Marcelo juntava as pontas de cigarro que apanhara do chao e colocara no bolso do casaco escurecido pela sujidade. Pegara numa mortalha que alguem lhe dera por caridade e com essa folha de papel ia enrolando um novo cigarro, tremia, tremia de frio.
Era novo por ali, nao falava muito e procurava estudar o ambiente era fundamental sobretudo depressa aprender as regras, para viver e para sobreviver. Tinha como companhia apenas a manta para se aquecer durante a noite e a guitarra com a qual as vezes conseguia ganhar uns trocos para ir comprar uma pizza ou um Frango Assado e dormir mais reconfortado, era muito melhor dormir com a barriga cheia era tambem magnifico ve-lo dividir isso com os outros, as vezes a bondade, a irmandade estava com aqueles que menos tinham para dar.