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sábado, 25 de junho de 2016

Viver a Tua Morte



Como podia ser tinhas-me deixado, deixado sozinha. Eu so queria estar contigo por um minuto que fosse para poderes sorrir e abracar-me e depois ja que tinha de ser assim, ja que a vida nao era eterna pelo menos neste mundo terrestre onde vivemos poderias ir-te embora se essa era a vontade de Deus. Um dia, outro lugar e quando chegasse a minha hora iria-te encontrar.

Nao sabia e ainda nao sei viver sem ti amor, aprendi, isso sim a viver a tua morte. Nao te vejo mas sei que estas la todas as noites quando me deito na cama, quando olho o teu retrato, na nossa fotografia de casamento tirada momentos depois de termos jurado o, ate que a morte nos separe, algo que no nosso caso foi cumprido a risca de forma exemplar.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

O Amor e o Sacerdocio


 
Estava ordenado. O mais dificil estava cumprido, pelo menos assim julgava ele. Como estava enganado o tempo, a maturidade e a experiencia que iria ganhar ao longo da vida assim o iriam comprovar. O mais dificil iria comecar dai para a frente.

Sabia que o caminho nao seria facil. Tinham-no alertado, instruido para os perigos nao so do quanto dificil era ser-se Padre, das confissoes que ouviria, dos conselhos que teria de dar ou ate reprimendas, das penitencias para a absolvicao dos pecados. Afinal quem era ele tao pecador como outro qualquer para julgar os pecados deste ou daquele. Borga, agora o Padre Borga sabia que o mais dificil mesmo assim seria as tentacoes carnais, o amor a bater-lhe a porta e as tentacoes que o mesmo lhe poderia provocar. Segundo o seu Professor e ensinamento com o qual ele sempre concordara para pecar bastaria apenas o pensamento, o sentir desejo, o ficar na duvida e para pecar nao bastava apenas cometer o pecado.

domingo, 29 de maio de 2016

O Novo Vizinho



A casa deixara de estar a venda e todos sabiam que estava prestes a ser habitada depois de deixar de estar a venda era logico que tivesse sido vendida a alguem. Um estranho nas vizinhancas, um desconhecido no mesmo predio, na porta ao lado nao agradava a ninguem muitas vezes, a aparencia contava muito pelo  menos para se fazer uma avaliacao inicial se aparentemente era boa ou ma pessoa como se a aparencia muitas vezes estivesse certa. A paz que sempre fora conhecida naquele predio tinha terminado quando alguma mulher qualquer de leste alugara o apartamento do res-do-chao e parecia ter montado ali uma casa de meninas, fosse o que fosse desde entao era um correpio de raparigas a entrar de manha e a sair a noite com homens a entrarem e a sairem constantemente.

Desde que a Dona Gloria morrera que todos sabiam que ia ser assim a familia colocara a casa a venda a quase um ano. A zona ja fora mais calma e era completamente calma antes de um dos apartamentos ter sido alugado a tal sujeita de Leste que nao sendo antipatica sorria a toda a gente era um facto mas nao dirigia a palavra a ninguem e o resto era o que todos tinham quase a certeza. Agora como seria com o apartamento do lado a ser alugado a alguem que ninguem ainda conhecia?

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Sentimentos de Culpa



Fumava um cigarro, deitava a beata do mesmo fora ali junto do rio. Era um acto insignificante como tantos que fazia diariamente em tantos outros lados mas so muito recentemente ganhara coragem de voltar aquele lugar, aquele lugar que lhe destruira a vida, que lhe cheirava a sangue e sabia a morte, aquele lugar amaldicoado.

Algo que permanecia na sua memoria e sempre iria permanecer deitando para cima de si uma dose enorme de sentimentos de culpa. Sim um conjunto de erros, talvez apenas de enganos fizera-o agir ao contrario do que era esperado ou apenas de forma inesperada. Matara, em legitima defesa mas matara, destruira a sua carreira que prometia ser brilhante e pior que tudo perdera a liberdade. Matara, pagara por esse crime segundo a justica com a plena que lhe fora aplicada e que ele terminara de cumprir recentemente mas nem a mesma pena o fazia perder aquele, sentimento de culpa.

domingo, 17 de abril de 2016

Tudo Pelo Teu Perdao



Ela era o retrato autentico de uma mulher independente e ultra moderna, vivia para o trabalho, para a casa e para a filha. Tinha pouco tempo para si mesma ainda mais sendo mae solteira. Aquela filha era a sua razao de viver, era a luz dos seus olhos era pela mesma que fazia tudo para que nada lhe faltasse.

Marta Rebelo era tambem uma super Juiza no Supremo Tribunal de Justica apesar de ter apenas trinta e cinco anos ja tinha sido Juiza nos casos mais mediaticos em Portugal e estando no supremo a sua funcao era sobretudo julgar recursos e casos mais complicados daqueles que eram mais destacados nas capas de jornais e eram mais discutidos nas conversas de cafes entre os momentos de confraternizacao do final de um dia de trabalho. Marta Rebelo era so por isso uma das principais caras da justica portuguesa.

sábado, 9 de abril de 2016

Um Amor, Uma Guitarra Portuguesa e um Fado



A voz era inacreditavelmente bela mas aquilo que mais a marcara, mais lhe agradara era o som daquela guitarra diferente dos outros que sempre ouvira, cristalino e marcante, contaram-lhe mais tarde que o segredo do sucesso da Guitarra Portuguesa era mesmo esse som marcante que a tornara popular nos quatro cantos do mundo. O ambiente e a simpatia de quem estava a sua volta eram tambem marcantes mas era sem duvida a sonoridade daquele instrumento que a estava a apaixonar e nao deixara de reparar no jovem que a manobrava com uma pericia incrivel.

Esquecera por completo a tristeza que a levara ate ali, chegara a Lisboa para fugir de tudo e de todos ao conversar com um Guia Turistico do hotel ao falar-lhe que queria ouvir um som tao triste como a tristeza que trazia consigo o mesmo sugerira aquela casa de fados e ela ali estava, conseguira por momentos esquecer tudo e apenas concentrar-se em tudo o que ouvia e ia pairando no ar somente as pausas dos artistas e as palmas dos aplausos a iam por vezes trazendo a realidade da vida.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Amor em Bergen-Belsen



Ele chegara a muito que era esperado e desejado e eis que finalmente chegara. O seu olhar calmo e brando desde logo acalmara os que la estavam feitos prisioneiros e tratados como animais que logo deixaram de ser tratados como tal assim que ele o ordenara. Agora ali naquele Campo de Concentracao Nazi de Bergen-Belsen apos ele o ordenar eram apenas tratados como as vitimas mais fracas de uma guerra que estava prestes a chegar ao fim.

Josef Kramer era agora a pessoa mais poderosa daquele campo e a vida daquelas pessoas estavam entregues a ele e talvez ate a boa vontade daquele Oficial do Exercito Alemao. Era o que Kramer dissesse que tinha que ser feito ele podia e tinha poder para dizer e ordenar que queria ve-los nas cameras de gas, que fossem fuzilados, enforcados ou que simplesmente fossem poupados e apenas levados para as fabricas em barracoes onde lhes eram distribuidas as varias tarefas diarias o que estava a ser feito ate entao.

segunda-feira, 7 de março de 2016

O Ultimo Romance


 
Estava praticamente tudo pronto apenas lhe faltava terminar o ultimo capitulo e dar um titulo aquela obra, aquele livro que tal como os outros prometia ser um Best-Seller de vendas, mais um apenas mais um naquela carreira de Escritor recheada de sucesso e exito tanta vez premiada na qual apenas faltava o mais desejado premio para qualquer Escritor, Premio Nobel da Literatura. Nao se podia queixar de falta de sucesso e oportunidades mas tambem o primeiro viera por merito proprio ja as oportunidades foram surgindo ao longo da vida e ele soube aproveita-las na hora e momento certo nunca desperdicando nada.

Seria o seu ultimo romance, iria colocar um final na sua carreira ou talvez apenas uma pausa mais longa. O facto de todos os anos ao longo de uma decada apresentar um livro e por vezes ate mais do que um fazia-o ser repetitivo e isso nao era bom de todo embora recebesse cartas de fans a pedir-lhe para continuar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A Escrava do Sexo



Ao contrario de outras que ali estavam ela nao falava, nao falava nao porque fosse muda ou timida mas porque nao falava portugues. Siriporn era tailandesa e era uma das atraccoes daquela casa de massagens que escondia como tantas outras uma Casa de Alterne ou de sexo.

Tinha sido iludida a deixar a sua aldeia perto da cidade de Krabi na costa do Oeste tailandes com esperancas e promessas de uma vida melhor, digna e honesta ao vir trabalhar para a Europa. Siriporn sentiu-se feliz com a oferta e embora nunca tivesse ouvido falar de Portugal nem pensou em recusar a oferta. O dinheiro falava mais alto que qualquer medo qualquer receio iria ganhar mais Baths numa semana que o seu pai em tres meses nas plantacoes de arroz e de chas. Iria ser util a familia ninguem teria que lhe arranjar um noivo e pagar o seu dote e ainda iria ajudar os pais a mae estava doente o pai estava velho e os irmaos tinham a sua vida estavam separados desde que eles tinham ido para a cidade grande a procura de uma vida melhor. Sentia tambem que nao havia perigo porque nao iria sozinha.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Duas Vidas, Dois Amores, Duas Familias e Uma Chantagem


 
Duas vidas e dois amores era assim que tinha sido a sua vida ate aos dias de hoje e nao estava de forma alguma a pensar em mudar alguma coisa. Era assim que ia continuar a ser.

Ele sabia que estava a cometer um crime sendo casado com duas mulheres, tendo duas familias e ate mesmo duas vidas embora somente um nome. A sua profissao como Piloto de uma compahia aerea em voos transatlanticos facilitava-lhe a vida toda e fazia com que tudo pudesse ser perfeito e tambem ele conseguisse dar tudo o que as duas esposas precisavam sem faltar nada aos filhos e filhas tanto de um lado como de outro. Amava todos da mesma forma e rezava para que nada um dia fosse descoberto, nao o obrigassem a escolher entre uma das esposas e uma das familias era como ao faze-lo estivesse a desprezar a outra familia quando eram ambas do seu sangue das suas raizes, preferia morrer ao ter de o fazer. Nem sabia o que fazer quando se viesse a reformar. Como iria justificar as ausencias.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O Sem Abrigo

 

Marcelo juntava as pontas de cigarro que apanhara do chao e colocara no bolso do casaco escurecido pela sujidade. Pegara numa mortalha que alguem lhe dera por caridade e com essa folha de papel ia enrolando um novo cigarro, tremia, tremia de frio.

Era novo por ali, nao falava muito e procurava estudar o ambiente era fundamental sobretudo depressa aprender as regras, para viver e para sobreviver. Tinha como companhia apenas a manta para se aquecer durante a noite e a guitarra com a qual as vezes conseguia ganhar uns trocos para ir comprar uma pizza ou um Frango Assado e dormir mais reconfortado, era muito melhor dormir com a barriga cheia era tambem magnifico ve-lo dividir isso com os outros, as vezes a bondade, a irmandade estava com aqueles que menos tinham para dar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Empregada Interna



Lurdes a Empregada Interna la de casa havia morrido, era ja idosa mas muito querida naquela casa. Fora ela que criara o menino dos seus senhores e ia deixar saudaes, muitas saudades. Ela envelhecera e mesmo depois de reformada recusara partir para a provincia, para a sua terra sentia que era ali o seu lugar. Lurdes pediu para continuar a trabalhar ali em casa mesmo sem ordenado so queria mesmo ficar ali bastava darem-lhe quarto e comida.

O Senhor Monforte recusou a ideia se ela queria ficar, ficava mas nao de graca ou sem ordenado ficou como queria enquanto se achasse com forcas e tivesse vontade de ali permanecer e fora no casarao dos Monforte que ficara ate dar o ultimo suspiro. Era algo ja esperado mas ninguem conseguia esconder a sua tristeza aquela Empregada vivera naquela casa, dedicara uma vida aquela familia para quem trabalhara mais de 50 anos fora Ama do Senhor Monforte e ajudara a criar o seu filho que era daqueles que parecia mais abatido com o sucedido.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Amores de Guerra e de Africa



Nao houvera uma unica vez na vida que falasse ou lhe falassem de Africa que mesmo antes dele se recordar da savana, da selva, do calor tropical que lhe queimava a pele que ele nao recorda-se ela a sua Maria negra a mulher o amor que ele como tantos outros soldados deixara em pleno Ultramar e que jamais esquecera.

Juras de amor eterno, promessas de voltar para a ir buscar que jamais cumprira nao por culpa sua mas porque fora levado num engano. Antes de partir de regresso alguem lhe revelara que a aldeia dela tinha sido atacada por rebeldes e que nao tinham deixado sobreviventes. A historia do ataque fora-lhe confirmada o que o fez acreditar que o resto tambem fosse, mas nao era. Ele fora levado num engano e ela sem saber de nada toda a vida considerara que ele a tinha enganado e traido. Haviam ficado os dois levados uma vida num engano. Ela estava viva, tinha tido um filho seu fruto de uma gravidez que so descobrira depois dele partir de regresso e ele jamais sonhara com tal.

domingo, 6 de dezembro de 2015

O Filho do Capataz e a Menina Condessa

 

Eram duros os tempos e todos lutavam por um destino uma vida melhor mas nada chegava sem o suor sair do rosto e para aquela gente de uma terra quase que desconhecida na provincia tudo poderia ser mais facil agora. A venda da Herdades dos Rouxinos ate entao quase que abandonada pelos antigos proprietarios e a certeza de que o novo dono a viria habitar dava esperanca de alguns postos de trabalho. Podia parecer pouco mas aquela esperanca para quem nada tinha era um principio.

Os camioes com mobilias tinham comecado a chegar na semana anterior e depois deles gente que dizia que vinha preparar a casa para o Senhor Conde vir habitar muito brevemente, depois da morte da esposa ele decidira isolar-se um pouco da sociedade e do mundo aquela gente que agora ali vinha ao palacete da herdade iriam ser os empregados domesticos no mesmo palacete do Senhor Conde o que dava a certeza de que o mesmo nao deveria contratar gente nova e da terra para servir na casa mas no trabalho da lavoura na herdade os proprios criados do Conde afirmavam que seria diferente.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A Licao Para Uma Mae



A chegada a casa e o cansaco era algo que se juntava todas as manhas. Nao se sentia velho e ainda sentia as forcas de quando tinha 20 anos, quando tinha, nos dias que corriam ja ia a caminho dos 40, sentia igualmente todas as manhas o peso da solidao e esse era o que o deitava mais abaixo. Tudo estava aliado naquele ritual de chegada a casa depois de uma noite de trabalho.

Vivia sozinho naquela casa que ele comprara depois de decidir que so voltaria ao seu Pais, amado Portugal, depois de se reformar, nao havia trabalho por la e ali ia havendo e ele proprio nao sabia viver de outra maneira senao honesta e a unica maneira de o poder fazer era trabalhando, suando a camisola e como dizia o ditado amassando o pao com o suor do proprio rosto.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O Verdadeiro Amor aos 45

 
                                                 
O filme acabara era altura de voltar a realidade Olga sabia bem disso mas enquanto nao chegasse a casa nada a impedia de continuar a sonhar com um amor, um romance como aquele que acabara de ver no cinema.

Nao era facil ser-se Empresaria de sucesso, mae de uma filha adolescente com um temperamento dificil e complicado, esposa de um marido sempre ocupado, sem tempo e infiel. Ser ainda o pilar que mantinha a harmonia no lar e no cerebro que geria a sua casa. Olga estava cansada de toda aquela vida entre a Clinica de Estetica, a rede de lojas de produtos de beleza que posssuia nos centros comerciais mais conhecidos de Lisboa e a casa. Nem parecia que era  o dia do seu aniversario e que iria completar 45 anos por vezes sentia-se uma crianca por vezes sentia-se demasiado velha e ali andava procurando ainda saber se era carne ou peixe. Para muita era ja uma cota que ficava corada quando chegava a algum lado e ainda ouvia um elogio, um piropo, uma assobiadela e sentia um certo orgulho quando um rapaz de 20 anos a elogiava ou a olhava com um apetite de quem a iria devorar se pudesse.

sábado, 7 de novembro de 2015

Condenado a Viver



Londres naquele dia de uma meia tarde de domingo parecia-lhe ainda mais triste. O ceu estava coberto de um cinzento escuro mostrando uma ameaca de querer chover e escondendo uns timidos raios de sol, fazia frio. O dia esta a com o clima tipicamente londrino.

Chegara a Kings Cross e como ainda era cedo eles e os amigos que o acompanhavam dois casais um de portugueses e um de ingleses nao resistiram em dar um passeio ate Victoria e dar uma vista de olhos pelo exterior do palacio. Ele procurava esconder a ansiedade e nervosismo mas isso era cada vez mais evidente de que com o aproximar da hora de uma das maiores decisoes e momentos da sua vida ate entao os nervos iam ficando a flor da pele. Era sempre assim nos momentos importantes  nervosismo tomava conta dele mas ao contrario do que era costume ja que era para ir ate ao fim independentemente do resultado estava ansioso por chegar a hora da verdade mesmo que isso lhe custa-se a vida.

domingo, 11 de outubro de 2015

Entre a Vida e a Morte



Entre a vida e a morte! Ainda lhe custava a acreditar mas era assim mesmo que ele se encontrava naquele momento e na verdade nao muito longe no tempo jamais pensava estar naquela situacao, um mes atras tal era impensavel. Era a vida tinha que se convencer disso e se os medicos nao o conseguissem salvar ia ter que aprender a conviver com isso durante todo o tempo de vida que lhe restava, seria melhor portanto procurar aproveitar cada momento.

Nada  o fazia sorrir nem sequer o aniversario que se aproximava nos ultimos tempos tinha passado mais tempo nos hospitais do que em casa ou seria a partir daquele momento o hospital a sua casa, nem aquela data que se aproximava o fazia sorrir ou sentir-se feliz antes pelo contrario sentia-se triste quando pensava que aquele aniversario poderia vir a ser o ultimo. Na podia ser sentia que lhe fazia falta algo mais, aquele lugar nao lhe pertencia, nao era dali, nao se sentia enraizado mas sabia que em mais lado nenhum o podiam salvar.

sábado, 26 de setembro de 2015

Amor no 11 de Setembro de 2001



Ele saira de casa sem um beijo, uma palavra, um beijo sequer. Depois da violenta discussao da noite anterior nao era para menos, porem ele reconhecia que nao tinha um feitio facil e nao era nada, mesmo nada acessivel.

O tempo passou estavam casados a vinte anos e fora o filho e a filha que tinham mantido aquele casamento e apesar de tudo tanto ele como ela eram muito dedicados a familia pelo que o divorcio era como que destrui-la por completo. Apesar dos problemas no casamento originado por conflitos entre ambos e traicoes mutuas o casamento continuou. O problema com a divisao dos bens tambem era uma forte razao para o casamento estar de pe. Ele comecara a sua fortuna e patrimonio com o dinheiro e nome de familia da sua esposa mas nao estava disposto agora assim do nada a entregar-lhe metade de todos os bens, da fortuna que ele construira praticamente sozinho e entregar-lhe metade de tudo. Ela, a ela, logo a ela pensava ele que sempre fora a filhinha de boas familia mas que nunca trabalhara e nem fizera nada de util na vida para alem da organizacao das festas de beneficiencia e solidariedade. Vindo dela a unica coisa a que dava valor era aos filhos que ela lhe dera.

domingo, 30 de agosto de 2015

Na Tua Cama...



Na tua cama..., uma das cancoes emblematicas de UHF, sem duvida aqueles rapazes de Almada da margem Sul estavam cada vez melhor, iguais ao vinho do Porto a qualidade ia aumentando com a idade, mas afinal vamos la aquilo que realmente interessa.

Na tua cama, como dizia a cancao "... na tua cama fui de rapaz ate homem...". No nosso caso nao foi tanto assim partilhei a cama contigo pela primeira vez quando ja era um homem feito no dia em que completava mais um aniversario, 34 anos. Seria sempre uma recordacao tanto boa quanto ma enquanto fosse vivo no dia do meu aniversario. Sempre gostei de colocar coisas importantes em dias importantes seria sempre mais dificil esquecer a data deste ou daquele momento e tambem nesta situacao que agora descrevo nao fugi a regra. Estar contigo na cama e sobretudo na intimidade seria entao a minha primeira prenda de aniversario de 34 anos que me fizeste questao de dar e preparaste tudo com demasiada antecedencia.