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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Laika (1954-1957) Uma Rafeira Heroina



Os animais foram muitas vezes usados em experiencias cientificas e usados como cobaias pelos seres himanos para testes cientificos e para se analisar as possibilidades do homem ser o proximo nessa mesma experiencia.

E muita vez visivel em certos produtos acabarmos por ver na folha de instrucoes ou na receita medica (sobretudo em alguns medicos ou ate produtos cosmeticos, os chamados produtos de beleza) de que o mesmo foi ou nao foi testado em animais, no caso que se segue nao foi diferente. Tudo comecou por causa de uma importante experiencia cientifica e era sabido desde a muito que o animal nao iria sobreviver, que acabaria por ser sacrificada mas nao lhe foi dada uma outra escolha possivel. 

Nesta Historia e episodio vemos como um animal, um simples animal rafeiro acabaria por se tornar tao importante depois de ter sido capturada das ruas de Moscovo. Uma rafeira que terminaria como uma Heroina e que tanto a sua nacao como a propria Historia nao esquece e a sua Historia, o episodio pelo qual passou serviu e foi usado muitas vezes por instituicoes de defesa de animais para que certas experiencias tivessem fim em animais.


Laika (C.1954 - 03 de Novembro de 1957) foi uma cadela espacial sovietica que se tornou um dos animais a serem lancados no Espaco e o primeiro deles a orbitar a Terra. Laika era uma cadela que vagueava pelas ruas de Moscovo, ela foi escolhida para ser ocupante da nave espacial sovietica Sputnik 2 (1957), que foi lancado ao Espaco em 03 de Novembro de 1957.

Como na epoca da missao de Laika, em 1957, pouco ainda se sabia sobre e acerca dos efeitos que um voo espacial poderia ter sobre os seres vivos, e a tecnologia suborbital ainda nao havia sido desenvolvida, nao havia expectativa de que a cadela viesse a sobreviver. Alguns cientistas acreditavam de que os humanos nao poderiam sobreviver ao lancamento ou as condicoes que o Espaco lhes oferecia e que iriam encontrar, e, por isso, os especialistas em assuntos aeroespaciais consideravam os voos com animais como sendo precursores necessarios para as missoes futuras ja com humanos a serem lancados no Espaco. A experiencia teve como objectivo demostrar que um passageiro vivo poderia sobreviver sendo lancado em orbita e suportar um ambiente de microgravidade (ou seja, ausencia de peso), abrindo caminho para os voos espaciais humanos e fornecendo aos cientistas alguns dos primeiros dados de como os organismos vivos reagem nestas condicoes. Depois de Laika, a Uniao das Republicas Socialistas Sovieticas (1922-1991) tambem conhecida como Uniao Sovietica ou URSS enviou mais doze caes para o Espaco, dos quais apenas cinco conseguiram fazer com que os mesmos animais voltassem vivos para Terra.

Infelizmente nem tudo correu bem no voo de Laika, horas apos o lancamento, Laika viria a morrer derivado ao superaquecimento, possivelmente causado por uma falha que levou o motor central do Foguete R-7 (1959-1968) a nao se separar de sua carga util. A verdadeira causa do tragico incidente e a hora de sua morte nunca foram divulgadas ate 2002; em vez disso, foi amplamente divulgado que Laika havia morrido somente no sexto dia de sua missao, quando supostamente o seu oxigenio teria acabado, ou, como o Governo Sovietico inicialmente alegou, que a cadela teria sido sacrificada antes mesmo do oxigenio se ter esgotado.

Em 11 de Abril de 2008 as autoridades russas inauguraram um monumento em homenagem a Laika , construido perto do Centro de Pesquisa Militar em Moscovo e que havia preparado o seu voo para o Espaco. O monumento apresenta a figura de um cao em pe, em cima de um foguete. Laika tambem aparece no Monumento aos Conquistadores do Cosmos (1964) em Moscovo e que foi criado para celebrar as conquistas do povo sovietico na exploracao do Espaco.


- Dados e Informacoes de Laika:

. Nome de Nascimento: Laika.
. Sexo: Femea.
. Nascimento: Cerca de 1954, em Moscovo, Uniao Sovietica.
. Falecimento: 03 de Novembro de 1957 (3 anos) a bordo do Sputnik 2, na Orbita Terrestre baixa.
. Especie: Canis Lupus Familiaris.
. Raca: Era uma rafeira, possivelmente parcialmente Husky (ou Samoiedo) e parcialmente Terrier.
. Ocupacao: Cosmonauta (na Uniao Sovietica se dizia Cosmonauta e nao Astronauta pelo facto de os astros serem chamados de cosmos).
. Periodo em Actividade: 1957.
. Proprietario: Programa Espacial Sovietico (Decada dos anos 30 do Seculo XX ate a dissolucao da Uniao Sovietica em 1991) depois de a terem resgatado das ruas de Moscovo.
. Peso: 5 Quilos.
. Conhecida Por: Ser o primeiro ser vivo a orbitar a terra.


Apos o sucesso do Sputnik-1 (1957-1858), em Outubro de 1957, o Lider sovietico, Nikita Sergueievitch Khrushchov (1894-1971) tambem conhecido como Khrushchev ou Cruschev, solicitou o lancamento de uma segunda nave espacial em 07 de Novembro de 1957, no aniversario de quarenta anos da Revolucao de Outubro (1917). Quando essa solicitacao foi recebida, um satelite mais avancado e sofisticado ja estava em processo de construcao, mas o mesmo so estaria pronto em Dezembro e, portanto, foi descartado; no entanto, esse mesmo satelite mais tarde viria a tornar se no Sputnik-3 (1958-1960).

Para que o prazo fosse cumprido, uma nova nave precisaria de ser construida. Khrushchov queria que especificamente os seus engenheiros entregassem um "espectaculo espacial", uma missao que teria que repetir o triunfo do Sputnik-1 e que viesse a deslumbrar o Mundo com os feitos realizados  e alcancados com sucesso pelos sovieticos. Os responsaveis pela missao decidiram-se pela realizacao de um voo orbital com um cao. Desde longa data os engenheiros de foguetes sovieticos haviam planeado fazerem orbitar um cao antes de se decidirem a avancar com um voo espacial com um humano; desde de 1951 eles haviam lancado doze caes em voos balisticos suborbitais, trabalhando gradualmente em direccao a uma missao orbital, possivelmente para ser realizado em algum momento de 1958. Para atender as exigencias de Khrushchov, o lancamento do voo orbital canino foi acelarado para Novembro de 1957.

Segundo fontes russas, a decisao oficoal do lancamento do Sputnik-2 foi tomada em 10 ou 12 de Outubro, deixando menos de quatro semanas para projectar e construir a nave. O Sputnik-2, portanto, em certa medida foi construido as pressas, com a maioria dos seus elementos a serem produidos a partir de esbocos. Alem da missao principal de enviar um passageiro vivo ao Espaco, a sonda tambem iria conter instrumentos para medir a irradiacao solar e os raios cosmicos.

A nave foi equipada com um sistema de suporte a vida composto por um gerador de oxigenio e dispositivos para evitar envenenamento por oxigenio e absorver dioxido de carbono. Um ventilador, projectado para activar sempre que a temperatura da cabine excedesse  15 graus, foi adicionado para manter o animal refrescado. Comida suficiente (em forma de geleia) foi fornecida para um voo de sete dias, e Laika foi equipada com uma bolsa para juntar residuos. Alem disso, um armes foi projectado para ser envergado por ela, aclopado a correntes que restringiam seus movimentos a sentar-se, permanecer em pe ou deitar-se, pois nao havia espaco na cabine para que ela se virasse. Um Electrocardiograma monitorava a sua frequencia cardiaca, e instrumentacao adicional media sua frequencia respiratoria, pressao arterial maxima e movimentos.


Laika foi encontrada vagueando pelas ruas de Moscovo. Os cientistas sovieticos optaram por usar animais abandonados da cidade, pois supunham que eles ja haviam desenvolvido a capacidade de suportar condicoes de fome e frio extremos e rigorosos. Laika era uma femea rafeira de cinco ou seis quilogramas, com aproximadamente tres anos de idade. Os cientistas sovieticos lhe deram varios nomes e apelidos, entre eles Kudriavka (Encaracoladinha), Jutchka (Bichinho) e Limontchik (Limaozinho). Laika, o nome russo para varias racas de caes semelhantes ao Husky, foi o nome que se popularizou em todo o Mundo. A imprensa americana a apelidou de Muttnik (vira-lata em ingles com o sufixo -nix) como que deitando um piada e gozo com o Programa Sputnik, ou se referia ao animal como Curly (Encaracolada). Sua raca e desconhecida, embora seja geralmente apontado de que ela era parte Husky ou outra raca nordica de caes e possivelmente parte Terrier. A NASA (1958) se refere a Laika como sendo um "Terrier parcialmente samoieda". Uma revista russa descreveu seu temperamento como sendo fleumatico, calmo, sereno e impassivel, afirmando de que ela nao brigava com os outros caes.

A Uniao Sovietica e os Estados Unidos ja haviam anteriormente enviado animais vivos em voos suborbitais. Tres caes haviam sido treinados para embarcar no Sputnik 2: Albina, Mushka e Laika. Os cientistas sovieticos Vladimir Yazdovsky (1913-1999) que era Fisico e o Biologo Oleg Gazenko (1918-2007), especializados igualmente em vida no Espaco, treinaram os caes.

Para que os caes fossem adaptados a pequena cabine do Sputnik 2, eles foram mantidos em gaiolas progressivamente menores por periodos de ate vinte dias. O extenso confinamento fez com que os animais fossem capazes de parar de urinar e defecar, os tornou inquietos e fez com que a sua condicao geral se deteriorasse. O uso de purgante nao melhorou a condicao dos animais, e os pesquisadores descobriram que esse treinamento apos se mostrava eficaz apos longos periodos. Os caes foram colocados em centrifugadoras, que simulavam a acelaracao do lancamento de foguetes, e em maquinas que simulavam os ruidos da nave. Isso fez com que os seus impulsos cardiacos dobrassem e como seria de esperar a sua pressao arterial aumentasse de 30 a 60 Torr. Os caes tambem foram treinados para comer um gel de alta nutricao, que seria a sua comida no Espaco.

Antes do lancamento, Yazdovsky levou Laika para sua casa, para brincar com seus filhos. Em um livro que conta a Historia da Medicina Espacial Sovietica, ele viria a escrever: "Laika era quieta e encantadora [...]eu queria fazer algo de bom para ela: ela tinha tao pouco tempo de vida".


Vladimir Yazdovsky fez a seleccao final dos caes e designou as funcoes que cada um desempenharia. Laika  seria o "Cao de Voo" - um sacrificio a ciencia em uma missao apenas de ida ao Espaco. Albina, que ja havia participado em dois voos em um foguete de teste de alta atitude, actuaria como sendo a substituta de Laika. O terceiro cao, Mushka, seria uma "cadela de controlo" - ela permaneceria na Terra e seria usada para testar a instrumentacao e o sistema de suporte a vida.

Antes mesmo de partirem para o Cosmodromo de Baikonur que tambem e conhecida como Tiuratam no Cazaquistao. Yazdovsky e Gazenko realizaram uma cirugia nos caes, para conectar os cabos do transmissor aos sensores que mediam a sua respiracao, pulso e pressao sanguinea.

Como a Pista de aterragem existente em Tyuratam, perto do cosmodromo, era pequena, os caes e a equipa que acompnhava e compunha a missao tiveram que voar a bordo de um aviao Tupolev Tu-104 (1956-1986) para Tashkent, no Usbequistao. De la, um aviao Ilyushin I1-14 (1954-2005), que era menor e mais leve, os levou para Tyuratam. O treinamento dos caes ainda nao havia terminado e teve a sua continuidade apos a chegada; um apos o outro, os caes foram colocados nas capsulas para se familiarizarem com o sistema de alimentacao.

Segundo um documento da NASA, Laika foi colocada na capsula da nave em 31 de Outubro de 1957, exactamente tres dias antes do inicio da missao. Naquela epoca do ano as temperaturas no local do lancamente eram extremamente baixas e uma mangueira conectada a um aquecedor era usada para manter a cabine aquecida. Dois assistentes foram designados para monitorar constantemente Laika antes do lancamento ser efectuado. Pouco antes da descolagem, em 03 de Novembro de 1957, Laika teve o seu pelo limpo com uma solucao na base de Etanol e foi tambem cuidadosamente escovado, e Iodo foi aplicado nas areas onde lhe haviam sido colocados os sensores que iriam monitorizar suas funcoes corporais.

Um dos tecnicos que preparava a capsula antes da descolagem final declarou que "depois de colocar Laika na capsula, e antes de fechar a escotilha, beijamos seu nariz e lhe desejamos boa viagem, sabendo que ela nao sobreviveria ao voo".


A hora exacta do lancamento varia, de acordo com diferentes fontes, mas ocorreu entre as 05h30min42 e as 07h22min, no horario de Moscovo. No pico da acelaracao apos a descolagem, a respiracao de Laika aumentou para tres a quatro vezes a taxa de pre-lancamento. Os sensores mostraram que sua frequencia cardiaca era de 103 batimentos por minutos antes do lancamento e que havia aumentado para 240 batimentos por minuto durante a acelaracao inicial. Apos atingir a orbita, a ponta conica do Sputnik 2 foi descartada com sucesso; no entanto, o nucleo do "Bloco A" nao se separou conforme planejado, impedindo o funcionamento correcto do sistema de controlo termico. Parte do isolamento termico se soltou, elevando a temperatura da cabine para 40 graus. A taxa do pulso de Laika retornou para 102 batimentos por minuto apos se cumprirem tres horas de microgravidade, tempo tres vezes maior do que aquele identificado em testes anteriores e que serviu como indicacao do stress que a cadela estava sofrendo. A Telemetria inicial indicou que ela estava agitada, mas estava se alimentando. Apos aproximadamente se terem passado cinco a sete horas de voo, sinais de vida deixaram de ser recebidos vindos da nave.

Os cientistas sovieticos tinham intencao de sacrificar Laika com uma porcao de comida envenenada. Por muitos anos, a Uniao Sovietica deu declaracoes conflitantes de que Laika havia morrido de asfixia quando as baterias falharam, ou que ela havia sido sacrificada. Muitos rumores e versoes opostas circularam sobre a maneira exacta da sua morte. Em 1999 varias fontes relataram que Laika havia morrido quando a cabine superaqueceu, em sua quarta orbita. Em Outubro de 2002 o Cientista Dimitri Malashenkov, que havia participado no lancamento do Sputnik 2, revelou de que Laika havia morrido cinco a sete horas apos a descolagem, devido ao stress e ao superaquecimento. De acordo com um artigo que ele mesmo apresentou ao International Astronautical Federation (1951) em Houston, nos Estados Unidos, "era praticamente impossivel criar um controlo de temperatura confiavel em tao pouco tempo".

Mais de cinco meses depois apos o lancamento, apos 2,57 mil orbitas, o Sputnik 2, incluindo os restos mortais de Laika, se desintegrou durante a sua reentrada na atmosfera, em 14 de Abril de 1958.


Devido a questao sombria da Corrida Espacial entre os Estados Unidos e a Uniao Sovietica, as questoes eticas levantadas por esse experimento praticamente nao foram atendidas por algum tempo. A imprensa de 1957 estava mais preocupada em relatar o impacto de um ponto de vista politico, enquanto a saude e a recuperacao de Laika - ou ausencia - se tornariam apenas um problema menor.

O Sputnik 2 nao foi projectado para ser recuperavel e sempre se teve conhecimento de que Laika iria morrer antes do fim da missao e que nao voltaria a Terra com vida. A missao desencadeou um debate global sobre o assunto de abuso e testes com animais em geral para promever a ciencia. No Reino Unido, a Liga Nacional de Defesa Canina pediu a todos os donos de caes para que fizessem um minuto de silencio, enquanto a Sociedade Real para a Prevencao da Crueldade Contra a Animais (RSPCA) recebeu protestos mesmo antes da Radio Moscou (1929-1993) terminar de anunciar o lancamento. Grupos de direitos dos animais da epoca pediram aos membros da sociedade que protestassem nas embaixadas sovieticas pelo Mundo fora. Outros demostraram a sua reprovacao e desagrado para com o acto manifestando-se frente do predio da Organizacao das Nacoes Unidas (1945) conhecida tambem como Nacoes Unidas ou ONU em Nova Iorque. Esses protestos foram amplamente despertados e instrumentalizados como uma luta ideologica por varios grupos de interesses. Pesquisadores de laboratorios nos Estados Unidos ofereceram apoio aos sovieticos, pelo menos antes da noticia da morte de Laika.

Na Uniao Sovietica, houve menos controversia. Nem a midia, nem os livros dos anos seguintes, nem o publico questionara abertamente a decisao de se levar um cao ao Espaco. Somente em 1998, apos o colapso de regime sovietico, Oleg Gazenko, um dos cientistas responsaveis pelo envio de Laika ao Espaco, se confessou arrependido de ter permitido que ela morresse: "Trabalhar com animais e uma fonte de sofrimento para todos nos. Nos os tratamos como bebes que nao conseguem falar. Quanto mais o tempo passa, mais sinto muito. Nao deveriamos ter feito isso... Nao aprendemos o suficiente desta missao para justificar a morte da cadela".

Em outros paises do Pacto de Varsovia (1955), as criticas abertas ao Programa Espacial Sovietico foram dificeis por causa da censura politica, mas houve mesmo assim casos notaveis de criticas nos circulos cientificos polacos. Um periodico cientifico polaco, "Kto, Kiedy, Dlaczengo" ("Quem, Quando, Por que"), publicado em 1958, discutiu a missao do Sputnik 2. Na seccao do periodico dedicada a Astronautica, o Fisico, Jornalista e Escritor de Ficcao Cientifica polaco, Krzysztof Borun (1923-2000) descreveu a missao do Sputnik 2 como sendo "lamentavel" e criticou nao terem trazido Laika de volta a Terra "indubitavelmente uma grande perda para a ciencia".


Laika foi lembrada  na forma de uma estatua e placa na Cidade das Estrelas, na Russia, que era o Centro de Treinamento de Cosmonautas russos. Inaugurada em 1997, a escultura mostra Laika atras dos cosmonautas com os ouvidos erectos. O Monumento aos Conquistadores do Cosmos (1964), construido em 1964, tambem a incluiu e nele tambem e homenageada. Em 11 de Abril de 2008, nas instalacoes de pesquisa militar onde os funcionarios haviam sido responsaveis pela preparacao de Laika para o voo que todos sabiam que lhe seria fatal, as autoridades apresentaram um monumento dela em cima de um foguete espacial. Em 09 de Marco de 2005, um pedaco de terreno no planeta Marte foi chamado de "Laika" de forma nao-oficial pelos controladores da missao Mars Exploration Rover (2003). Em diferentes paises selos postais foram criados com a sua imagem em comemoracao ao seu voo. Marcas de chocolates e charutos foram nomeadas em sua memoria, e uma grande coleccao de recordacoes e souvenirs da cadela ainda sao destaques em leiloes actuais.

Futuras missoes espaciais envolvendo caes seriam projectadas para eles serem recuperados. Embora quatro outros caes tenham morrido em missoes espaciais sovieticas. Bars (?-1960) e Lisichka (?-1960) foram mortos quando o Foguete R-7 explodiu logo apos o lancamento, em 28 de Julho de 1960; Pchelka (?-1960) e Mushka (?-1960) morreram quando o Korabl-Sputnik 3 tambem conhecida como Vostok-1K No.3, e Sputnik 6 foi propositalmente destruido com uma carga explosiva para impedir que potencias estrangeiras inspecionassem a capsula apos uma trajectoria erratica de reentrada atmosferica em 01 de Dezembro de 1960.

Embora nunca tenha sido mostrada, Laika e mencionada de maneira proeminente no filme sueco de 1985, Vida de Cao (1985), no qual o personagem principal (um jovem garoto sueco no final da Decada de 1950) se identifica fortemente com a cadela. Laika (2007), um desenho animado de 2007 criado por Nick Abadzis (1965) um Escritor e Artista britanico nascido na Suecia que conta uma historia ficticia da vida da mais famosa cadela sovietica, ganhou o Premio The Will Eisner Comic Industry Awards (1988) tambem conhecido como Premio Eisner, Eisner Awards, de melhor publicacao para adolescentes. Ela tambem e mencionada na musica de 2004 "Neighborhood #2 (Laika)" da Banda de Musica canadiana de Rock Alternativo, Arcade Fire (2000), incluida no seu album de estreia, Funeral (2000). Lajka (2017), um filme animado de Comedia e Ficcao Cientifica checo de 2017 tambem foi inspirado em Laika.


Quase que a chegar ao momento final e mesmo antes de apresentar as habituais despedidas. Eu acabo por considerar que Laika acaba por ser uma rafeira que se tornou heroina e embaixadora que representa todos os animais nao apenas sovieticos mas de todo o Mundo fora, nao apenas usados em pesquisas cientificas para se ir ao Espaco mas em todas as outras pesquisas cientificas usando animais como cobaiais.

O habito de usar animais como cobaias tornou se habitual em certos momentos e em certos lugares o que para alem de ter levado varias instituicoes de defesa de animais a agirem e a manifestarem se com intensidade podemos ver hoje em alguns produtos que compramos sobretudo de beleza o seguinte aviso, nao testado em animais.

Considero essa mesma ideia de se usar animais para testes cientificos como uma atitude covarde porque ainda que mesmo necessaria como no caso de Laika foi uma experiencia que lhe custou a vida, e desde do inicio todos sabiam disso, a cadela nao ia regressar viva da viagem. O direito a vida nao pode ter mais valor que o direito a usar se um animal em experiencias cientificas de altos risco onde se sabe que sua vida nao tera continuidade. Tanto se fala da pena de morte, do aborto, etc e este ponto tambem nao pode de forma alguma ficar esquecido.

Caro (a) leitor (a) antes de terminar queria dizer que nao sei se esta sera a ultima publicacao deste blog... de 2023 claro, para desanimo de muitos nao vou para este trabalho no blog que tenho feito ate agora. Se eu nao voltar em 2023 embora tenha vontade ainda de publicar um Poema, gostaria de vos desejar um Feliz Natal e um Prospero Ano Novo de 2024 com muita saude. Seja ainda em 2023 ou ja em 2024 tudo de bom e ate a proxima.

                                                                                                            Manuel Goncalves






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