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sábado, 17 de agosto de 2024

Edipo, Laio e Jocasta


Sem duvida que dentro da Mitologia Grega e ate mesmo da Mitologia Grega-Romana para alem da passagem da Guerra de Troia, do Cavalo de Troia, etc esta e sem duvida um dos mitos que mais interesse e curiosidade desperta em mim.

A verdade e que sendo mito ou realidade serviu de adaptacao para o enrendo ate de pecas de ficcao e telenovelas brasileiras e pecas de Teatro alem de ate ter servido para Psicanalistas desenvolverem suas teses e nomearem complexos psicologicos com o mesmo nome mas nao e sobre o mesmo complexo que quero escrever agora, mais tarde talvez. Agora e mais sobre as personagens e a tragedia em si.

Imagine a tragedia que seria e como se sentiria se soubesse, viesse a descobrir que tinha matado o seu pai e casado com a sua mae, foi isso mesmo que aconteceu nesta tragedia grega que tinha sido anunciada nos oraculos mesmo antes do personagem principal ter nascido.


Edipo e um Heroi da Mitologia Grega que tera matado o seu proprio pai, resolveu o enigma da Esfinge que atacava a Cidade de Tebas e desposou a propria mae. Pelas razoes e motivo deste mesmo incesto, foi ao mesmo tempo pai e irmao de Eteocles, Ismenia, Antigona e de Polinices.

Edipo era descendente de Cadmo, fundador de Tebas. Seu bisavo foi Polidoro e seu avo Labdaco, que tambem foram reis da cidade.

Edipo e a personagem central da tragedia grega Edipo Rei, escrita pelo Dramaturgo grego Sofocles (497/496 A.C - 406/405 A.C), como fazendo parte da trilogia que contem ainda os dramas Antigona (C. 442 A.C) e Edipo em Colono (C.406 A.C).

A lenda de Edipo foi recontada em muitas versoes e foi usada por Sigmund Freud (1856-1939) um reconhecido Psicanalista e Neurologista austriaco para nomear e dar precedente ao mitico Complexo de Edipo.


Edipo nasceu tornando se Principe da Cidade de Tebas, filho do Rei Laio e da Rainha Jocasta. Ao nascer, foi levado ao Oraculo de Delfos onde foi profetizado que Edipo se tornaria um Heroi no futuro, mas somente apos matar o pai e deposar a mae, desencadeando uma cadeia de desgracas, que viriam a causar a ruina da casa real. Segundo as versoes de Esquilo (525/524 A.C - 456/455 A.C) um Dramaturgo grego frequentemente reconhecido como o "pai" da Tragedia e Euripides (C.480 A.C - C.406 A.C) tambem conhecido por Euripedes um Poeta Tragico grego, no entanto, o oraculo antecedeu a concepcao, para impedir que Laio tivesse um filho; Laio desconsiderou o aviso, e Edipo nasceu.

Aterrorizados e querendo frustrar a profecia, Laio e Jocasta resolveram encarregar um servo de deixar o filho de ambos recem nascido na encosta do Monte Citerao, com os pes amarrados e trespacados por uma corrente na altura dos tornozelos, para ser devorado pelos lobos. O servo, no entanto, teve piedade do bebe e o entregou a um Pastor que levou a crianca para a Cidade de Corinto. Ao chegar, Edipo foi recebido e acabou por ser adoptado pelo Rei Polibo, pois a Rainha Merope havia recentemente gerado um natimorto. Edipo cresceu entao como sendo Principe de Corinto, acreditando ele proprio ser um filho legitimo.

Anos mais tarde, ja em idade adulta, Edipo procurou o Oraculo de Delfos para saber mais a respeito do seu parentesco. O oraculo repetiu a profecia que havia sido dada aos seus pais verdadeiros (Laio e Jocasta), de que Edipo viria a matar o seu pai (Laio) e a casar-se com a sua mae (Jocasta). Sem conhecer sua verdadeira filiacao, Edipo acreditou que estaria destinado a assassinar Polibo e a se casar com Merope mas ambos nao passavam de seus pais adoptivos, um segredo muito bem guardado do qual Edipo nao tinha qualquer conhecimento ou minima suspeita.


Procurando evitar tal destino e que a profecia nao fosse realizada e cumprida, Edipo deixou Corinto e partiu em direccao a Cidade de Tebas. Num trecho estreito de estrada, encontrou o Rei Laio (que na realidade era o seu pai verdadeiro, eles era pai e filho, uma realidade que anbos desconheciam), que estava indo para Delfos consultar novamente o oraculo, pois havia sentido pressagios de que seu filho estava retornando para mata-lo e assim ver-se realizada e cumprida parte da profecia que havia sido revelada antes de Edipo nascer. Os servos de Laio ordenaram que Edipo desse passagem a carruagem do Rei. Como Edipo se recusou, Laio bateu-lhe com seu chicote. Tomado pela furia do momento, Edipo matou Laio e todos os seus homens, excepto um, acreditando serem um bando de malfeitores.

Ao finalmente chegar a Cidade de Tebas, Edipo acabou por vir a saber que o Rei da cidade havia sido morto recentemente e que a cidade estava a merce da Esfinge, um mostro que devorava todos aqueles que nao conseguissem resolver o seu enigma. Edipo conseguiu responder correctamente as duas questoes que haviam sido questionadas pela Esfinge e assim o tenebroso mostro saiu derrotado e Edipo foi visto como um Heroi. Por esse feito, conquistou para si o trono do Rei Laio que havia sido morto recentemente, fazendo jus a casar-se com a sua viuva.

Anos depois. para acabar com uma praga que havia se acercado de Tebas, Edipo procurou investigar quem na realidade havia sido o Autor da morte de Laio e acabou descobrindo a verdade, por intermedio do adivinho Tiresias, o famoso Profeta cego de Tebas, que ele mesmo era o responsavel. Jocasta, ao perceber que se havia casado com o proprio filho, se enforcou. Igualmente em desespero, Edipo retirou dois alfinetes de um vestido da sua mae (igualmente sua esposa) e com os mesmos perfurou os proprios olhos, afirmando ter sido cego por nao reconhecer o verdadeiro pressagio que havia sido anunciado pelo oraculo.

Esta passagem do mito e mais conhecido, mas a vida de Edipo segue em frente, com ele mudando completamente de vida e se tornando um Mendigo e esmolando por Tebas, cidade onde anteriormente havia sido Rei, guiado e auxiliado por sua filha Antigona. Mais tarde o cego assiste aos filhos Eteocles e Polinices e igualmente seus irmaos entrarem em conflito e brigarem pelo trono das duas cidades, Tebas e Corinto.


Na Mitologia Grega, o Rei Laio, ou Laios, Rei de Tebas, foi um Heroi divino e um personagem chave no mito fundador da Cidade de Tebas. Filho de Labdaco, foi criado pelo regente Lico depois da morte de seu pai.

Quando Laio ainda era um jovem, Anfiao e Zeto usurparam e se apoderaram do trono de Tebas. Alguns tebanos, desejando ver a continuacao da linhagem de Cadmo, levaram o pequeno Laio para fora da cidade antes do esperado ataque, o que resultou nao morte de Lico e a tomada de seu trono. Laio foi recebido por Pelope, Rei de Pisa no Peloponesco. De acordo com algumas fontes, a maioria pertencente a Era Crista, Laio raptou e estuprou o filho do Rei, Crisipo, levando-o de Tebas enquanto o ensinava como dirigir uma briga, ou como conta Caio Julio Higino (C. 64 A.C-17 D.C) um Escritor da Roma Antiga mais conhecido como Higino, durante os Jogos Nemeus. Este rapto e considerado como sendo o assunto principal das ultimas tragedias de Euripides. Muitos estudiosos concordam que o estupro e a seducao de Crisipo foram adiocionados tardiamente ao mito tebano. Com ambos, Anfiao e Zeto tendo morrido na sua ausencia, Laio tornou-se Rei de Tebas, quando apos o seu retorno a cidade.

Depois do estupro de Crisipo Laio acaba por casar-se com Jocasta (ou Epicasta nome alternativo usaso por Homero (928 A.C- 898 A.C) certamente o melhor Poeta Epico grego), filha de Meneceu, um dos descendentes dos Espartos. Laio entao recebe do Oraculo de Delfos a previsao de que ele nao poderia ter filhos com sua esposa. Em outra versao, contada por Esquilo, Laio foi avisado de que ele so poderia salvar a cidade se morresse sem filhos.

Uma noite, porem, Laio, bebado, acaba deitando-se com sua esposa, engravidando Jocasta e gerando Edipo. Temendo a concretizacao da profecia do Oraculo de Delfos, Laio ordena que a crianca seja abandonada no Monte Citerao com seus pes amarrados (ou talvez presos ao chao). No entanto, o bebe e encontrado por um Pastor que, nao tendo condicoes de cria-lo, leva-o ao Rei Polibo e a Rainha Merope de Corinto, que o criam como sendo seu proprio filho ate a idade adulta, ocultando sempre de Edipo que ele nao e um filho biologico de ambos.


Desajando saber mais a respeito do seu parentesco, Edipo tal como os seus pais biologicos (Laio e Jocasta) o haviam feito antes dele ser gerado tambem consulta o Oraculo de Delfos. La, e atraves do mesmo oraculo e informado de que nao deveria ir para casa ou ele mataria o seu pai e casaria-se com sua mae. Acreditando ser de Corinto, nunca suspeitando de que Polibo e Merope nao eram os seus pais verdadeiros, Edipo parte para Tebas, tentando evitar o seu destino e a realizacao da profecia do Oraculo de Delfos. Na estrada conhecida como "A Fenda", Edipo encontra Laio, seu pai verdadeiro. O Rei de Tebas, Laio, tendo recebido pressagios de que seu filho estava retornando a cidade para mata-lo, ia a Delfos afim de consultar o oraculo. Edipo acaba por recusar a deixar passar a carruagem do Rei, mesmo apos os lacaios de Laio assim o terem ordenado. Tomado pela furia da insistencia de Edipo em desobedecer a tal ordem dos lacaios reais, Laio passa com a carruagem sob os seus pes (em outra versao, Laio bate em Edipo com seu chicote), ambos entram em confronto fisico e na briga Edipo acaba matando Laio e todos os seus lacaios, acreditando ser um bando de malfeitores e nunca suspeitando que tinha acabado de matar o Rei Laio e muito menos assassinado o seu proprio pai, Edipo acabara de cumprir com metade da profecia do Oraculo de Delfos.

Laio foi enterrado ali mesmo onde morreu por Damasistratus, o Rei de Plateias. Tempos depois, Tebas e amaldicoada com uma doenca: o motivo e que seu assassino nao haveria sido punido.

Muitos descendentes de Laio tiveram ma sorte, mas nao esta claro se isso tera ocorrido porque ele acabou violando as leis da hospitabilidade e do casamento ao sequestrar o filho do seu anfitriao e estupra-lo, ou porque ignorou o aviso do Oraculo de Delfos para que nao viesse a ter filhos, ou alguma combinacao de todos esses factores. Outra teoria apresentada e que toda a linhagem de Cadmo havia sido amaldicoada anteriormente, seja por Ares, quando Cadmo matou sua serpente (na fundacao da Cidade de Tebas), ou por Hefesto, que ficou ressentido do facto de Cadmo se ter casado com Harmonia, filha de Ares e Afrodite, a esposa desgarrada de Hefesto. De todo o modo, muitos dos descendentes de Cadmo acabaram por vir a ter diversos finais de vida tragicos.


Jocasta (ou Epicasta) foi, na Mitologia Grega, filha de Meneceu e mulher de Laio, Rei de Tebas, com quem teve um filho, Edipo.

Laio recebeu um Oraculo de Delfos que lhe disse que ele nao deveria ter filhos com a esposa, ou o filho o mataria e se casaria com ela; em outra versao, gravada por Esquilo, Laio e avisado de que so poderia salvar a cidade se viesse a morrer sem gerar filhos. Certa noite, Laio ficou bebado e foi pai de Edipo com Jocasta.

Jocasta passou o recem-nascido para Laio. Jocasta ou Laio perfuraram e prenderam os tornozelos do bebe juntos. Laio instruiu o seu principal Pastor, um Escravo nascido no palacio, a expor a crianca no Monte de citerao. O Pastor e Servo de Laio no entanto teve piedade do bebe e o deu a outro Pastor ao servico do Rei Polibo de Corinto. Sem filhos, Polibo e sua Rainha, Merope (de acordo com Sofocles), ou Peribeia (de acordo com Pseudo-Apodoro), criaram o bebe ate atingir a idade adulta, escondendo do mesmo que nao eram os seus verdadeiros pais.

Ja adulto, Edipo, em uma das suas peregrinacoes ao Oraculo de Delfos, recebe a profecia e descobre que sera o assassino do seu pai e deposara a sua mae, desse modo, foge de sua cidade e de sua sina. Entretanto, no meio do caminho se depara com uma carruagem que transporta o Rei de Tebas, Laio. Um de seus servos joga a carruagem contra Edipo, que tomado de ira, devido a soberba dos integrantes da comitiva e do Rei que desconhece, luta contra aquelas pessoas ate conquistar sua "honra" com a morte daqueles homens. Somente um dos servos de Laio consegue fugir e escapar da furia de Edipo. Ao chegar a Tebas ve que a cidade - Polis - esta sendo perseguida por um grande mal, a Esfinge com seu enigma. Edipo entao e o unico que consegue resolver a charada, sendo assim, e proclamado Rei de Tebas. Ele se casa com Jocasta com nenhum dos dois sabendo que sao mae e filho. Algum tempo se passa ate que chega a cidade a noticia da morte de Laio. Edipo, ao tomar conhecimento da noticia, tenta achar os culpados pelo assassinato, para tanto, manda seu cunhado Creonte ao Oraculo de Apolo. Ao regressar Creonte lhe diz que, segundo o Deus, o assassino estaria entre eles. Edipo passa a perseguir indiscriminadamente o Autor do mesmo acto sem qualquer ideia ainda de que se tratava dele proprio. Os cidadaos, formados pelo coro, sugerem ao Rei para chamar Tiresias, um famoso Profeta e Adivinho cego que se diz intermediario entre os homens e o Deus Apolo. Quando esse apos ser consultado nao lhe oculta a verdade e lhe revela tudo, Edipo o insulta, chama-o de farsante, de falso Profeta. Tiresias entao, pressionado, revela o seu conhecimento. Edipo seria entao o assassino que ele proprio procurava e queria punir. Nao crente, Edipo acusa Tiresias e Creonte de traicao. Acusa-os de estarem a por em pratica um plano para usurpar o trono. Creonte, ao saber de tais acusacoes contra a sua pessoa, apresenta-se ao Rei para que a confusao seja entao sanada. Edipo nao lhe da ouvidos. Jocasta, esposa e mae do Rei intervem por seu irmao. Diante do juramento de Creonte e de sua fala argumentativa, Edipo se ve perdido. Jocasta, sem maiores pretensoes, relata-lhe alguns factos sobre a morte de Laio que Edipo desconhecia. Diante da nova narrativa ele comeca entao a se questionar se nao seria realmente ele mesmo o assassino de Laio.


Edipo pede que lhe chamem o Servo de Laio que havia sobrevivido quando ele mesmo assassinara o Rei e tosa a sua comitiva, excluindo o mesmo servo. Neste interim, chega a noticia, por um mensageiro, da morte do pai adoptivo de Edipo. Esse mensageiro e o mesmo Pastor que o salvara da morte quando o deveria ter abandonado na montanha para que fosse devorado pelos lobos ainda recem nascido. Ele, o seu salvador do passado lhe relata tudo sobre o ocorrido. Um outro Pastor chega entao ao Reino e depois de muito relutar esclarece a Edipo toda a tragica verdade. Jocasta, diante do ocorrido, vai para o seu quarto e nao superando a ideia de ter casado e feito sexo com o seu proprio filho termina por se enforcar em seu quarto. Edipo nao se mata mas tambem nao tem um final menos tragico, ao descobrir toda a verdade, que sua verdadeira mae era sua esposa, que fora ele que matara o Rei Laio, seu pai verdadeiro acaba por se cegar com alfinentes a ele proprio como meio de punicao por ter consumado matrimonio com sua propria mae e ter matado o seu proprio pai. No fim, Edipo pede a Creonte que era seu cunhado e tambem seu tio que o envie para longe da Cidade de Tebas para que possa viver desterrado, longe de sua vergonha e de todos, passando a viver como um Mendigo e sendo guiado por sua filha e irma Antigona nao assistindo a disputa em idade adulta de seus filhos Eteocles e Polinice pelo Trono de Tebas da qual Polinice acaba por vencer e tornar se o novo Rei da Cidade de Tebas.

Edipo e Jocasta tiveram quatro filhos Antigona, Ismenia, Eteocles e Polinice que eram seus filhos mas igualmente netos de Jocasta e irmaos de Edipo.


Nao desfazendo da Lenda de Troia, das suas batalhas, sua Historia, especialmente do mitico "Cavalo de Troia" a Historia de Edipo e uma das mais interessante da Mitologia Grega.

Nos dias de hoje a mesma nao tem importancia apenas no sentido mitologico mas acabou por ajudar a criacao e montagem do Complexo de Edipo em que numa confusao infantil leva a que criancas se sintam atraidos e apaixonados pela propria mae chegando mesmo a ter sentimentos de odio pelo proprio pai. Quase todas as criancas rapazes passam por essa fase na sua infancia com menor ou maior intensidade.

Caro (a) leitor (a) mais uma vez vou me despedindo e ficando por aqui considerando que tenho a sorte de ao longo dos tempos terem seguido o meu trabalho, esta minha paixao e que ao contrario de outros, uma minoria gracas a Deus, nao estao aqui por sentirem raiva, odio de mim e inveja do meu talento e valor mas acreditem que ainda terao mais no futuro. Abraco e ate a proxima.

                                                                                                                  Manuel Goncalves



                                                                                                                                                                   








                 










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