O Projecto

Qiantos jovens estavam como eu naquele momento da crise financeira mundial que afectava a todos e que causava quebras em bolsas de valores pelo Mundo fora.

Era um jovem acabado de se formar em Arquitectura com as melhores notas do final do curso mas com tanto desemprego estava mesmo dificil de arrumar um emprego. Era um genio promissor da Arquitectura segundo os meus professires mas estava conseguindo uma oportunidade de o provar mas eu sentia que nao ia desistir, nao podia faze-lo, dificuldades era coisa que sempre tinham existido sobretudo agora em tempos tao dificeis como nao havia memoria de se terem visto antes, eu ia vencer, dar a volta por cima e iria ser mais forte que a propria crise.

Com ajuda do meu pai que me emprestara algum dinheiro e que eu queria devolver o mais rapidamente possivel mas nao estava conseguindo por falta de trabalho consegui abrir um escritorio e ao menos podia ser a inicio da realizacao do meu sonho de ter um escritorio de arquitectura e trabalhar por conta proria.

Encontrara finalmente um projecto que tinha sido lancado acerca da criacao de um resort turistico em que uma herdade no alentejo seria transformada em resort para turistas com hotel, restaurantes de luxo, centro comercial, campo de golf, piscina e ate um centro hipico.

Nao era o que mais me agradava mas era o que havia, o que tinha encontrado e nao estava em condicoes de recusar trabalhos por ser contra a minha etica de ser contra a destruicao do ambiente. 

Aquela herdade nao estava situada num local de reserva natural, nao estava protegida mas seria a destruicao de muitas arvores, etc para criar espaco para se avancar com a criacao do mesmo.

Fui de Lisboa para o Alentejo tinha uma reuniao com a Vereadora da Camara e iria apresentar o meu projecto que seria mais um entre dezenas e talvez ate centenas que iriam ser apresentados e depois apenas um venceria o concurso.

Almocei ali por Evora com a Vereadora e nao podia deixar de notar que aquela gaja nao tirava os olhos de mim em todos os momentos quando eu na relidade tinha idade para ser seu filho.

Antonia Menezes era uma mulher ja de cinquenta anos e estava divorciada a algum tempo era uma mulher bastante atraente no entanto e nao seria de recusar se conseguisse alguma coisa com ela, decid avancar e acabamos por ficarmos a pensar num encontro que fosse para la das razoes profissionais, algo mais pessoal e intimo talvez. Ela estaria em Lisboa brevemente, se tivesse tempo talvez me ligasse a combinar um Jantar.

Voltei a Lisboa mas nao deixava de pensar na conversa e no encontro que tivera com aquela mulher ainda que apenas por razoes profissionais e nem me conseguia concentrar direito no novo projecto que me surgira da construcao de um hospital no ribatejo, seria um projecto igualmente atraente ja que estava em vistas a criacao do primeiro hospital fora de Lisboa e Porto que iria ter um heliponto no terraco e ate um elevador para ambulancias.

Eu olhava o futuro que parecia ja um pouco mais sorridente mas o problema e que logicamente eu iria perder alguns desses projectos, como ate ja tinha perdido alguns, nao se podia ganhar sempre. Eu iria ganhar muito dinheiro mas isso era o que estava escrito para o futuro ja que tudo demorava e as aprovacoes nao eram feitas do dia para a noite e eu no momento continha ja algumas dividas. O dinheiro que o meu pai me emprestara nao tinha chegado para tudo, o que eu ganhava ate entao ia dando para muita coisa mas nao chegava para pagar tudo o que havia para pagar.

Comecara a ver que o meu pai estava com algumas dificuldades mas que fazia de tudo para nao me mostrar isso, e muito menos falar no assunto. A verdade e que ele me emprestara dinheiro que eu ainda nao lhe tinha pago e que agora lhe estava a fazer falta.

Antonia estava em Lisboa e ligara me infelizmente mostrara me logo que nao tinha boas noticias para me dar.

O meu projecto em termos de projecto era sem duvida o melhor sem duvida o mais moderno, arrojado e aquele que realmente parecia ser mais perfeito para tornar aquele sonho de resort turistico numa realidade, so que tambem era o mais caro como era evidente.

Antonia deixou claro que tudo estava nas maos dela e havia projectos que eram de menor custo e igualmente bastante interessantes. Ela parecia querer apostar no meu apesar dos custos porque sabia que tudo acabaria por ficar pago e comecar a dar um enorme lucro. Como Vereadora seria ela que iria aprovar e ter a palavra final.

Sem rodeios pedi-lhe que me explicasse de vez o que queria afinal para aprovar o meu projecto, podia fazer uma revisao, cortar alguma coisa o que causaria uma abaixamento de custos...

- Meu querido - comecara ela - nao precisas fazer nada disso, tem calma, sabes bem o que precisas de fazer.

- Nao estou a entender! O que tenho que fazer?

- Sera que tenho que ser eu a convidar-te!

- A convidar me para que?

- Para ires para a cama comigo uma noite, meu querido. E assim vamos para o hotel passamos uma noite agradavel e podes ter a certeza se me ofereceres uma noite ineaquecivel eu vou aprovar o teu projecto, tenho autoridade e poder para isso. Como sabes ali sou eu que decido tudo acerca do projecto.

Fiquei sem saber o que dizer com aquela oferta e por norma uma oferta daquelas deveria partir da parte do homem mas estavamos numa inversao de papeis e ate que ela tambem nao era uma mulher qualquer.

- E como vais justificar teres apostado no projecto mais caro quando procuravam algo mais economico?

- Eu nao tenho que explicar nada porque sou eu quem decide, acima de mim so a Presidente da Camara e ela vai aprovar aquilo que eu lhe disser, vai aprovar o que eu lhe mostrar e apresentar, alem do mais ela sabe bem que a qualidade tem um preco e todos queremos o melhor, neste caso o melhor e o teu projecto.

- E se eu recusar a tua proposta? - procurei saber o que iria acontecer se eu recusasse - se eu nao aceitar?

- Ai o teu projecto ficara mais dificil de ser aprovado porque nao ira ter o mesmo destaque e nem a mesma pressao da minha parte para que seja aprovado. Decide-te a reuniao de vereadores para a aprovacao do projecto e ja para a senama. Eu sou a Vereadora chefe e tudo esta dependente de mim.

Passei-lhe a mao pela perna por cima do vestido e disse-lhe que aquela ate era uma boa desculpa para conseguir o que ficara a desejar desde a primeira vez a tinha visto.

Fomos dali para o hotel onde ela estava hospedada e foi uma loucura completa embora ela tivesse deixado bem claro que nao queria nada de serio com ninguem e que muito possivelmente aquiko nao se iria repetir, estava a acontecer porque tinha ficado atraida por mim e fazia algum tempo que nao abia o que era estar na cama com um homem.

Fizemos de tudo e ela iniciara me no sexo anal, pedira me para faze-lo e nunca o tinha feito com nenhuma das minhas antigas namoradas. Adorei, como adorara tudo o resto que fizemos e voltamos a fazer naquela noite. No fim ela sorrira e confessara que achava que eu para la de um grande arquitecto bastante promissor tambem era muito bom a fazer sexo, era muito quentinho a fazer amor e com um beijo de despedida garantiu me que o meu projecto estava mais do que aprovado.

Passou se mais de dois anos e recebi o convite a estar presente na inauguracao do primeiro grande resort turistico do alentejo e que me custara a indicacao ao Premio Pritzker que era o maior sonho de qualquer Arquitecto seria vir a vence-lo, em caso de o fazer eu iria tornar me o mais jovem Arquitecto a conseguir esse feito a nivel mundial, na Arquitectura esse premio e sem duvida como ganhar um Oscar ou um Nobel e eu estava prestes a consegui-lo, talvez.

Antonia estava deslumbrante naquela noite. Eu ja recebia dezenas de votos de parabens por ter realizado aquilo de um projecto a torna-lo uma realidade mas sabia que tudo se devia aquela mulher, sem a aprovacao dela nada tinha sido possivel e cedo fiquei a saber que o que se tinha passado naquela noite iria ser repetido pelo menos na noite em que estavamos a viver quando elapassou por mim e me deixou um bilhete na mao: 

"Meu querido, se quiseres no final da noite vamos repetir o que aconteceu na noite em que o teu projecto ficou mais que aprovado, diz me qualquer coisa manda me um ma mensagem para o telemovel". O que aconteceu depois isso ja era outra historia para contar, ate porque depois apareceu o projecto de um novo hospital ali na terra.

                                                                                                    Manuel Goncalves