Temos a noite de Natal a nossa espera e antes de ir sentar-me a mesa e atacar a consoada onde me espera aquilo que sempre o meu desejo de ver a mesa numa noite de Natal, um prato de Bacalhau com Todos bem servido, o resto pode vir por acrescimo e ser o que for mas o bacalhau que nao me falte.
Como dizia ate vir a hora de ir comer o "Rei" da mesa portuguesa apresento-vos aquele que sera o meu ultimo poema. Sim leram bem, ultimo poema, mas ultimo em 2021. Ainda nao sera desta que muitos se irao livrar dos meus poemas, mais, so mesmo ja em 2022. Espero que esteja ao vosso gosto e aproveito desde ja para me despedir de todos voces poeticamente em 2021 porque nao sei se ainda vou escrever mais alguma coisa em 2021, se nao o fizer, entao ai sim, e a despedida total de todos voces em 2021 e sera meu desejo tudo de bom para voces no proximo ano.
Este ano de 2021 foi um ano quase todo dedicado a Poesia, foi aquilo que mais me apeteceu escrever e onde encontrei nao apenas inspiracao mas uma calma e tranquilidade enorme por tudo o que tenho passado nestes ultimos dois anos com a pandemia e com coisas que me aconteceram com as quais nao tem sido facil viver. Em 2022 creio que nao sera diferente e tenho como meta, escrever pelo menos entre 12 a 20 poemas, vamos ver ate la.
Enquanto... (19-12-2021)
Enquanto...
Enquanto houver chao para andar
E um ceu aberto para me abrigar
E por ca, por ca que quero estar
Enquanto houver um sol para brilhar
E as estrelas da noite para me iluminar
E por ca, por ca que quero ficar
Enquanto o silencio perdurar
Nestas terras sem bandeira e nome
E por ca, por ca que me podes encontrar
Aqui, ou mesmo alem do mar
Enquanto...
Os passaros cantarem
E os caes ladrarem
Enquanto...
Os males nao me tocarem
E as mas linguas de mim nao falarem
E por ca, por ca que quero permanecer
E todos os fados, todos os fados escutar
Enquanto...
Os putos correndo brincarem
E toda a gente tiver alegria
E por ca, por ca que me quero perder
Enquanto...
Dois corpos loucamente se amarem
E em cada olhar houver magia
E por ca, por ca que quero viver
Enquanto...
Houver uma manha de Primavera
E a chuva de Inverno ser de pouca duracao
E por ca, por ca que fico a tua espera
Mesmo sem saber se es sonho ou ilusao
Enquanto...
Eu tiver uma estrada para caminhar
E por ca, por ca que me quero enamorar
Enquanto...
No Outono as folhas cairem
Entre as rajadas de vento
E os oceanos de agua se inindarem
E em temporal as ondas se revoltarem
E por ca, por ca que perco o meu tempo
Enquanto...
Os galos me acordarem
No final de cada madrugada
E por ca, por ca que tudo quero ser
Enquanto...
Os sinos badalarem
Por tudo e por nada
E por ca, por ca que quero apodrecer
Enquanto...
Em outro lugar
Nao me prenderem
E por ca, por ca que me quero mostrar
Enquanto...
Por teus olhos me perder
E por ti meu coracao se render
E por ca, por ca que a teu lado estarei
E se um dia eu partir
Bem sei que por ti
Aqui eu voltarei.
Manuel Goncalves
Tenho um sonho, como muitos sabem. Tenho o sonho de um dia escrever um livro de Poesia onde possa vir a reunir de uma outra forma todos os meus poemas como tenho feito aqui. Tenho tido convites das novas editoras que apostam em e-books e na publicacao virtual na internet e creio que um dia quando tiver uma quantidade consideravel de poemas, nesse dia, sim, irei negociar com uma editora a publicacao de um livro, ate fico por aqui, escrevendo, publicando, fazendo o que mais gosto e sabendo que nao estou sozinho, pois sei que estou na vossa companhia e outra nao podia querer quando tenho a melhor de todas. Ate a proxima.
Lindo, poesia com muito sentimento, este poema vomita sentimento, sofrimento, muito lindo.
ResponderEliminar