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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Florbela Espanca (1894-1930) "A Diva"



Volto a um tipo de cronicas de que gosto em particular por escrever acerca da area que muitos sabem e a minha grande paixao, Historia. Uma paixao antiga e que me valeu alguns louvores na escola.

Uma Biografia nunca e facil de escrever sobretudo quando a pessoa de quem se faz a Biografia entre outras demostra o que e o caso ter falecido cedo demais (36 anos) e ter uma vida complexa onde talvez nunca se encontrado a si propria ou a paz de que tanto precisamos mas que ao mesmo tempo por alguma sorte mas sobretudo muito talento soube transportar tudo isso para a sua poesia. Nao sei se e possivel afirmar isto por estar dentro ou nao da realidade mas creio que a Poetisa era uma pessoa depressiva e nervosa talvez ate alterada por sofrer de alguma doenca de nervos ou ate de foro neurologico que a levaram a tentar suicidio por duas vezes e alcancando o exito a terceira, justamente no dia do seu aniversario. Pelo que se sabe da sua vida, acho que, pode ter sido tudo, menos, uma pessoa feliz.


Florbela d'Alma da Conceicao Espanca (Vila Vicosa, 8 de Dezembro de 1894 - Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930) mais conhecida como Florbela Espanca e certamente uma das melhores poetisas de lingua portuguesa senao mesmo a melhor nao querendo desfazer a qualidade e poesia de alguma grande Poetisa brasileira e talento.


Florbela Espanca, baptizada como Flor Bela Lobo  e que optou por se autonomear Florbela d'Alma da Conceicao Espanca, foi uma Poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas 36 anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos intimos, que a Autora e Poetisa soube transformar em Poesia da mais alta qualidade, carregada de erotizacao, feminilidade e panteismo. Ha uma biblioteca com o seu nome em Matosinhos cidade onde vivera os ultimos dias de vida e onde se despedira da mesma por escolha propria.


Filha de Antonia da Conceicao Lobo e do Republicano Joao Maria Espanca (1866-1954), nasceu no Dia 8 de Dezembro de 1894 em Vila Vicosa, em pleno Alentejo. O seu pai, Joao Espanca foi sobretudo um Antiquario e Fotografo, tendo tambem ganho a vida com outras actividades relacionadas tambem com as artes, como o Cinema, com a de projeccao de filmes. De facto, foi ele, um dos introdutores do "Vitascopio de Edison" em Portugal.

O seu pai era casado com Mariana do Carmo Inglesa Toscano, que era esteril, sendo ele filho de, Jose Maria Espanca (1830-1883), e de, Joana Fortunata Pires Espanca (1830-1917). Com autorizacao da esposa, Joao Maria manteve um relacionamento amoroso fora do casamento com a Camponesa, Antonia da Conceicao Lobo(1879-1908), filha de pais incognitos, criada de servir, mulher bela e vistosa, apesar de pobre e humilde. Assim dessa relacao extra-conjugal de Jose Espanca nasceu primeiro Florbela e, tres anos depois, Apeles Espanca (1897-1927), em 10 de Marco de 1897, ambos foram reconhecidos e registados como filhos de Antonia Lobo e pai incognito. Joao Maria Espanca criou-os em sua casa. Apesar de Mariana Toscano ter passado a ser madrinha de Baptismo dos dois, Joao Maria so reconheceu Florbela como sua filha em cartorio 18 anos apos a morte desta.

Entre 1898 e 1908, Florbela Espanca frequentou a Escola Primaria em Vila Vicosa. Foi por essa que passou a assinar seus textos como Flor d'Alma da Conceicao. As suas primeiras composicoes poeticas datam dos anos 1903-1904, tendo a mesma entao, 9 ou 10 anos: o poema  "A Vida e a Morte", o soneto em redondilha maior em homenagem ao irmao Apeles e um poema escrito por ocasiao do aniversario do pai "No dia d'anos", com a seguinte dedicatoria: <<Ofereco estes versos ao meu querido papa da minha alma>>. Em 1907, Florbela Espanca escreveu o seu primeiro conto: "Mama!". No ano seguinte, faleceu a sua mae, Antonia, com apenas 29 anos, vitima de nevrose.

A Poetisa ingressou entao no Museu Nacional de Evora, onde permaneceria ate 1912. Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar um curso de liceu. Durante os seus anos de estudos no Liceu, a Poetisa requisitos diversos livros na Biblioteca Publica de Evora, aproveitando entao para ler obras dos franceses Honore de Balzac (1799-1850) e Alexandre Dumas (1802-1870) e tambem de portugueses como Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (1825-1890) mais conhecido como Camilo Castelo Branco, Abilio Manuel Guerra Junqueiro (1850-1923) conhecido como Guerra Junqueiro e tambem de Joao Baptista da Silva Leitao de Almeida Garret (1799-1854) mais conhecido como Almeida Garret. Quando ocorreu a Revolucao de 5 De Outubro de 1910, a Poetisa estava a dois dias com a familia na capital, no Francfort Hotel Rossio, mas nao se conhecem comentarios seus da sua vivencia deste dia.

Florbela Espanca recebeu varios premios tais como os de Literatura: Premio Antonio Vaz Leitao; Premio de Literatura Portuguesa; Nos Poeticos.



Em 1913, casou-se em Evora com Alberto de Jesus Silva Moutinho, seu colega da escola. O casal morou primeiro no Redondo. Em 1915, instalou-se em casa dos Espanca em Evora, supostamente por causa de dificuldades finanaceiras.

Em 1916, de volta ao Redondo, a Poetisa reuniu uma seleccao de producao poetica desde 1915, inaugurando assim o projecto, Trocando Olhares (1915-1917). A colectanea reune oitenta e cinco poemas e tres contos viria a servir-lhe mais tarde para futuras publicacoes. Na epoca, as primeiras tentativas de promover os seus poemas falharam.

No mesmo ano a Florbela iniciou-se como Jornalista em Modas & Bordados (1912-1977), uma revista virada para o mundo feminino e que era um suplemento do jornal O Seculo de Lisboa (1880-1977), em Noticias de Evora (1900-1992) tambem conhecido como Noticias d'Evora, e em A Voz Publica um jornal tambem eborense. A Poetisa regressou de novo a esta cidade alentejana ja em 1917. Completou o 11.º do Curso Complementar de Letras e matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1920). Foi uma das catorze mulheres entre os trezentos e trinta e sete alunos inscritos. Ai acabaria por ter como colegas de curso os escritores e poetas Americo Durao (1896-1969) e tambem, Mario Pires Gomes Beirao (1890-1965) mais conhecido como Mario Beirao.

Um ano mais tarde, a Escritora sofreu as consequencias de um aborto involuntario, que lhe teria vindo a infectar os ovarios e os pulmoes, foi para o Algarve repousar, mais exactamente em Quelfes (Olhao), onde viria a apresentar os primeiros sinais serios de Neurose.

Ja em 1919 apesar de tudo saiu a sua primeira obra literaria, Livro de Magoas (1919) ou Livro das Magoas. A obra era um livro de sonetos com 144 paginas e que inicialmente foi nomeado como, Primeiros Passos ai a Poetisa dedicou 32 somentos ao pai e ao irmao. A tiragem de 200 exemplares rapidamente se esgotou. Um ano mais tarde, sendo ainda casada, a Escritora passou a viver com Antonio Jose Marques Guimaraes, um Alferes da Artilharia da Guarda Republicana.

Em meados de 1920, interrompeu os seus estudos na Faculdade de Direito. Em 29 de Junho de 1921, pode finalmente casar-se com Antonio Guimaraes. O casal apos o casamento passou a residir nao no Alentejo mas sim, na cidade do Porto, mas, no ano seguinte, transferiu-se para Lisboa, onde Guimaraes viria a tornar-se Chefe de Gabinete do Ministro do Exercito. Ainda neste ano, o pai divorcia-se de Mariana Toscano, casando no ano seguinte com Henriqueta de Almeida.

Em 1922, a 1 de Agosto, a recem-fundada revista Seara Nova (1921) publicou o seu soneto Prince Charmant..., dedicado a Raul Sangreman Proenca (1884-1941) um Escritor, Jornalista, Filosofo portugues e um dos fundadores da referida revista mais conhecido como Raul Proenca. Em Janeiro de 1923, veio a publico a sua segunda colectanea de sonetos, Livro de Soror Saudade (1923), edicao paga pelo pai da Poetisa. Para sobreviver, Espanca comecou a dar aulas particulares de portugues.

Em 1925, viria a divorciar-se pela segunda vez. Esta situacao abalou-a muito e viria a aprofundar ainda mais os seus problemas de neurose. O seu, agora, ex-marido, Antonio Guimaraes, viria mais tarde a abrir uma agencia, "Recortes", que colecionava e juntava notas e artigos de varios autores. O seu espolio pessoal reune o mais abundante material que alguma vez foi publicado sobre a Poetisa alentejana, Florbela Espanca, desde 1945 ate 1981. Ao todo sao 133 recortes. Ainda em 1925 no mesmo ano em que ja foi referido que viria a divorciar-se pela segunda vez, viria igualmente a casar-se pela terceira, a Poetisa viria a casar desta vez com o Medico, Mario Pereira Lage, que conhecia desde 1921, e com quem ja vivia publicamente desde de 1924, o casamento decorreu em Matosinhos, Distrito do Porto, onde o agora casal passaria a morar a partir de 1926. Em Dezembro de 1925, viria a falecer tambem a "madrasta" e madrinha de Florbela, que lhe lega varios bens.

Em 1927, a Autora principiou a sua colaboracao no Jornal, Dom Nuno de Vila Vicosa, dirigido por, Jose Emidio Amaro. Naquele tempo, nao conseguia encontrar Editor para a sua colectanea, Charneca em FLOR (1931). Preparava tambem um volume de contos, provavelmente, O Domino Preto (1982) publicado apenas passados mais de 50 anos apos a sua morte. Comecou a traduzir romances para editoras como, Civilizacao e Figueirinhas da Cidade do Porto. No mesmo ano, em 6 de Junho, Apeles Espanca, o unico irmao da Escritora, de apenas 30 anos, faleceu num tragico acidente de aviao, perto de Belem, em Lisboa. A sua morte foi devastadora para a irma. Em homenagem ao jovem e unico irmao, Florbela Espanca escreveu o conjunto de contos de, As Mascaras do Destino (1931) publicado pela editora da Cidade do Porto, Maranus. Entretanto a sua doenca mental, talvez, sobretudo pela morte do irmao, agravou-se bastante. Um ano mais tarde, em 1928, ela tera tentado cometer suicidio pela primeira vez.

Em 1930, comecou a escrever o seu, Diario do Ultimo Ano (1981). A 18 de Junho do mesmo ano, principiou a correspondencia com, Guido Battelli (1869-1955), um italiano, Professor visitante da Universidade de Coimbra (1290), responsavel pela publicacao da Charneca em Flor em 1931. Na mesma altura a Poetisa colaborou tambem no, Portugal Feminino de Lisboa, na Revista Civilizacao e no Primeiro de Janeiro ambos da Cidade do Porto.

Florbela Espanca tentou suicidio por mais duas vezes em Outubro e Novembro de 1930, na vespera da publicacao da sua Obra-Prima, Charneca em Flor. Apos o diagnostico de um Edema Pulmonar, a Poetisa perdeu definitivamente tod a vontade viver. Nao resistiu a terceira tentativa de suicidio. Faleceu em Matosinhos, cidade onde vivia apos o terceiro casamento cinco anos antes, no mesmo dia que iria completar 36 anos, a 8 de Dezembro de 1930. A causa da sua morte foi uma "Overdose" de barbituricos. A Poetisa tera deixado uma carta confidencial com suas ultimas disposicoes e vontades, alem de ultimas palavras, entre elas, o pedido de colocar no seu caixao os restos do aviao pilotado pelo irmao, Apeles, quando o mesmo sofrera o acidente que lhe retirara igualmente a vida tres anos antes. O corpo dela jaz, desde 17 de Maio de 1964, no cemiterio de Vila Vicosa, a sua terra natal.

Leia-se a quadra desse "admiravel soneto que e o seu voo quebrado e que principia assim":

Nao tenhas medo, nao! Tranquilamente,//Como adormece a noite pelo Outono,//Fecha os olhos, simples, docemente,//Como a tarde uma pomba que tem sono...

Em 1949, a Camara Municipal de Lisboa homenageou a Poetisa alentejana, dando o seu nome a uma rua junto a Avenida da Igreja, em Alvalade.

Dados Pessoais de Florbela Espanca:

Nome: Flor Bela Lobo (Florbela d'Alma da Conceicao Espanca). 

Nascimento: 8 de Dezembro de 1894, Vila Vicosa, Reino de Portugal.        

Falecimento: 8 de Dezembro de 1930, Matosinhos, Portugal (36 anos).         

Nacionalidade: Portuguesa. 

Conjuge: Alberto de Jesus Silva Moutinho (1913-1920).    

                  Antonio Jose Marques Guimaraes (1921-1925).

                  Mario Pereira Lage (1925-1930)

Ocupacao: Poetisa, Escritora, Jornalista, Tradutora.

Principais Trabalhos: Livro de Magoas; Livro de Soror Saudade; Charneca em Flor; Domino Preto; As Mascaras do Destino e Diario.

Autora polifacetada: escreveu Poesia, Contos, um Diario e Epistolas; traduziu varios romances e colaborou ao longo da sua vida em varios jornais e revistas de diversa indole, Florbela Espanca antes de tudo e Poetisa. E a sua Poesia, quase sempre em forma de soneto, aos quais ela deve a fama e o reconhecimento. A tematica que a Poetisa mais abordou e principalmente a amorosa. O que mais parece preocupar a Autora e o amor e os ingredientes que romanticamente lhe sao inerentes: solidao, tristeza, saudade, seducao, desejo e morte. A sua obra no entanto abrange tambem poemas de sentido patriotico, inclusive alguns em que e visivel o seu patriotismo local: o Soneto "No Meu Alentejo" e uma glorificacao da terra Natal da Autora.

Somente duas antologias, Livro de Magoas e o Livro de Soror Saudade, foram publicados durante o curto tempo de vida que a Poetisa viveu. Outras, Charneca em Flor, Juvenilia (1931) e Reliquiae (1934) foram publicadas e sairam so apenas a morte da Poetisa. Toda a obra poetica da Poetisa alentejana foi reunida por o antigo amigo italiano de Florbela Espanca, Guido Battelli, num volume chamado Sonetos Completos, publicado pela primeira vez em 1934. Ja em 1978 haviam saido 23 edicoes deste mesmo livro. As pecas anteriores as primeiras publicacoes da Poetisa foram coligidas pela primeira vez por Rui Guedes (1946) nas Obras Completas de Florbela Espanca - 8 volumes, recolha, leitura e notas Rui Guedes; prefacio de Jose Carlos.

A prosa de Espanca exprime-se atraves dos contos (em que domina a figura do irmao da Poetisa), de um diario, que antecede a sua morte e em varias cartas. Algumas pecas de sua correspondencia sao de natureza familiar, outras tratam ainda de questoes relacionadas com a sua producao literaria, quer num sentido interrogativo quanto a sua qualidade, quer quanto a aspectos mais praticos, como a sua publicacao. Nas diferentes manifestacoes epistolares sobressaem qualidades que nem sempre estao presentes nas restantes producoes em prosa - naturalidade e simplicidade.

O Professor e Historiador de Literatura Portuguesa, Antonio Jose Saraiva (1917-1993) e tambem Oscar Luso de Freitas Lopes (1917-2013) na sua Historia da Literatura Portuguesa (1949) descrevem Florbela Espanca como sonetista de "laivos anterianos" e semelhante a Antonio Pereira Nobre (1867-1900) outro grande Poeta da Literatura Portuguesa mais conhecido como somente Antonio Nobre. Admitem que foi "uma das mais notaveis personalidades liricas isoladas, pela intensidade de um emotivo erotismo femenino, sem precedente entre nos [portugueses], com tonalidades ora egoistas ora de uma sublimada abnegacao que ainda lembra Soror Mariana, ora de uma expansao de amor intenso e instavel (...)".

A obra da Poetisa alentejana Florbela Espanca "precede de longe e estimula um mais recente movimento de emancipacao literaria da mulher, exprimindo nos seus acentos mais pateticos a imensa frustracao feminina (...) opressivas tradicoes patriarcais".

Rolando Galvao, Autor de um artigo sobre Florbela Espanca publicado na pagina electronica Vidas Lusofonas, viria a deixar assim caracterizada a obra Florbeliana:

"Como dizem varios estudiosos da sua pessoa e obra, Florbela surge desligada de preocupacoes de conteudo humanista ou social. Inserida no seu mundo pequeno burgues, como evidencia nos varios retratos que de si propria faz ao longo dos seus escritos. Nao manifesta interesse pela politica ou pelos problemas sociais. Diz-se conservadora. (...) O seu egocentrismo, que nao retira beleza a sua poesia, e por demais evidente para nao ser referenciado praticamente por todos. Sedenta de gloria, diz Henrique Lopes de Mendonca, transcrito por Carlos Sombrio.

Na sua escrita ha um certo numero de palavras em que insiste incessantemente. Antes de mais, o EU, presente, dir-se-a, em quase todas as pecas poeticas. Largamente repetidos vocabulos reflexos da paixao: alma, amor, saudade, beijos, versos, poeta, e varios outros, e os que dele derivam. Escritos de ambito para alem dos que caracterizam essa paixao nao sao abundantes, particularmente na obra poetica. Salvo no que se refere ao seu Alentejo. Nao se coloca como observadora distsnte, mesmo quando tal parece, exterior a factos, ideias, acontecimentos".

O Autor do artigo acaba por lembrar a correspondencia da Poetisa com o irmao, Apeles, e igualmente com uma amiga proxima, que apenas viu em retrato. Repara que os excessos verbais da Escritora sao provocados pela sua imoderacao para exprimir uma paixao. A sua exaltacao do amor fraternal e considerada como que "fora de comum". Galvao repara que esses limites alargados na expressao do amor, da amizade e das afeicoes, sao na obra Florbeliana uma constante notavel.

A Poetisa Florbela Espanca causou grande impressao entre seus pares e entre literatos e publico do seu tempo e de tempos posteriores. Alem da notavel influencia que seus versos tiveram nos versos e poemas de tantos outros poetas, sao aferidas tambem algumas homenagens prestadas por outros eminentes poetas a pessoa humana e lirica que era a mais conhecida Poetisa alentejana e talvez a melhor Escritora portuguesa para muitos (para mim pelo menos). Manuel Lopes Ferreira Fonseca (1911-1993) um Escritor, Poeta, Contista, Romancista e Cronista portugues mais conhecido como Manuel Fonseca, em seu "Para um poema a Florbela" de 1941, cantava (...) E Florbela, de negro,/ esguia como quem era,/ seus longos bracos abria,/ esbanjando bracados cheios,/ da grande vida que tinha!>>. Tambem Fernando Antonio Nogueira Pessoa (1888-1935) o famoso Poeta, Filosofo, Dramaturgo, Ensaista, Tradutor, Publicitario e Astrologo, Inventor, Empresario, Correspondente Comercial, Critico Literario e Comentarista Politico portugues mais conhecido como Fernando Pessoa e considerado um dos melhores poetas e escritores lusitanos, em um poema dactilografado e nao datado de nome "A memoria de Florbela Espanca", descreve-a como "<<alma sonhadora/ Irma gemea da minha!>>.

O Grupo de musica portugues Trovante (1976-1992) fez uma musica do Poema "Ser Poeta", incluido no volume Charneca em Flor. A cancao recebeu o titulo de "Perdidamente" com musica de Joao Manuel Gil Lopes, conhecido mais como Joao Gil, tornou-se numa das musicas mais populares da banda. Faz parte do Album "Terra Firme" (1987). O Cantor e Compositor brasileiro Raimundo Fagner Candido Lopes (1949) mais conhecido apenas por Fagner interpretou o Poema "Fanatismo" da Colectanea, Soror Saudade, com a composicao da sua autoria do mesmo nome no Album. Traduzir-se (1981) e tambem "Fumo" no Album de titulo Fagner (1982).

Em 2001 a Cantora brasileira, Nicole Borguer tambem conhecida como Nicole Borger estreou o seu primeiro Album, Amar - Um encontro com Florbela Espanca, musicando sonetos de diversas fases da Poetisa alentejana, com estilos musicais bem diversos. Ja em 2013 seria a vez da Artista portuguesa Senhora Dona Morte lancar 18 sonetos da Poetisa com o titulo de Florbela.

Ainda e tambem possivel seus poemas Caravelas e Desejos Vaos na obra da Fadista Marisa de Reis Nunes (1973) mais conhecida como Mariza.

Tambem naquela que e chamada de Setima Arte ou seja no Cinema Florbela Espanca nao ficou esquecida e veio a ser homenageada.

Florbela Espanca - Filme (1978) de (24 minutos, aproximadamente) no canal de televisao portugues Radio Televisao Portuguesa (RTP) (1935).

Em 2012, tambem e mais uma vez na RTP passou a exibicao de uma miniserie em tres capitulos, Perdidamente Florbela do Filme, Florbela (2012) com a Actriz, Dalila Carmo e Sousa Amorim (1974) mais conhecida como, Dalila Carmo, desempenhando e muito bem o papel da Poetisa Florbela Espanca, com Ivo Canelas (1973) no papel do irmao da Poetisa, Apeles e com Albano Jeronimo (1979) no papel de Mario Lage, ultimo marido da Poetisa, programa esse adaptado a Setima Arte e exibido nas salas de Cinema com o titulo de Florbela.

Bibliografia Activa:

POESIA:

. Livro de Magoas (1919).

. Livro de Soror Saudade (1923).

. Charneca em Flor (1931).

. Juvenilia (1931): Versos indeditos de Florbela Espanca (com 28 sonetos ineditos).

. Sonetos Completos (Livro de Magoas, Livro de Soror, Charneca em Flor, Reliquiae) ((1934).

PROSA:

. As Mascaras do Destino (1931).

. Diario do Ultimo Ano (1981).

. O Domino Preto (1982).

. O Diario e O Domino Preto (2019).

COLECTANEAS:

. Obras Completas de Florbela Espanca (8 Volumes) (1985/1986).

. Trocando de Olhares (1994).

EPISTOLOGRAFIA:

. Cartas de Florbela Espanca (A Dona Julia Alves e a Guido Battelli) (1931).

. Cartas de Florbela Espanca (1949).

TRADUCOES:

. Ilha Azul (1926), de Georges Thiery.

. O Segredo do Marido (1926), de M. Maryan.

. O Segredo de Solange (1927), de M. Maryan.

. Dona Quichota (1927), de Georges de Peyrebrune.

. O Romance da Felicidade (1927), de Jean Rameau.

. O Catelo dos Noivos (1927), de Claude Saint-Jean.

. Dois Noivados (1927), de Champol.

. O Canto do Cuco (1927) de Jean Thiery.

. Mademoiselle de la Ferte (1929), (romance da actualidade), de Pierre Benoit.

. Maxima (1932), (romance da actualidade), de A. Palacio Valdes.

Foi sem duvida uma cronica que me deu um certo trabalho e penso que se pode considerar que e a segunda vez que faco uma biografia de Florbela Espanca aqui no meu blog, a primeira foi em 13 de Julho de 2014.

Deu-me um certo prazer e fazia tempo que nao escrevia sobre grandes temas, que me obrigam a inumeras pesquisas historicas, deu-me um enorme prazer voltar a faze-lo, sem duvida.

Este ano e um ano um pouco para esquecer no blog como em muitas outras coisas para todos nos com esta pandemia do Covid-19 e por outras razoes especialmente para mim, ja aqui fiz referencia de em Janeiro a minha mae ter falecido, em Fevereiro foi a vez do meu ex-padrasto juntar-se a ela, foram tempos dificeis comigo igualmente a ter uma das tarefas mais complicadas e dificeis da minha vida, ter de ser eu a dizer ao meu meio-irmao de que o pai dele tinha falecido, especialmente, quando a nossa mae tinha morrido tao recentemente. E um ano complicado e sem duvida o que ai vem de futuro sera bem melhor, creio que esta cronica veio a ajudar a enriquecer as cronicas de 2020. Tambem de lembrar que durante alguns meses estive com problema no teclado do meu pc antigo o que me dificultava muito a escrita e so a partir de Setembro com a compra de um pc novo no meu aniversario o problema de ter dificuldade em escrever no pc ficou solucionado.

Caro(a) leitor(a) fica a promesa de que se nao for ainda este ano muitas outras cronicas com assuntos de bastante interesse irao certamente surgir, ate la boa leitura desta e de antigas cronicas, um abraco e ate a proxima.

                                                                                                                 Manuel Goncalves



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