida, construir uma familia e ter os seus filhos, simpesmente amava-a.
Manuel Goncalves
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